quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Terapia de Reposição de Estrogênio.

Nome: Ana Flávia  Dias , Camila Oliveira,Cidália Barbosa, Daniela Batista , Débora Soares, Deborah Alcântara, Jéssica Caroline , Juliana de Oliveira, Nayara Martins

Tema : Envelhecimento - Saúde da Mulher (Menopausa)
2º Período de Fisioterapia - PUC MINAS

Disciplina de postagem: Bioquímica



A menopausa é o momento na vida da mulher no qual ocorre a interrupção da função dos ovários e a menstruação. A idade média que a menopausa ocorre é de aproximadamente 50 anos, mas ela pode ocorrer normalmente em mulheres com até mesmo 40 anos. Os ciclos menstruais regulares podem continuar até a menopausa, mas, geralmente, a duração e a quantidade do fluxo tendem a variar nas últimas menstruações. A mulher possui dois tipos de hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, que são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios são compostos esteróides, formados principalmente de um lipídio, o colesterol. Com a menopausa ocorre uma diminuição da produção de estrogênio no corpo da mulher (hormônio que dá as características que distinguem a mulher do homem). O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que mais crescem (corpo do osso), dentro de poucos anos de forma que o crescimento, então, pára.
A redução progressiva do estrogênio promove efeitos profundos no organismo todo. Em alguns casos a conseqüência dessa deficiência de estrogênio, em longo prazo, ocasiona sintomas desagradáveis e algumas vezes, sérios doenças. De fato, o desenvolvimento de algumas doenças crônicas e degenerativas se relaciona à deficiência de estrogênio. Entre elas, está à osteoporose, as doenças cardiovasculares, a demência e as atrofias do tecido genital, resultando em vaginite, incontinência urinária e dor na relação sexual. Os sintomas da deficiência estrogênica podem ser observados desde o início do processo da menopausa (climatério), sendo os mais freqüentes as ondas de calor, crises de sudorese noturna, palpitações, cefaléias e vertigens. Sintomas psicológicos também podem ocorrer com freqüência e incluem depressão, irritabilidade, fadiga e perda da libido.
Como o aumento da expectativa de vida, já se admite que as mulheres vivam um terço de suas vidas em estado de deficiência estrogênica, portanto, após a menopausa. Portanto, a saúde e a qualidade de vida da mulher na menopausa e depois dela passa a merecer atenção especial. O tratamento utilizado nesses casos é de Terapia de Reposição Hormonal (. As mulheres na pós-menopausa que fazem uso de estrogênio apresentam um índice de doenças cardiovasculares muito menores que aquelas que não fazem parte do tratamento.Por exemplo, entre as mulheres que se encontram na pós-menopausa e que apresentam doença coronariana, aquelas que fazem uso de estrogênio apresentam uma sobrevida média maior em comparação com aquelas que não o fazem. Esses benefícios se devem a atuação favoráveis do estrogênio sobre a concentração do colesterol. Uma redução da concentração de estrogênio provoca um aumento da concentração da LDL colesterol (lipoproteína de baixa densidade ligada ao colesterol), o colesterol ruim, e uma redução da concentração da HDL colesterol (lipoproteína de alta densidade ligada ao colesterol), o colesterol bom.
Os sintomas são tratados pelo aumento da concentração de estrogênio a valores similares aos da pré-menopausa. Os principais objetivos da terapia de reposição hormonal com estrogênio são:
• Aliviar os sintomas (ondas de calor, ressecamento vaginal e problemas urinários);
• Ajudar na prevenção da osteoporose;
• Ajudar na prevenção da aterosclerose e da doença coronariana;
O estrogênio encontra-se disponível na forma não sintética (natural) ou sintética (sintetizada laboratorialmente). Os estrogênios sintéticos são cem vezes mais potentes que os naturais e, por essa razão, não são rotineiramente recomendados para as mulheres na menopausa. São suficientes doses muito baixas de um estrogênio natural para evitar os fogachos e a osteoporose. As doses elevadas podem causar problemas como, por exemplo, uma maior tendência à cefaléia tipo enxaqueca. O estrogênio pode ser administrado sob a forma de comprimido ou de adesivo cutâneo (estrogênio transdérmico).
Como o estrogênio está associado a efeitos colaterais e a riscos e benefícios de longo prazo, a paciente deve consultar o seu médico regularmente para avaliar os benefícios e os riscos antes de decidirem pela terapia de reposição hormonal com estrogênio. Os efeitos colaterais produzidos pelo estrogênio incluem a náusea, o desconforto nas mamas, a cefaléia e alterações do humor. O aumento do risco está intimamente relacionado com a dose e a duração do tratamento. A possibilidade do uso de estrogênio aumentar o risco de câncer de mama pode ser maior quando o estrogênio é utilizado durante mais de 10 anos. Para as mulheres que apresentam um alto risco de câncer de mama, este tipo de terapia pode não ser adequado.
Contudo, para as mulheres com propensão à osteoporose e à doenças cardíacas e com um baixo risco de câncer de mama, os benefícios providos pela terapia de reposição hormonal com estrogênio superam os riscos.




Referências Bibliográficas:

AMADEI,S.U;SILVEIRA,V.A.S;PEREIRA,A.C;CARVALHO,Y.R;ROCHA,R.F., A Insuficiência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea.Bas. Patol. Med. Lab., v:42,n:1,p:5-12, fevereiro 2006.



LEITE,M.O.R. , Tratamento da Oteoporose na Pós-menopausa.Serviço de endocrinologia, Unidade de Doenças ósteo metabólicas e laboratório de Investigação Médica-25(LIM/25) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, SP.


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