sábado, 30 de outubro de 2010

Instabilidade postural e quedas no idoso.

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Epidemiologia



O processo de reestruturação socioeconômico mundial em curso nas ultimas décadas tem apresentado fator determinante para a constituição do novo perfil demográfico, caracterizado pelo aumento na expectativa de vida e prevalência de doenças crônicas degenerativas. A Organização Mundial de Saúde – OMS definiu como idoso um limite de 65 anos ou mais de idade para os indivíduos de países desenvolvidos e 60 anos ou mais de idade para indivíduos de países subdesenvolvidos. Em 2025, O Brasil será o sexto pais no mundo com o maior número de pessoas idosas, podendo chegar a mais de 16 milhões de indivíduos com mais de 60 anos de idade. (WWW.ibge.gov.br).

O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas como funcionais, bioquímicas, psicológicas e sociais que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. (CARVALHO; ALENCAR, 2000).

Neste contexto a abordagem da pessoa idosa, tem sido cada vez mais direcionada para a aquisição da qualidade de vida e da inclusão efetiva destes indivíduos na sociedade. Desta forma observamos nos últimos dez anos o delineamento de um novo paradigma para a atuação dos profissionais de saúde com a implementação do sistema de Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde

(CIF). Apresentando assim um enfoque positivo descrevendo a incapacidade e funcionalidade do individuo nos domínios de função corporal, atividade e participação social, analisando o contexto ambiental e pessoal como facilitadores ou barreiras (SAMPAIO et aL, 2005).

Apesar de a velhice ser uma nova etapa com objetivos conquistados, a saúde do idoso é muito afetada. Um dos eventos mais comuns nessa faixa etária é a ocorrência de quedas, que pode ser definida como "um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial”. (FABRICIO, 2004).

A alta incidência e prevalência de quedas no idoso constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde publica. Cerca de 30% de idosos brasileiros caem ao menos uma vez ao ano, dentre os fatores desencadeantes das quedas podem citar os fatores intrínsecos, onde temos as alterações sensórias motoras relacionadas com o processo de envelhecimento, como as alterações visuais, parestesias, paresias, diminuição de flexibilidade, mobilidade, alterações posturais, declínio cognitivo. Já os fatores extrínsecos estão associados aos fatores ambientais (buracos, escadas, terrenos irregulares, tapetes, má iluminação, objetos no chão) propiciando deslocamento do centro de gravidade. As alterações fisiopatológicas também estão intimamente ligadas à ocorrência de quedas. (MEIRA ET AL

, 2005).

As quedas em pessoas idosas além das fraturas e risco de morte, levam a consequências como o medo de cair, restrição das atividades de vida diária, declínio na saúde, aumento nas institucionalizações, perda da autonomia e qualidade de vida. (PERRACINI; RAMOS, 2002). Alguns estudos demonstram que a maioria das quedas ocorrem em idosos do sexo feminino (66%), as principais causas estão relacionadas ao ambiente físico (54%), sendo as fraturas as mais frequentes (64%).

A fisioterapia é de fundamental importância na abordagem do tratamento do idoso, principalmente em um contexto interdisciplinar. Programas de exercícios físicos que aumentam significativamente a força muscular, mantendo a composição e o peso corporal e melhorando o equilíbrio, podem diminuir quedas entre os idosos, tornando-se uma forma efetiva de prevenção. Além disso, o exercício físico proporciona aumento do contato social, diminuem os riscos de doenças crônicas, melhora a saúde física e mental e o desempenho funcional, assegurando independência e autonomia por mais tempo. (BENEDETII et al,2008).

A abordagem fisioterápica no paciente idoso vem evoluindo para o delineamento de uma nova perspectiva priorizando uma abordagem interdisciplinar, visto que a queda traz sérias consequências físicas, psicológicas e sociais, reforçando assim a necessidade da prevenção da queda, garantindo ao idoso melhor qualidade de vida, autonomia e independência.


Fonte: Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.11 n.2 Rio de Janeiro 2008.

Rev. Saúde Pública vol.38 no.1 São Paulo Feb. 2004.

Envelhecimento e Religião

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Religião

Nestes últimos anos podemos observar um aumento significativo de estudos abordando o processo de envelhecimento e suas repercussões na saúde do idoso trazendo uma relevância e a crescente conscientização e conhecimento sobre os aspectos biológicos, culturais e econômicos para romper com os preconceitos que ainda isolam e excluem estes indivíduos da sociedade. O aumento da expectativa de vida tem íntima relação com fatores como a alimentação, habitação, educação, saneamento básico, mudanças nos padrões reprodutivos e avanço no tratamento de doenças.

Ao mesmo tempo em que o cuidado depende do individuo ele também tem uma dimensão que escapa a boa vontade consciente, pois passa pelo econômico, pelo inconsciente e pelas produções capitalistas de subjetividade com o corpo. O cuidado resulta também dos equipamentos coletivos que produzem subjetividade, e o sujeito quando fala do cuidado fala também do seu salário, de sua família, dos seus sentimentos, desejos e de sua fé.
Um envelhecimento bem sucedido não é um privilégio ou sorte, mas um objetivo a ser
alcançado por quem planeja e trabalha para isso, falar de qualidade de vida é considerar também suas emoções e suas repercussões para a saúde.
A saúde é definida como um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência da afecção ou doença. Nesse bem estar destacamos a emoção que se refere ao sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos. As emoções são impulsos para agir e lidar com situações da vida e sofrem influência das experiências de vida e cultura. Um idoso ao perceber que não pode mais agir como antes sobre o mundo, não vê outra escolha senão retirar-se do mundo, mergulhando pouco a pouco em um profundo estado de depressão.
As emoções desencadeiam reações físicas e atualmente a medicina e particularmente a psiquiatria enfatiza a importância do bom humor, dos bons sentimentos e da afetividade
sadia na qualidade de vida e na saúde global da pessoa. A saúde do idoso está relacionada
a sua capacidade de locomoção, é sua saúde é o que preserva sua capacidade funcional, impedindo que ele se torne sedentário e dependente.
Os movimentos ascendentes foram associados pelos idosos como aquilo que causa bem - estar, que impulsiona que expande que exterioriza, que expressa, que faz buscar o que a vida tem de melhor e os movimentos descendentes foram associados ao que nós faz mal, que levam o sujeito a se interiorizar, isolar-se.
Assim considerando os aspectos saúde/social, pode-se chegar a conclusão de que o fato do sistema público de saúde ser precário leva as pessoas ainda mais a se apegarem a questões religiosas buscando a fé e encontrando alternativas para o restabelecimento do seu bem estar regando assim o movimento ascendente. A relação saúde-doença se baseia no fato de que quando uma pessoa esta doente, ela procura reorganizar a sua vida buscando um sentido para a mesma, através do poder sagrado. Dessa forma, cada indivíduo através das crenças, costumes e valores da sua religião busca uma alternativa para o seu propósito que no caso de um doente é a cura.
Frequentemente as urgências pessoais ou situacionais são enfrentadas pelas pessoas, ao menos em parte, com o recurso religioso de orações, promessas, peregrinações, exercícios ascéticos e ações rituais, conforme as várias religiões, inclusive cristãs. No cristianismo, em particular, uma das manifestações mais indicativas da presença do reino de Deus foram às curas físicas e algumas curas que hoje chamaríamos de psíquicas ou de psicossomáticas, curas essas muitas vezes solicitadas pelo doente ou por outras pessoas. É notável que essas curas geralmente não terminavam no bemáestar físico ou psicológico, mas apontavam para um tipo de bemáestar religioso, concretamente a libertação do pecado e a união com Deus.



Fonte: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/viewFile/948/1162

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2007000100011

Fisiologia da circulação fetal

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Embriologia



O coração do feto forma-se até a oitava semana passando por várias fases até chegar ao modelo que encontraremos em qualquer ser humano que não apresentar nenhuma patologia ou disfunção cardiovascular.

A circulação fetal é organizada então, durante esse processo, para suprir as necessidades de um organismo em crescimento num ambiente de hipóxia relativa. Isso acontece já que os pulmões fetais estão cheios de líquido, o que proporciona alta resistência ao fluxo sanguíneo. Além disso, ao contrário do que acontece com crianças, jovens, adultos e idosos, o feto não respira, dependendo da placenta da mãe para realizar as trocas gasosas, ou seja, para receber oxigênio e eliminar dióxido de carbono.

Se na vida extra-uterina os ventrículos trabalham em série, na vida uterina ocorre o oposto. Os ventrículos trabalham em paralelo através dessas quatro estruturas: forâmen oval, o canal arterial, a placenta e o ducto venoso.

O sangue oxigenado chega ao feto através da veia umbilical. Esse sangue se mistura com o sangue venoso portal e desta forma faz com que o sangue da veia cava superior seja menos saturado do que o da veia umbilical. O sangue que chega ao átrio direito é direcionado para o AE através do forâmen oval.

Esse sangue que chega ao AE e daí ao VE e a aorta ascendente, artérias coronárias e cérebro é, consequentemente, o mais saturado com aproximadamente 65% em relação a saturação de 55% no VD, que será dirigido através do canal arterial para a parte inferior do corpo do feto. (Mattos, 1997)

Após o nascimento, quando o bebê respira, as artérias pulmonares abrem rapidamente e o sangue tem de passar pelos pulmões para ser oxigenado. A partir desse momento, o canal arterial deixa de ter utilidade e inicia-se o processo que leva ao seu encerramento, em alguns dias.

Nos recém-nascidos prematuros, dada a sua imaturidade, o canal arterial não está preparado para encerrar, pelo que muitas vezes se mantém aberto, permitindo que sangue da aorta (destinado a ser enviado para o corpo) volte para as artérias pulmonares.

Portanto, o fechamento do canal arterial possibilita que o próprio bebê realize em seus pulmões a troca gasosa, fazendo com que todo sangue tenha que passar pelos pulmões para que ele seja oxigenado não necessitando assim, ser desviado.

fonte: http://www.scielo.br/pdf/abc/v69n3/3720.pdf

Equilíbrio e marcha de idosos

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Metodologia


A população idosa vem crescendo muito nos últimos anos e com o envelhecimento vem surgindo muitas doenças crônicas e perda da capacidade funcional onde muitas vezes ocorrem quedas entre idosos. De acordo com Papaléo Neto conceitua o envelhecimento com um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas, e psicológicas que determinam perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente, causando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo a morte.

Pensando nos idosos foi feito uma pesquisa no asilo do município de Catanduva, onde pegaram 105 idosos, de idade entre 60 a 97 anos, 62 idosos eram do sexo feminino. Ao realizar o teste, percebeu-se que a dificuldade no equilíbrio e marcha foi mais frequente nos idosos que não praticavam nenhum tipo de exercício físico e mais nas mulheres.

A população idosa precisa adquirir algumas medidas de controle e prevenção de distúrbios de equilíbrio e marcha, com acompanhamento medico mudar o hábito de se alimentar, fazer um exercício físico pelo menos três vezes na semana, ex: caminhar, dançar, nadar e fazer fisioterapia visando o fortalecimento muscular e ganho de amplitude de movimento, enfim cuidar melhor do corpo e principalmente da mente.

O treinamento de equilíbrio e marcha são medidas úteis para trazer melhorias físicas, psicológicas e sociais, além de reduzir as chances de quedas nessa população.

Fonte:http://www.unati.uerj.br/tse/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232008000200005&lng=pt&nrm=iso#4

Bases Genéticas da doença de Parkinson

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Genética


A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa que afeta 2 % da população com idade superior a 65 anos.

Para diagnosticar a DP, torna-se necessário o estudo das seguintes reações: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez, instabilidade postural, perda de neurônios da substância negra e presença de depósito protéico intracitoplasmático. Os sintomas primários podem ser inespecíficos como: fadiga, sensação de adormecimento das extremidades, dores articulares, depressão e dificuldades para realizar as atividades motoras simples. A incapacidade para iniciar, manter e executar com agilidade as atividades motoras do dia-a-dia é o que causa mais prejuízo ao indivíduo. O tremor é característico da DP e é predominantemente de repouso e postural, afetando 70% dos pacientes.

A acinesia, bradicinesia e a hipocinesia provocam a diminuição do tamanho dos passos. A acinesia evidencia a paralisia dos movimentos, manifestando durante a marcha como uma insegurança no seu início ou por uma parada brusca do movimento dos membros inferiores e dos movimentos associados aos membros superiores.

Clinicamente se caracteriza pela identificação de inúmeros genes ou loci responsáveis para a ocorrência da DP, permitindo algumas explicações quanto à heterogeneidade genética da doença. As bases genéticas da DP permitem um grande avanço em sua patogênese, apresentando uma história familiar sugestiva de herança autossômica dominante com penetrância reduzida. É maior a probabilidade de parentes de primeiro grau para o desenvolvimento da DP. A enfermidade de início tardio pode estar relacionada a inúmeros fatores genéticos. Como fator de risco, o cromossomo 9q interfere na doença, assim também, como os cromossomos 1, 3q, 5q, 8p, 10 e 16. Os cromossomos 1p, 6 e 10 demonstram influenciar na idade de início. Os testes genéticos podem mostrar a existência de novos genes, ainda não identificados, porém, disponíveis para pesquisa científica.

Existe ainda a indicação de fatores ambientais como exposição a pesticida, traumatismos cranianos e poluentes. A terapia da DP inclui transplante de células fetais e terapia gênica, e no futuro, terapias neuroprotetoras efetivas, que dificultam a perda neuronal dopaminérgicas da substância negra. Ainda, deve ocorrer, o encaminhamento do indivíduo para grupos de apoio.

Fonte: http://www.cibersaude.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2666

Osteoporose

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Bioquimica


A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela redução da massa óssea, levando a fragilidade do osso e consequentemente a fraturas nos idosos, com mais frequência no quadril, punho, coluna e costelas. Na mulher a perda é mais significante nos primeiros anos pós – menopausa.

Os osteoblastos existentes nos ossos e é absorvido nos locais onde os osteoclastos estão ativos; quando existe a diferença entre atividade osteoblástica e osteoclástica ocorre a osteoporose.

A osteoporose pode ser classificada em: primária (idiopática) ou secundária. A forma primária é classificada em tipo I e tipo II. No tipo I, encontra-se uma rápida perda óssea e ocorre na mulher que entrou recentemente na menopausa. No tipo II, se relaciona ao envelhecimento, logo aparece por deficiência crônica de cálcio, aumentando a atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea. Já a osteoporose secundária acontece nos processos inflamatórios, como artrite reumatóide; alterações endócrinas e desordens adrenais; por uso de drogas como heparina, álcool, etc.

O diagnóstico da osteoporose é feito pela história clínica, onde deve ser observada a idade da menopausa (no caso das mulheres), presença de fator familiar, hábito alimentar, inatividade física, uso de café (aumenta a eliminação de cálcio), cigarro ou álcool (inibidores da multiplicação dos osteoblastos). No exame físico verifica-se deformidade da coluna; incluindo dados de peso e altura. Para acompanhamento, os exames laboratoriais e de imagem (radiografias e de densitometria) deverão ser solicitados, para observação dos marcadores de formação e de reabsorção óssea. São considerados marcadores de formação óssea: a fosfatase alcalina que aumenta esta formação; a osteocalcina que funciona como atividade osteoblástica e o pró-colágeno tipo IC – Terminal Peptídeo (PICP), que é a forma mais comum do colágeno presente nos ossos, apesar da existência em outros tecidos. Consideram-se marcadores de reabsorção óssea a hidroxiprolina que é um produto da redução do colágeno, sendo influenciada pela dieta alimentar. A piridinolina e desoxipiridinolina que são dosadas na urina, estão presentes nas ligações do colágeno, indicando o catabolismo ósseo não influenciando na dieta, e o Ntx, que também dosado na urina, é resíduo de telopeptídeos originados da quebra do colágeno tipo I.

A forma de tratamento da osteoporose é a prevenção, sendo a principal fonte o cálcio presente no leite e seus derivados; e nos vegetais como espinafre, agrião, couve-manteiga e brócolis. O consumo de cálcio aumenta com a atividade física, e é maior na gravidez e na lactação. As necessidades diárias variam de acordo com a faixa etária: no adolescente é cerca de 1200 mg/dia; no adulto, 800 mg/dia; na perimenopausa, 1000 mg/dia; na pós-menopausa, 1500 mg/dia.

Os suplementos mais utilizados são o carbonato de cálcio. A vitamina D é sintetizada na pele e sofre transformações no fígado e rins, favorecendo a formação óssea e facilitando a absorção intestinal do cálcio e também potencializa a sua ação nos osteoblastos. A suplementação aumenta a massa óssea e diminui o risco de fraturas.A perda óssea é acelerada após a menopausa. Os Estrógenos, a Calcitonina, Biosfosfonatos, a Ipriflavona e o Fluoreto de sódio inibem a reabsorção óssea.

Os exercícios gravitacionais são mais efetivos e um programa ideal de atividade física deve ter: exercícios aeróbicos de baixo impacto, exercícios de fortalecimento muscular e para melhora da propriocepção (padrão de marcha, equilíbrio e reflexos), que irão diminuir a incidência de quedas. A natação deve ser utilizada para relaxamento global e manutenção da ADM.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/aob/v9n2/v9n2a07.pdf

Reabilitação vestibular em idosos com desequilíbrios para marcha

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Neuroanatomia


Ao iniciar o processo de envelhecimento verificamos um decréscimo no funcionamento de todos os sistemas orgânicos, a força muscular diminui, levando a uma redução na mobilidade corporal. Estudos evidenciam que a força muscular atinge seu pico por volta dos 30 anos de idade; contudo dos 50 aos 60 anos ocorre um declínio dessa força. O que é mais preocupante nos idosos são as quedas que levam a grandes conseqüências. Os pacientes idosos são os mais acometidos pelas doenças do labirinto levando a incapacidades funcionais. Segundo Herdman, em 1994, 40% das pessoas acima dos 40 anos eram acometidas por doenças do labirinto. O número de idosos do sexo feminino tem aumentado em relação ao número de idosos do sexo masculino. Este fenômeno pode ser explicado porque durante a realização das atividades domesticas, ocorre a execução de movimentos cefálicos que associam a extensão com a rotação e inclinação da cabeça, promovendo o aparecimento das tonturas.

O equilíbrio é uma das funções mais afetadas nos idosos, para ser eficaz e funcionante, necessita dos órgãos do sistema vestibular, sistema optocinético e somatossensorial, com a função de fornecer informações centrais e periféricas e o objetivo de manter o indivíduo em postura correta sem se desequilibrar. As alterações do equilíbrio corporal, clinicamente observadas, podem ser caracterizadas por alterações como tontura, vertigem, desequilíbrios e quedas causadas pelas disfunções vestibulares.

O sistema vestibular tem atuação muito importante no alinhamento corporal, já que ele tem a capacidade de detectar a direção da gravidade e acionar mecanismos compensatórios para manter o corpo em equilíbrio, juntamente com os outros sistemas sensoriais. Além disso, tem a função de estimular a resposta efetora dos músculos para que a resposta muscular corresponda na forma de contração muscular, ativando principalmente, os músculos antigravitacionais e, conseqüentemente, mantendo o corpo alinhado e equilibrado.

Os distúrbios posturais podem ser desencadeados por patologias que afetem o labirinto de forma central ou periférica, já que ambos afetam o sistema vestibular, resultando alterações na função vestíbuloespinhal e levando a distorção e deficiência do sistema. Os principais fatores responsáveis pelos desequilíbrios são: insuficiência vértebrobasilar, síndrome do desequilíbrio do idoso, alterações metabólicas e alterações no SNC. As alterações vestibulares podem ser causadas exclusivamente por alterações periféricas e centrais, como a vertigem posicional paroxística benigna, neurite vestibular, doença de Ménière, hidropisia endolinfática, fístula perilinfática e disfunção vestibular bilateral.

A reabilitação vestibular vem sendo uma das técnicas utilizadas com melhores resultados apresentados para resolução das alterações labirínticas. Considerada como um tratamento terapêutico, os exercícios vestibulares buscam promover a melhora do equilíbrio, da qualidade de vida e a restauração da orientação espacial para o mais próximo do fisiológico.

Para que o tratamento seja eficaz é necessário que o paciente tenha passado por uma avaliação, e façam um tratamento de acordo com suas necessidades, abrangendo as incapacidades funcionais e suas atividades de vida diária.

O efeito da atividade física em idosos com limitações no aparelho locomotor

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina:Cinesiologia


O processo natural de envelhecimento do ser humano causa limitações no aparelho locomotor, que por sua vez causa dificuldades para realizar as atividades de vida diária, e podem ate levar a dependência física.

Uma das doenças mais prevalentes em idosos acima de 65 anos é a Osteoartrose que causa dor, rigidez articular, deformidade e progressiva perda de função; Outro problema importante causado pela idade é a perda da força muscular que leva à diminuição na capacidade de promover torque articular rápido e necessário às atividades que necessitam de força moderada, além de causar maior dependência física e ainda facilitar a queda do individuo, podendo levar a conseqüências gravíssimas.

De acordo com a revisão de Literatura de André Pedrinelli as limitações no aparelho locomotor em idosos como a osteaortrose e a perda da força muscular, podem ter seu efeito minimizado por meio da prática regular de exercícios físicos, associando exercícios aeróbicos com exercícios de fortalecimento muscular. Os alongamentos podem gerar ganho de amplitude de movimento da articulação ajudando no desempenho muscular, reduz o risco de lesão e melhora a nutrição da cartilagem. Todos os movimentos devem ser feitos de modo a conseguir máxima amplitude de movimento sem dor.

Mesmo ainda existindo muitas duvidas quanto à melhor forma de prescrever e Orientar as atividades físicas combinadas, algumas técnicas são usadas. A aplicação de calor ajuda a diminuir a dor. O uso de faixas elásticas e pesos darão resistência ao movimento e fortalecimento muscular. Outros exercícios como andar de bicicleta, natação, caminhada e hidroterapia também são indicados ao paciente.

As alterações no aparelho locomotor que ocorrem a partir da idade avançada podem ter seu efeito minimizado através da pratica regular de atividades físicas, sendo cada programa de exercício individual para as necessidades de cada idoso. Também é importante continuar com a pratica de exercícios a longo prazo pra que se mantenha os benéficos ganhos durante programa.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000200002&lang=pt&tlng=pt


ENVELHECIMENTO E DEMÊNCIA COM ÊNFASE NA DOENÇA DE ALZHEIMER



FISIOTERAPIA PUC MINAS - 2º PERÍODO - POSTAGEM DE BIOQUÍMICA



(Gabriela Aparecida Moreira Diniz, Gustavo Almeida Vaz, Lorena Ferreira dos Santos Costa, Marcela Mara Sá Paixão, Nayara Karolina Reis, Vânia Martins da Costa Melo)

Com o aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade registrada ultimamente, tem acarretado um incremento significativo na proporção de indivíduos idosos no Brasil. “A proporção de indivíduos idosos com idade igual ou superior a 60 anos passou de 6% em 1975 para 7,9% em 2000, estimando-se que chegue a 15,4% em 2025”. (Izquierdo, 2002).
As pessoas não só estão vivendo mais, como também envelhecendo de maneira mais saudável. No entanto, na idade mais avançada aumenta os casos de doenças neurodegenerativas, dentre as quais as que se denominam demências (de: partícula privativa; mência: do latim mens, mente). Literalmente, “perda da mente”). As demências recebem esse nome porque comprometem de forma significativa a memória e também outras funções cognitivas, com intensidade suficiente para produzir perda funcional, incluindo até, a realização de atividades de vida diária ou o reconhecimento de pessoas e lugares do entorno habitual.
A mais importante das demências é a doença de Alzheimer (DA). (Chaimowiez, 1998). Caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, é uma doença neurodegenerativa progressiva e irreversível, que não parece ser tão grave quanto realmente é.
Observa-se no cérebro de indivíduos com DA atrofia cortical difusa, a presença de grandes números de placas senis e novelos neurofibrilares, degenerações grânulos-vacuolares e perda neuronal. Verifica-se ainda um acúmulo de proteína β – amilóides nas placas senis e da microtubulina tau nos novelos neurofibrilares. Acredita-se que a concentração das placas senis esteja correlacionadas ao grau de demência nos afetados. Transtornos da transmissão de acetilcolina(transmite o impulso nervoso entre os neurônios) e acetiltransferases ocorrem frequentemente nos indivíduos afetados.

Na DA, os primeiros neurônios a morrerem são os envolvidos na produção de acetilcolina nas diversas regiões do cérebro. São administrados Inibidores de Acetilcolinesterase para bloquear a quebra de acetilcolina e assim aumentar a quantidade de acetilcolina no cérebro. O uso dessa droga mostrou melhora na função cognitiva em pacientes que se encontram na fase Intermediaria da DA.

Na literatura são encontradas diversas formas de divisão dos estágios da DA. Segundo Gauthier, o quadro clinico é dividido em três fases: DA Inicial, DA Intermediaria e DA. Avançada, Rozenthal et al. em 1998 descreve o quadro clinico de modo bem semelhante, mas um pouco mais simplificado.

a) 1ª Fase – DA Inicial: O doente começa a apresentar um déficit de memória, como desorientação espacial e dificuldade em recordar acontecimentos recentes. Junto a isso começam a aparecer alterações na linguagem, como dificuldade em encontrar a palavra certa num dialogo espontâneo e em entender o que lhe foi dito.
b) 2ª Fase – DA Intermediária: Os sintomas descritos na primeira fase são acentuados. O paciente apresenta dificuldade em executar funções como se vestir ou na higiene pessoal; a memória e ainda mais prejudicada e ele se mostra desorientado em lugares conhecidos e também não reconhece parentes. Começa a apresentar alterações na função motora como bradicinesia, andar lento, perseverança de gestos e reflexos primitivos persistentes. A praxia e a gnosia também são alteradas.
c) 3ª Fase – DA Avançada: O paciente perde totalmente a capacidade de realizar as atividades de vida diária e de se comunicar. A função motora fica ainda mais comprometida, evoluindo para uma hipertonia e não sendo mais capaz de realizar a marcha. A memória e ainda mais prejudicada e o paciente já não reconhece mais parentes próximos.O paciente, nesta fase, permanece acamado.

Todos os estudos de medidas para prevenir ou atrasar os efeitos do Alzheimer são frequentemente infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas para acreditar que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida contra o Alzheimer. No entanto, estudos indicam relações entre factores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. Mas só mais pesquisa, incluídos testes clínicos, revelarão se, de facto, esses factores podem ajudar a prevenir o Alzheimer.

BIBLIOGRAFIA

PRADO, Marco A. et al. Envelhecimento e memória: foco na doença de Alzheimer. Revista USP, São Paulo, n.75, p. 42-49, setembro/novembro 2007.

ASPESI, Nelson Venturella. Doença de Alzheimer. Disponível em: . Acesso em 29 set. 2010.

LEITE, Leonardo. Alzheimer.Disponível em: . Acesso em 29 set. 2010.

CHAIMOWICZ, F. Os Idosos Brasileiros no Século XXI: Demografia, Saúde e Sociedade. Belo Horizonte, Postgraduate, 1998.

ALMEIDA, O. P. Biologia Molecular da doença de Alzheimer: uma luz no fim do túnel? Revista Assoc. Med. Bras., São Paulo, v.43, n.1, p. 77-81, jan/março 1997.

MELO, Marília Água de.; DRIUSSO, Patrícia. Proposta Fisioterapeutica para os cuidados de Portadores da Doença de Alzheimer. Rev . Envelhecimento e Saúde, São Paulo, v.12, n.4, p. 11-18, 2006.

ASPECTOS BIOQUIMÍCOS NA DEMÊNCIA DO IDOSO

Fisioterapia PUC- Minas - 2º Período - Postagem de Bioquímica



(Gabriella Moreira Diniz, Gustavo Almeida Vaz, Lorena Ferreira dos Santos Costa, Marcela Mara Sá Paixão, Nayara Karolina Reis, Vânia Martins da Costa Melo)


Demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível. As funções mentais anteriormente adquiridas são gradativamente perdidas.
Com o aumento da idade a demência torna-se mais freqüente. Dados mostram que a demência acomete de 5 a 15 % das pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20 % nas pessoas com mais de 80 anos de idade.
Além disso, outra doença presente dentre os idosos é o mal de parkinson. O mal de parkinson é uma doença neurodegenerativa, e é dita idiopática, sem causa definida, mas acomete com mais freqüência pessoas acima de 60 anos de idade.
O parkinsonismo caracteriza-se pela disfunção ou morte dos neurônios produtores de dopamina no sistema nervoso central (SNC). Outras estruturas além da substância negra podem estar acometidas, levando a anormalidade de outros neurotransmissores, como, a serotonina, a acetilcolina e a noradrenalina.
A demência associada à doença de parkinson caracteriza-se principalmente pela lentidão cognitiva e motora, pela disfunção executiva e pelo comportamento da evocação de recordações.
A Doença de Parkinson é incurável, entretanto, há terapias que visam melhorar os sintomas e retardar a progressão; tais como:

Ø Terapia farmacológica, que visa restabelecer os níveis de dopamina no cérebro;

Ø Cirurgicamente, é possível fazer palidotomia (exição do globo pálido) ou mais recentemente é preferível a estimulação desses núcleos com elétrodos, cuja ativação é externa e feita pelo médico e paciente.


Ainda não se sabe como prevenir a Doença de Parkinson, pois só se conhece um fator de risco, que é a idade.
Existem evidências de que os antioxidantes, como, a vitamina E, e o selênio, podem ser benéficos para sua prevenção.
No que tange a demência, é importante reconhecer que o envelhecimento normal não cursa obrigatoriamente com distúrbios de memória. No processo de envelhecimento pode existir uma lentificação da condução nervosa. No entanto, as informações são recuperadas, possibilitando ao idoso um desempenho cognitivo normal. Caso haja alguma alteração cognitiva, deve ao médico que atende ao indivíduo idoso ter a sensibilidade de suspeitar de um quadro demencial, mesmo em suas fases iniciais, para que assim possam ser tomadas condutas mais adequadas, visando a preservação da capacidade funcional e da autonomia por mais tempo.





REFERÊNCIAS:

BRESSANI,Rodrigo.Doença de Parkinson. Disponível em:
http://bioqdoenvelhecimento.blogspot.com/ Acesso em: 03/10/10

KOCH, Alice.; DA ROSA,Dayane. Transtornos Mentais em Idosos. Disponível em:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?423 Acesso em : 04/10/10

Demência em Idosos: Demência na Doença de Parkinson. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Vow77r5ogdAJ:www.psicologiananet.com.br/demencia-em-idosos-demencia-na-doenca-de-parkinson/1709/+doen%C3%A7a+de+parkinson+demencia&cd=7&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em 10/10/10



Doença de Parkinson. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:UUva_8ewXkYJ:adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000755prv.htm+doen%C3%A7a+de+parkinson+preven%C3%A7%C3%A3o&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em: 10/10/10
AMINOFFMJ, Greenberg DA.; Simon RP. Parkinsonismo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parkinsonismo Acesso em: 10/10/10


REGI, Daniela P.;JUNIOR .M, Armando.; CASTRO,Antônio C.L.C. O Idoso Demenciado e seu Impacto na Saúde Pública: estamos preparados?. Disponível em: http://74.125.155.132/scholar?q=cache:eHjkpt7qnIQJ:scholar.google.com/+bioqu%C3%ADmica+idoso+dem%C3%AAncia&hl=pt-BR&as_sdt=2000 Acesso em: 12/10/10

Análise de artigos sobre menopausa e suas conseqüências.

Nome: Ana Flávia Dias, Camila Oliveira, Cidália Barbosa, Daniela Batista , Débora Soares, Deborah Alcântara, Jéssica Caroline , Juliana de Oliveira, Nayara Martins.

Tema: Envelhecimento – Saúde da Mulher (Menopausa)
2º Período de Fisioterapia - PUC MINAS

Disciplina de postagem: Metodologia da Pesquisa


O conhecimento da pesquisa vem sendo cada vez mais utilizado pelos profissionais atuantes na área da saúde. Visto que com esse instrumento podem se atualizar, descobrindo novas técnicas e incentivando também a sua própria pesquisa e a crítica profissional.

Com isso nós escolhemos dois artigos que abordam a menopausa e que sua metodologia é um ensaio clínico, porque são mais idéias para uma análise crítica e embasar uma revisão, sendo eles:

·         Fatores associados à dislipidemia na pós-menopausa (Oliveira, Ticihana R.;Et. AL - 2008)

·         A MULHER CORONARIOPATA NO CLIMATÉRIO APÓS A
      MENOPAUSA: IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA    (FAVARATO, Maria E. C. de S.; ALDRIGHI ,J. M. - 2001)


Analisando esses artigos escolhidos podemos observar que o de Oliveira (2008) apresenta um objetivo bem estruturado, resumo em inglês , introdução esclarecedora ,metodologia com apresentação de tabelas e discussão sobre os resultados apresentados. Em comparação o de Favorato (2001) apresenta um resumo abrangendo o objetivo da pesquisa, introdução bem esclarecedora também, resultados com apresentação de tabelas e discussão, porém ela termina o seu ensaio clínico com uma rápida conclusão em que responde sua pergunta inicial.

A metodologia utilizada por Oliveira (2008) constitui em um caso controle de prevalência e controle selecionados de um ambulatório para mulheres no climatério, a seleção foi escolhida embasada nos níveis de colesterol total na corrente sanguínea, porém a divisão não foi randomizada nem o avaliador foi cegado, além de a divisão dos grupos serem desiguais, o que pode demonstrar que houve abandono no meio do projeto e estes não foram avaliados.

Já em Favorato (2001) sua metodologia constitui em um estudo com 100 mulheres após a menopausa em que foram divididas em grupos de 50 mulheres portadoras de doenças isquêmica do coração e outras 50 que não desenvolveram essa doença, pacientes do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da FSP - USP. A pesquisa utilizou uma entrevista estruturada sobre a qualidade de vida delas e aplicação de um questionário genérico de avaliação de qualidade de vida. Tendo como conclusão que o desenvolvimento desta doença interfere na qualidade de vida, limitando a capacidade física e as atividades de vida diária do doente.

Com esses artigos analisados, notamos que Favorato (2001) perdeu o que poderia lhe render um padrão ouro (ensaio clínico sem nenhum viés), por não ter randomizado nem cegado seu estudo científico, enquanto Oliveira (2008) não soube dividir os grupos de caso-controle além de repetir os mesmos erros de Favorato (2001).


Referências Bibliográficas:
Oliveira, Ticihana R.; Sampaio, Helena A. de C.; Et. AL. Fatores associados à dislipidemia na pós-menopausa. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(12):594-601



FAVARATO, Maria E. C. de S.; ALDRIGHI ,J. M. - A mulher coronariopata no climatério após a menopausa: implicações na qualidade de vida. Rev Ass Med Brasil 2001; 47(4): 339-45


CONTRIBUIÇÃO DA DEMÊNCIA NA PREVALÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS

FISIOTERAPIA PUC MINAS - 2° PERÍODO - POSTAGEM DE EPIDEMIOLOGIA

(Gabriela Aparecida Moreira Diniz, Gustavo Almeida Vaz, Lorena Ferreira dos Santos Costa, Marcela Mara Sá Paixão, Nayara Karolina Reis, Vânia Martins da Costa Melo)

O envelhecimento populacional é uma realidade no nosso país, assim como em todo mundo (Maciel, 2005). No Brasil, a expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que a população com mais de 60 anos de idade seja aproximadamente 11% da população geral até o ano de 2020. Com o aumento do número de idosos ocorre uma elevação das doenças associadas ao envelhecimento, destacando-se as crônico-degenerativas. Essas patologias levam a disfunções em vários órgãos e funções no idoso, como os distúrbios da postura e do equilíbrio.
Nesta perspectiva, as quedas de idosos são atualmente uma das preocupações, de relevância epidemiológica, social e econômica. Pela frequência e pelas consequências em relação à qualidade de vida. Aproximadamente 30% das pessoas de 65 anos ou mais caem pelo menos uma vez a cada ano (Tinetti, 1994).
A alta incidência e prevalência de quedas em idosos decorrem de alterações intrínsecas e extrínsecas4,5,6. Dentre os fatores intrínsecos, destacam-se as alterações sensóriomotoras inerentes ao processo de envelhecimento (alterações visuais, parestesias, paresias, diminuição de flexibilidade e de mobilidade e declínio cognitivo); os fatores extrínsecos, fortemente associados às dificuldades propiciadas pelo ambiente (buracos, escadas e terrenos irregulares), constituem também grande risco de quedas.Alterações fisiopatológicas características de algumas doenças também são responsáveis por quedas na população idosa. Dentre elas, destacam-se as síndromes cerebelares, as vestibulopatias, os distúrbios osteomioarticulares e as patologias neurodegenerativas.
As consequências das quedas para os idosos podem ser bastante limitadoras e, em alguns casos, até fatais. Os principais problemas decorrentes são fraturas, lesões na cabeça, ferimentos graves, ansiedade, depressão, o chamado "medo de cair" (medo de subsequentes quedas), que também pode acometer idosos que nunca caíram. Entre idosos que sofrem quedas, 3% a 5% apresentam fraturas graves (Carvalho, 2002).
Em uma investigação realizada na população de idosos de três bairros da cidade do Rio de Janeiro, foram encontrados os seguintes coeficientes de prevalência para demência: 5,9% em Copacabana, 9,8% no Méier e 29,8% em Santa Cruz. Dos idosos com demência, acidentaram-se em casa 78% contra 55% daqueles sem a doença. Os resultados do estudo confirmam que a presença de demência contribui para o aumento no risco de queda seguida de fratura grave entre idosos (Carvalho, 2002).
Diante dessa realidade é observado que a prevenção é importante no sentido de minimizar estes problemas secundários decorrentes de quedas. É possível diminuir a ocorrência de quedas com cuidados básicos como: a promoção da saúde e prevenção das quedas, rever as medicações, modificar o domicilio, promover segurança para os idosos fora do domicilio.

BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Aline de Mesquita; COUTINHO, Evandro da Silva Freire. Demência como fator de risco para fraturas graves em idosos. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.36, n.4, Agosto 2002.

SIQUEIRA, Fernando V. et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Revista de Saúde Publica Rio Grande do Sul, v.41, n.5, p. 749-56.

Papel da Vitamina D na prevenção de quedas em idosos

Nome: Ana Petrina; Ana Carolina Eloi; Ayr
a Badaró; Cristiane Grossi; Lorena Martins; Olívia Curty; Tatiana Oselieri

Fisioterapia PUC Minas - 2ºPeríodo: Bioquimica

Vitamina D é o nome geral dado a um grupo de compostos lipossolúveis . Também conhecida como calciferol e Vitamina Dntiraquítica. A vitamina D é essencial para a homeostase, sabe-se que ela é necessária para a absorção do cálcio e do fósforo no intestino grosso, para a sua reabsorção nos rins. Entretanto, outras ações não relacionadas ao metabolismo mineral têm sido imputadas a ele, como a sua deficiência tem sido relacionada à diminuição da força e da massa muscular, como o prejuízo do equilíbrio e aumento da incidência de quedas.
Nas pessoas idosas, o processo dinâmico de conservação do equilíbrio encontra-se diminuído, fato que se torna evidente pela elevada incidência de quedas, acarretada pela diminuição da força muscular. Existem evidências de que a presença de baixos níveis plasmáticos de vitamina D estaria envolvida em fraqueza muscular associada ao envelhecimento. Estudos identificam que o tecido muscular possui receptores específicos para a vitamina D e dessa forma sua ativação tem efeitos diretos sobre a força muscular.
Um dos primeiros aspectos estudados sobre as ações musculares da vitamina D foi sua participação no transporte ativo do cálcio para o interior do retículo sarcoplasmático. Outros efeitos da vitamina D na célula muscular esquelética relacionam-se ao metabolismo e à síntese protéica. Estudos comprovam que o tempo de contração e relaxamento é mais lento em pacientes com miopatia por deficiência de vitamina D do que em controles normais.

A miopatia produzida por deficiência de vitamina D apresenta quadro clínico característico de dor muscular difusa e fraqueza dos músculos proximais, especialmente dos antigravitacionais (extensores, flexores, e abdutores do quadril e extensores e flexores do joelho), produzindo dificuldades na marcha e em atividades mais simples como se levantar de uma cadeira.
Em resumo, a vitamina D, através de suas ações sobre a regulação do transporte de cálcio, síntese protéica e cinética da contração, é importante para manutenção da massa, da força e da velocidade de contração do músculo esquelético.
Estima-se que um terço da população de idosos, sofre pelo menos uma queda por ano e 5% destes incidentes resulta em uma fratura. Tendo em conta o enorme aumento da população da terceira idade, mostra-se urgente prevenir as quedas entre estes pacientes. Foi identificado que se consegue redução destas quedas ministrando doses maiores que 700 unidades internacionais por dia (UI/d) de vitamina D, e alcançando concentrações plasmáticas superiores a 60 nmol/L. Podendo assim, diminuir os casos de quedas entre os idosos.

Fontes:

Pedrosa PA, Castro ML. Papel da vitamina D na função Neuro-muscular. Arq Bras Endocrinol Metab vol 49 nº 4 Agosto 2005;495-502.

http://www.vitaminas.bayer.pt/scripts/pages/pt/vitaminas/vitamina_d/index.php

http://www.radarciencia.org/deficiencia-de-vitamina-d/
http://www.quebarato.com.br/calcio-vitamina-d-herbalife__20F05D.html

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Perfil da fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil

Tema:Envelhecimento_doenças cardiovasculares
Referente a disciplina de Metodologia de Pesquisa
Postado por: Jeane Sales Silva,Alessandra Ferraz Linhares,Marcos Renato Ribeiro da Hora,Matheus Silva Monteiro,Izabela Maria Souza Melo,Raquel Canguçu Silva,Rafaela Cristina de Oliveira Rodrigues e Renan Roberto Sandim.
Alunos do curso de Fisioterapia_2° período















A reabilitação cardiovascular de acordo com a Organização Mundial de Saúde(OMC) é um conjunto de atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares as melhores condições sociais,mentais e físicas possíveis,para que possam alcançar com seu próprio esforço uma vida normal e produtiva.Estes programas são uma realidade em países desenvolvidos e contam com um equipe interdisciplinar que composta por vários profissionais.

O estudo que foi feito procura conhecer o modelo de atuação da fisioterapia em reabilitação cardiovascular no Brasil, o perfil do fisioterapeuta que trabalha com a reabilitação cardiovascular e o perfil administrativo dos serviços.

O artigo analisado possui um resumo muito completo, onde especifica quais as pessoas que foram analisadas, como elas foram analisadas e o porquê dessa análise. Nesta parte já encontramos um viés, pois o número de pessoas analisadas foi muito baixo.

Este estudo é do tipo transversal (pois foi feita uma medida por meio de levantamentos em certa população, analisados num período de 12 meses), a amostra analisada foram 67 voluntários (dentre estes 37 eram fisioterapeutas) que responderam um questionário, composto por 52 questões, pela internet. O questionário em si acaba por se tornar um viés do estudo, pois, a grande quantidade de perguntas acaba por tirar o interesse do profissional em respondê-lo.

Os principais resultados encontrados mostram que a fisioterapia não é muito realizada no período pré-operatório em pacientes considerados de baixo risco, sendo realizada apenas em paciente com alto risco, como idosos e obesos. Já no pós-operatório o tratamento fisioterápico é realizado na maioria dos serviços participantes do estudo. Na fase de recuperação foi observado que a maioria dos centros de reabilitação realiza reabilitação de forma supervisionada. Ainda é mostrado que a avaliação e entrevista pessoal do paciente são de vital importância para o profissional conhecer mais sobre a vida, os hábitos e o estado do paciente, mas, eles são pouco utilizados nas diversas fases de reabilitação cardiovascular. Finalmente foi mostrado que o fisioterapeuta é o principal profissional ligado à administração do serviço de reabilitação cardiovascular e que ele apresenta um alto nível de escolaridade.



Fonte:

Mair,V.;Yosshimori,D. Y. ; Junior, G. C.; Castro,S. S.; Avino, R.; Buffolo, E.; Branco J.N.R Perfil da fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.333-8, out./dez. 2008.Disponível em : http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/fpusp/v15n4/03.pdf Acesso em:29/10/2010.

A FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE TRANSTORNO COGNITIVO LEVE

FISIOTERAPIA PUC MINAS - 2º PERÍODO - POSTAGEM DE NEUROANATOMIA


(Gabriela Aparecida Moreira Diniz, Gustavo Almeida Vaz, Lorena Ferreira dos Santos Costa, Marcela Mara Sá Paixão, Nayara Karolina Reis, Vânia Martins da Costa Melo)

Transtorno cognitivo leve (TCL) ou comprometimento leve da memória surge normalmente após os 45 anos, podendo acontecer inclusive antes. É um distúrbio exclusivo de memória, por isso, muitas vezes, passa despercebida das pessoas.
Nem todas as pessoas que apresentam transtorno cognitivo leve apresentarão demência no futuro, mas a maioria apresentará sim.
Ele pode ser o primeiro sinal de risco para o desenvolvimento da síndrome de Mal de Alzheimer, caracterizada basicamente pela perda neural e degeneração do córtex cerebral que, em fases avançadas, podem comprometer o córtex motor. Com essa perda funcional, é que entra o trabalho do fisioterapeuta que, estimulando o sistema motor melhora a qualidade de vida do paciente. É preciso cuidar para não confundir "pequenos esquecimentos" com uma coisa normal da idade. Se tratado, o TCL pode ser controlado retardando a evolução para a doença de Alzheimer.
A primeira coisa que precisa ser feita é afastar a possibilidade de depressão. Um paciente deprimido de 50, 60 anos pode muito bem estar apresentando um TCL. Nesse caso, além do transtorno de memória, existirão outros sinais e sintomas da doença depressiva, tais como confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória em longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade.
Para detectar o comprometimento leve de memória, médicos e psicólogos com especialização em neuropsicologia aplicam testes de avaliação que devem ser feitos semestralmente para verificar se há piora do quadro cognitivo e, iniciar assim, o tratamento com os mesmos remédios do Alzheimer, mas em doses ajustadas.
Terapias que visam a independência funcional através do fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e da capacidade aeróbia atrelados ao estímulo cognitivo, sensorial e, treino de outras habilidades como planejamento e execução de tarefas em etapas, treino de velocidade de processamento e atenção que podem até serem realizados durante a execução dos exercícios fisioterapêuticos usuais, são essenciais para atingir os objetivos propostos.
É recomendada a fisioterapia desde o início do diagnóstico, pois com a prática de exercícios o paciente pode se manter na mesma fase por maior tempo. Na fase mais avançada do Alzheimer, quando o paciente passa a maior parte do tempo restrito ao leito, a fisioterapia é importante tanto para orientar os cuidadores sobre como transferir corretamente os doentes na cama quanto para minimizar as complicações da Síndrome do Imobilismo (indivíduo acamado por um período prolongado). Entre as possíveis conseqüências desse problema estão o encurtamento dos músculos e a perda da força muscular, o surgimento de úlceras por pressão (escaras), trombose, prisão de ventre e pneumonia, entre outros.

BIBLIOGRAFIA


http://www.bastaclicar.com.br/noticias/noticia_mostra.asp?id=683

http://www.geriatria-gerontologia.com.br/tcl.pdf

http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/211761/?noticia=ESQUECIMENTOS+CONSTANTES+SAO+SINTOMAS+DO+TRANSTORNO+COGNITIVO+LEVE

http://www.webartigos.com/articles/26411/1/Comprometimento-cognitivo-leve-e-demencia-tipo-Alzheimer--Estudos-realizados/pagina1.html

http://www.corposaun.com/celular-alzheimer/8972

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE A DEMÊNCIA EM IDOSOS E SEU AVANÇO


FISIOTERAPIA PUC MINAS - 2º PERÍODO - POSTAGEM DE EPIDEMIOLOGIA

Gabriela Aparecida Moreira Diniz, Gustavo Almeida Alves, Lorena Ferreira dos Santos Costa, Marcela Mara Sá Paixão, Nayara Karolina Reis, Vânia Martins da Costa Melo

O envelhecimento populacional é um fenômeno global. Estima-se que, considerando a população mundial, o número de pessoas com 60 anos ou mais irá crescer mais de 300% nos próximos 50 anos, de 606 milhões em 2000 para quase dois bilhões em 2050. Este crescimento será maior nos países menos desenvolvidos, onde esta população irá aumentar mais do que 4 vezes, de 374 milhões em 2000 para 1,6 bilhões em 2050.
O Brasil é um dos países em desenvolvimento no qual o envelhecimento da população está ocorrendo com maior velocidade. Nos últimos 50 anos houve um aumento expressivo da população de idosos. Em 1950 essa população era de aproximadamente 2 milhões, e correspondia a 4,1% da população total. No ano 2000 esta população aumentou para 13 milhões e passou a corresponder a 7,8% da população total. Nos próximos 50 anos estima-se que será de 58 milhões, o que corresponderá a 23,6% da população total.
De acordo com Cerqueira e Oliveira (2002), tanto a queda da fecundidade quanto da mortalidade levaram a esse resultado demográfico, e as mesmas aconteceram desvinculadas de um desenvolvimento social, decorrendo mais da importação da tecnologia e avanços médicos, além da rápida urbanização do país. O aumento da expectativa de vida e o resultado do melhor controle de muitas doenças potencialmente fatais também contribuíram para esse quadro.
O envelhecimento da população traz, como uma de suas conseqüências, um aumento na prevalência dos problemas de saúde característicos do idoso: doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes, doenças reumatológicas, e alguns transtornos mentais. A demência, por exemplo, é uma doença que afeta aproximadamente 5% dos idosos aos 65 anos de idade e 20% daqueles com 80 anos ou mais.
Demência é um termo geral dado a uma síndrome onde ocorre a deterioração progressiva e persistente, caracterizada por déficit cognitivo em múltiplas esferas não associado a prejuízo da consciência. Todas as demências têm em comum um grave prejuízo nas atividades de vida diária (profissional e social) e na habilidade de aprender novas informações.
Segundo Veras et al. (2007), as síndromes demenciais são as principais causas de incapacidade e dependência na velhice e há fortes indícios de que essa patologia atualmente se situe entre as doenças que mais matam.
A prevalência de demência duplica a cada cinco anos após os 60 anos e, no grupo etário de 85 anos, chega a 25% e a 30% acima de 85 anos. Um estudo realizado com idosos brasileiros demonstrou que a prevalência de demência varia de 1,6% entre pessoas com idade de 65 a 69 anos, e a 38,9% naquelas com idade superior a 84 anos. Nesse estudo, também foi verificado que, proporcionalmente, a incidência anual de demência cresce de maneira sensível com o envelhecimento, de 0,6% a 2,8% na faixa etária dos 65 a 69 anos, para 8,4% nas pessoas com mais de 85 anos.
Diante do aumento do número de pessoas idosas portadoras de demência e da problemática em lidar com as situações decorrentes da prestação da assistência necessária visando o bem-estar e a integralidade do idoso e de seus familiares, reflexões sobre fatores envolvidos no gerenciamento da atenção prestada aos mesmos, se fazem necessárias e mais precocemente.
A demência, em suas diversas formas, tem particular relevância, não só pela freqüência com que ocorrem, mas principalmente, por ser, provavelmente, a mais devastadora das entidades patológicas, com sua ação deletéria sobre o idoso, a família, cuidadores e na sociedade em geral. Sendo assim, quanto mais rápido se fizer o diagnóstico e um eficiente programa de intervenções, melhor será o ganho na qualidade de vida dos idosos acometidos.
Com o crescente quadro de envelhecimento da população, tem-se exigido cada vez mais respostas no que diz respeito especialmente às políticas de saúde e sociais dirigidas à população idosa, com o intuito de preservar sua saúde e de atendê-la em suas doenças e particularidades, buscando minimizar as formas de evolução e complicações das mesmas. Por fim, mesmo com toda a tecnologia e avanço da medicina, o envelhecer será sempre marcado por complexidades, porém o importante durante esse processo é viabilizar condutas e estratégicas para garantir um maior tempo de funcionalidade e independência ao indivíduo, valorizando o mesmo como um ser presente e posteriormente dependente das habilidades dos que, em grande ou em pequena proporção fazem parte do seu convívio do dia a dia.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Osvaldo P. Idosos atendidos em serviço de emergência de saúde mental: características demográficas e clínicas. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. jan./mar.1999, vol.21, n.1, pp. 12-18. ISSN 1516-4446. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbp/ v21n1/v21n1a05.pdf> Acesso em: 05 set. 2010.

CERQUEIRA, Ana T.A.R.; OLIVEIRA, Nair I.L. Programa de apoio a cuidadores: uma ação terapêutica e preventiva na atenção à saúde dos idosos. Psicol. USP [online]. 2002, vol.13, n.1, pp. 133-150. ISSN 0103-6564. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642002000100007& lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em: 22 set. 2010.

KATO, Eliane M.; RADANOVIC, Márcia. Fisioterapia nas Demências. São Paulo: Atheneu, 2007.

SCAZUFCA, M et al. Investigações epidemiológicas sobre demência nos países em desenvolvimento. Rev. Saúde Pública [online]. dec.2002, vol.36, n.6, pp. 773-778. ISSN 0034-8910. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n6/13535.pdf> Acesso em: 05set. 2010.

VERAS, Renato Peixoto et al. Avaliação dos gastos com o cuidado do idoso com demência. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2007, vol.34, n.1, pp. 5-12. ISSN 0101-6083. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n1/a01v34n1.pdf> Acesso em 08 set. 2010.