sábado, 30 de outubro de 2010

Envelhecimento e Religião

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Religião

Nestes últimos anos podemos observar um aumento significativo de estudos abordando o processo de envelhecimento e suas repercussões na saúde do idoso trazendo uma relevância e a crescente conscientização e conhecimento sobre os aspectos biológicos, culturais e econômicos para romper com os preconceitos que ainda isolam e excluem estes indivíduos da sociedade. O aumento da expectativa de vida tem íntima relação com fatores como a alimentação, habitação, educação, saneamento básico, mudanças nos padrões reprodutivos e avanço no tratamento de doenças.

Ao mesmo tempo em que o cuidado depende do individuo ele também tem uma dimensão que escapa a boa vontade consciente, pois passa pelo econômico, pelo inconsciente e pelas produções capitalistas de subjetividade com o corpo. O cuidado resulta também dos equipamentos coletivos que produzem subjetividade, e o sujeito quando fala do cuidado fala também do seu salário, de sua família, dos seus sentimentos, desejos e de sua fé.
Um envelhecimento bem sucedido não é um privilégio ou sorte, mas um objetivo a ser
alcançado por quem planeja e trabalha para isso, falar de qualidade de vida é considerar também suas emoções e suas repercussões para a saúde.
A saúde é definida como um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência da afecção ou doença. Nesse bem estar destacamos a emoção que se refere ao sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos. As emoções são impulsos para agir e lidar com situações da vida e sofrem influência das experiências de vida e cultura. Um idoso ao perceber que não pode mais agir como antes sobre o mundo, não vê outra escolha senão retirar-se do mundo, mergulhando pouco a pouco em um profundo estado de depressão.
As emoções desencadeiam reações físicas e atualmente a medicina e particularmente a psiquiatria enfatiza a importância do bom humor, dos bons sentimentos e da afetividade
sadia na qualidade de vida e na saúde global da pessoa. A saúde do idoso está relacionada
a sua capacidade de locomoção, é sua saúde é o que preserva sua capacidade funcional, impedindo que ele se torne sedentário e dependente.
Os movimentos ascendentes foram associados pelos idosos como aquilo que causa bem - estar, que impulsiona que expande que exterioriza, que expressa, que faz buscar o que a vida tem de melhor e os movimentos descendentes foram associados ao que nós faz mal, que levam o sujeito a se interiorizar, isolar-se.
Assim considerando os aspectos saúde/social, pode-se chegar a conclusão de que o fato do sistema público de saúde ser precário leva as pessoas ainda mais a se apegarem a questões religiosas buscando a fé e encontrando alternativas para o restabelecimento do seu bem estar regando assim o movimento ascendente. A relação saúde-doença se baseia no fato de que quando uma pessoa esta doente, ela procura reorganizar a sua vida buscando um sentido para a mesma, através do poder sagrado. Dessa forma, cada indivíduo através das crenças, costumes e valores da sua religião busca uma alternativa para o seu propósito que no caso de um doente é a cura.
Frequentemente as urgências pessoais ou situacionais são enfrentadas pelas pessoas, ao menos em parte, com o recurso religioso de orações, promessas, peregrinações, exercícios ascéticos e ações rituais, conforme as várias religiões, inclusive cristãs. No cristianismo, em particular, uma das manifestações mais indicativas da presença do reino de Deus foram às curas físicas e algumas curas que hoje chamaríamos de psíquicas ou de psicossomáticas, curas essas muitas vezes solicitadas pelo doente ou por outras pessoas. É notável que essas curas geralmente não terminavam no bemáestar físico ou psicológico, mas apontavam para um tipo de bemáestar religioso, concretamente a libertação do pecado e a união com Deus.



Fonte: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/viewFile/948/1162

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2007000100011

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