segunda-feira, 2 de novembro de 2009


Saúde humanizada e fisioterapia
(postado por Amanda, Dayanna, Karoline, Martha, Priscilla e Roberta)

O fisioterapeuta tem como principal instrumento de trabalho, as mãos. Responsáveis pela operação de modernos equipamentos, as mãos também são aquelas que tocam e massageiam os pacientes. O resgate do uso das mãos, que cuidam, reabilitam, confortam e curam, no contato direto entre profissional-doente é o ponto de partida para a reflexão das pesquisadoras da Universidade Estadual da Paraíba, Isabella Dantas da Silva (graduada em fisioterapia, mestre em saúde coletiva e especialista no tema “humanização e fisioterapia”) e Maria de Fátima (doutora em enfermagem). A valorização do toque é o pretexto para uma discussão mais ampla em torno do tema da humanização, na contracorrente da supervalorização das máquinas em detrimento de uma assistência de saúde humanizada.

Segundo as pesquisadoras, a origem da fisioterapia está vinculada ao modelo biomédico, cartesiano, que adota uma visão reducionista, onde o corpo é comparável a uma máquina. Segundo esta visão, o fisioterapeuta caracteriza-se como um profissional focado em atenuar e reabilitar os organismos lesados fisicamente. No entanto, não se pode pensar em fisioterapia sem envolvimento, sem diálogo, sem trocas de conhecimento, sem formação de vínculo, uma vez que o fisioterapeuta é um dos profissionais que tem como principal instrumento as próprias mãos e que utiliza o toque no corpo do outro da forma mais incisiva possível.
É a partir do conhecimento global, holístico do ser humano, que se pode alcançar o objetivo maior da fisioterapia, que é preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e funções.

É necessária uma visão mais sistêmica para que se possa ir além da ausência
da doença. Reconhecer o paciente como um sujeito e não como um simples corpo/objeto é compreendê-lo, para além dos sintomas patológicos que apresenta, como um ser humano inserido em um determinado contexto social, político, econômico, familiar, espiritual e afetivo. Não se trata apenas de cuidar de uma doença, mas de assistir a uma pessoa que, circunstancialmente, está doente. Uma fisioterapia que centra seu conhecimento apenas no campo físico da doença, não produz saúde e a profissão perde aquilo que tem de mais essencial: o contato humano. Este é apenas um dos pontos de vista apresentados pelas pesquisadoras da UFP que convidam à reflexão e ao aprofundamento em torno do tema da humanização aplicada à fisioterapia.

Artigo completo
http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int.php?id_artigo=2438

Outros artigos de interesse
A relação médico-paciente em Rio Branco/AC sob a ótica dos pacientes http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302005000300016&script=sci_arttext&tlng=pt
A relação assimétrica médico-paciente: repensando o vínculo terapêutico http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232004000100014&script=sci_arttext

Vídeo sobre o tema humanização e fisioterapia
http://www.youtube.com/watch?v=xxyK7jK8Lqw

Vídeo sobre o tema humanização e medicina
http://www.youtube.com/watch?v=FvulAkMNXm0


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