Saúde humanizada e fisioterapia
(postado por Amanda, Dayanna, Karoline, Martha, Priscilla e Roberta)
O fisioterapeuta tem como principal instrumento de trabalho, as mãos. Responsáveis pela operação de modernos equipamentos, as mãos também são aquelas que tocam e massageiam os pacientes. O resgate do uso das mãos, que cuidam, reabilitam, confortam e curam, no contato direto entre profissional-doente é o ponto de partida para a reflexão das pesquisadoras da Universidade Estadual da Paraíba, Isabella Dantas da Silva (graduada em fisioterapia, mestre em saúde coletiva e especialista no tema “humanização e fisioterapia”) e Maria de Fátima (doutora em enfermagem). A valorização do toque é o pretexto para uma discussão mais ampla em torno do tema da humanização, na contracorrente da supervalorização das máquinas em detrimento de uma assistência de saúde humanizada. (postado por Amanda, Dayanna, Karoline, Martha, Priscilla e Roberta)
Segundo as pesquisadoras, a origem da fisioterapia está vinculada ao modelo biomédico, cartesiano, que adota uma visão reducionista, onde o corpo é comparável a uma máquina. Segundo esta visão, o fisioterapeuta caracteriza-se como um profissional focado em atenuar e reabilitar os organismos lesados fisicamente. No entanto, não se pode pensar em fisioterapia sem envolvimento, sem diálogo, sem trocas de conhecimento, sem formação de vínculo, uma vez que o fisioterapeuta é um dos profissionais que tem como principal instrumento as próprias mãos e que utiliza o toque no corpo do outro da forma mais incisiva possível. É a partir do conhecimento global, holístico do ser humano, que se pode alcançar o objetivo maior da fisioterapia, que é preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e funções.
É necessária uma visão mais sistêmica para que se possa ir além da ausência da doença. Reconhecer o paciente como um sujeito e não como um simples corpo/objeto é compreendê-lo, para além dos sintomas patológicos que apresenta, como um ser humano inserido em um determinado contexto social, político, econômico, familiar, espiritual e afetivo. Não se trata apenas de cuidar de uma doença, mas de assistir a uma pessoa que, circunstancialmente, está doente. Uma fisioterapia que centra seu conhecimento apenas no campo físico da doença, não produz saúde e a profissão perde aquilo que tem de mais essencial: o contato humano. Este é apenas um dos pontos de vista apresentados pelas pesquisadoras da UFP que convidam à reflexão e ao aprofundamento em torno do tema da humanização aplicada à fisioterapia.
Artigo completo
http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int.php?id_artigo=2438
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Vídeo sobre o tema humanização e fisioterapia
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