quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Abordagem fisioterapêutica na Doença de Parkinson


(Postado por : Giovanna Cristina, Paulo José, Rafaella Caroline, Raphael Prates e Silas Antônio)

A doença de Parkinson é uma doença crônico-degenerativa do sistema nervoso central que afeta uma em cada mil pessoas acima de 65 anos e uma em cada cem acima de 75 anos. Consiste numa diminuição nas reservas de dopamina na substância negra, com uma conseqüente despigmentação desta estrutura, e tem sido proposto que a doença é uma aceleração anormal do processo de envelhecimento.

Características clínicas
Os sinais clássicos da doença de Parkinson compreendem rigidez, tremor, bradicinesia, fácies mímica e, em alguns casos, disfunção cognitiva e evolução para quadros demenciais. A esse conjunto de sinais e sintomas denomina-se “síndrome parkinsoniana” ou “parkinsonismo”. Conseqüentemente ao quadro clínico, o paciente parkinsoniano tende a reduzir a quantidade e a variedade de suas atividades, tendo, dessa forma, redução de sua aptidão física.
A rigidez caracteriza-se por uma resistência aumentada ao movimento passivo por toda a amplitude de movimento. Pode apresentar-se de dois tipos: em “cano de chumbo”, na qual a resistência é suave ou plástica, e em “roda denteada”, em que a resistência é intermitente. Da mesma forma que a rigidez se apresenta nos músculos, apresenta-se nos órgãos internos, como fígado, estômago e intestino, tornando-os mais lentos.
Tais alterações favorecem o sedentarismo, a dependência e a piora na qualidade de vida.

Fisioterapia
A fisioterapia voltada para pacientes parkinsonianos tem como objetivo minimizar os problemas motores causados tanto pelos sintomas primários da doença quanto pelos secundários, ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades do dia-a-dia e melhorando sua qualidade de vida, que pode ser por uso de aparelhos auxiliares.
Tais aparelhos podem incluir corrimões adicionais colocados de forma estratégica pela casa para suporte adicional, talheres com cabos largos e toalhas de mesa antiderrapantes.
Um programa de isioterapia personalizada para o paciente pode ajudar no controle dos problemas posturais, nas deformidades e distúrbios de marcha. Incluem-se no programa exercícios ativos e passivos, treinamento da caminhada, desenvolvimento de atividades diárias, calor, gelo, estimulação
elétrica e hidroterapia.
Com a progressão da doença, a coordenação motora fica comprometida e o doente diminui suas atividades diárias, desencadeando uma atrofia muscular.
Com o exercício, o aumento da mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contraturas, além de ajudar a retardar a demência.
Por outro lado, exercícios não impedem a progressão da doença, mas mantêm um estado de funcionamento muscular e osteoarticular conveniente.
Anos de evolução de rigidez e bradicinesia produzem alterações patológicas ósseas (osteoporose e artrose) responsáveis por uma incapacidade funcional ainda mais limitante. Além disso, o bom impacto dos exercícios sobre a disposição e o humor são pontos favoráveis a esta terapia.

Fonte: www.upf.tche.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/259/194

Nenhum comentário:

Postar um comentário