terça-feira, 26 de outubro de 2010

Saúde Pública Brasileira


Postado por: Amandha da Silva Teixeira, Cassio Pereira Santos, Izamar dos Santos Theodoro, Marcela Magalhães Sepulveda, Mariana Picinin Velloso Buzollo, Pedro de Almeida Carneiro Novaes, Pedro Henrique Gonçalves Carvalho, Pedro Henrique Oliveira Costa, Quéren-Hapuque Rebeca Silva.

Fisioterapia - 2º Período PUC-MINAS - Metodologia


As prioridades da Saúde Pública brasileira, até muito recentemente, seguiam as determinações da Conferência de Alma-Ata, realizada 25 anos atrás: saúde materno-infantil; imunização contra as principais doenças infecciosas; nutrição; e prevenção e controle das doenças endêmicas. As doenças crônicas não transmissíveis não eram mencionadas entre as prioridades determinadas pelos delegados daquela conferência; eram consideradas doenças de países desenvolvidos e, portanto, conseqüentes a hábitos de vida diferentes daqueles observados na maioria dos países em desenvolvimento.Entretanto, a realidade é bem diferente. No Brasil, as principais causas de mortalidade são as doenças do aparelho circulatório (31% do total de óbitos em adultos), seguidas pelas neoplasias (14% do mesmo total) e pelas doenças do aparelho respiratório (10% do mesmo total).


Do ponto de vista da Saúde Pública, os cinco mais importantes fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis são o tabagismo, o consumo de álcool, a obesidade ou sobrepeso, a hipertensão e a dislipidemia.O tabaco é um dos mais potentes agentes carcinogênicos para o ser humano e o seu consumo, assim como a exposição à fumaça produzida pelo fumante, é identificado como a maior causa passível de prevenção de doenças. Estima-se que os danos causados pelo tabagismo dobrarão em 20 anos, a menos que intervenções efetivas sejam adotadas urgentemente. O consumo aumentado de álcool está associado à hipertensão arterial, à cirrose, ao acidente vascular hemorrágico e aos cânceres da orofaringe, laringe, esôfago e fígado. Para efeito de estudos populacionais, pode-se definir o bebedor excessivo como aquele que consumiu cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião, no último mês. Há evidências de que as atividades físicas e exercícios, em qualquer idade, reduzem a morbidade e a mortalidade para doença isquêmica do coração, hipertensão, obesidade, diabetes, osteoporose e transtornos mentais. Recomenda-se que todos os adultos realizem, minimamente, 30 minutos de atividade física moderada – que pode ser confortavelmente mantida por pelo menos 60 minutos – a vigorosa – de intensidade suficiente para levar à fadiga em 20 minutos – na maioria dos dias da semana, de preferência todos os dias.


O risco de morrer apresenta uma relação linear com o índice de massa corporal. Pessoas com sobrepeso têm uma probabilidade mais alta de desenvolver hipertensão, diabetes do tipo II e fatores de risco para outras doenças, tais como hipercolesterolemia. A obesidade está associada a diversos tipos de cânceres. Para adultos que não fumam e não bebem excessivamente, a alimentação é o mais importante determinante modificável da sua condição de saúde. Dietas ricas em legumes, verduras e frutas têm sido associadas à redução de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cânceres. Como medida de Saúde Pública, recomenda-se a ingestão diária de pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes frescos ou a ingestão diária de 400-500 gramas desses alimentos.






REFERÊNCIAS:


Inquérito de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.13 n.2 Rio de Janeiro ago. 2010


LIMA-COSTA. MF, GUERRA .HL, BARRETO.SM, GUIMARÃES,.RM,Diagnóstico de saúde da população idosa brasileira: um estudo da mortalidade e das internações hospitalares públicas. Informe Epidemiológico do SUS 2000;9:23-41.


GIATTI. L, A Situação sócio econômica afeta igualmente a saúde de idosos e adultos mais jovens no Brasil? Um estudo utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio – PNAD/ 98. Ciência e Saúde Coletiva 2002;7:285-295.


http://revista.unati.uerj.br





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