sábado, 30 de outubro de 2010

Fisiologia da circulação fetal

Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.

2º período / Disciplina: Embriologia



O coração do feto forma-se até a oitava semana passando por várias fases até chegar ao modelo que encontraremos em qualquer ser humano que não apresentar nenhuma patologia ou disfunção cardiovascular.

A circulação fetal é organizada então, durante esse processo, para suprir as necessidades de um organismo em crescimento num ambiente de hipóxia relativa. Isso acontece já que os pulmões fetais estão cheios de líquido, o que proporciona alta resistência ao fluxo sanguíneo. Além disso, ao contrário do que acontece com crianças, jovens, adultos e idosos, o feto não respira, dependendo da placenta da mãe para realizar as trocas gasosas, ou seja, para receber oxigênio e eliminar dióxido de carbono.

Se na vida extra-uterina os ventrículos trabalham em série, na vida uterina ocorre o oposto. Os ventrículos trabalham em paralelo através dessas quatro estruturas: forâmen oval, o canal arterial, a placenta e o ducto venoso.

O sangue oxigenado chega ao feto através da veia umbilical. Esse sangue se mistura com o sangue venoso portal e desta forma faz com que o sangue da veia cava superior seja menos saturado do que o da veia umbilical. O sangue que chega ao átrio direito é direcionado para o AE através do forâmen oval.

Esse sangue que chega ao AE e daí ao VE e a aorta ascendente, artérias coronárias e cérebro é, consequentemente, o mais saturado com aproximadamente 65% em relação a saturação de 55% no VD, que será dirigido através do canal arterial para a parte inferior do corpo do feto. (Mattos, 1997)

Após o nascimento, quando o bebê respira, as artérias pulmonares abrem rapidamente e o sangue tem de passar pelos pulmões para ser oxigenado. A partir desse momento, o canal arterial deixa de ter utilidade e inicia-se o processo que leva ao seu encerramento, em alguns dias.

Nos recém-nascidos prematuros, dada a sua imaturidade, o canal arterial não está preparado para encerrar, pelo que muitas vezes se mantém aberto, permitindo que sangue da aorta (destinado a ser enviado para o corpo) volte para as artérias pulmonares.

Portanto, o fechamento do canal arterial possibilita que o próprio bebê realize em seus pulmões a troca gasosa, fazendo com que todo sangue tenha que passar pelos pulmões para que ele seja oxigenado não necessitando assim, ser desviado.

fonte: http://www.scielo.br/pdf/abc/v69n3/3720.pdf

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