Figura 1 : A depressão
Fonte : DEVIANART,2010.
A depressão é uma alteração psiquiátrica que afeta o humor, a disposição e os sentimentos. Nos idosos a depressão merece maior atenção, pois é considerada a patologia mais comum nos mesmos (SILVA, 2010). Algumas modificações biológicas, decorrentes do processo de envelhecimento, fazem parte de um conjunto de fatores que podem levar o indivíduo idoso a apresentar depressão. Existem vários antidepressivos eficazes no tratamento da depressão na pessoa idosa, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Além disso, é importante o acompanhamento de profissionais da saúde na depressão, como o fisioterapeuta.
Segundo alguns autores, a depressão é considerada algo inevitável no envelhecimento. (ALMEIDA; DRATCU; LARNJEIRA, 1996). Idosos deprimidos podem apresentar: insônia, dor nas costas, dor de cabeça, cansaço, apatia, fadiga, falta de motivação, perda da memória, inutilidade e, em casos mais graves, pensamentos suicidas (SMELTZER; BARE, 2005).
Alguns fatores neurobiológicos podem induzir a depressão nos idosos, pois estes estão mais vulneráveis às alterações de neurotransmissores como a noradrenalina, serotonina e a dopamina. Acredita-se na hipótese de que o hipofuncionamento destes neurotransmissores esteja associado à depressão. Sabe-se que a hiperatividade da noradrenalina ocasiona ansiedade e inquietação, e medicamentos que aumentam sua atividade melhoram os casos de depressão com lentidão psicomotora, apatia e desinteresse. A serotonina está intimamente relacionada ao humor e à afetividade. Este neurotransmissor regula o sono, a atividade sexual, as funções cognitivas, entre outras funções. A dopamina, por sua vez, estaria ligada à diminuição ou falta de iniciativa, sensação de euforia e motivação.
Figura 2 : Relação de neurotransmissores
Fonte : Devianart,2010.
Os antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão em idosos. O excelente resultado do tratamento se deve a escolha adequada de antidepressivos para o tipo e gravidade da depressão. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são os mais utilizados pelos idosos, pois apresentam menos riscos de complicações por diversos efeitos (SCALCO, 2002). O ISRS atua impedindo a retirada da serotonina da fenda sináptica, onde este neurotransmissor exerce suas funções. Deste modo, ocorre uma melhora do humor no paciente devido à disbonibilidade de serotonina por mais tempo.
No idoso, a depressão caracteriza-se como uma enfermidade frequente e comum que possui diversos fatores contribuintes para a doença, incluindo o aspecto bioquímico. Se não tratada, a depressão aumenta os riscos de morbidade clínica e mortalidade (STELLA, 2002). É importante o acompanhamento de um profissional da saúde, como o fisioterapeuta, na depressão no idoso. Recursos fisioterapêuticos auxiliam no tratamento da depressão e podem diminuir os índices da mesma. (MACEDO, 2005).
Referências Bibliográficas
BRANDÃO. M.; NEVES, G. Y. S.; PERON, A. P.; VICENTINI. V. E. P. Aspectos biológicos e socias da depressão. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, vol. 8 (1),p 45 – 48, jan./abr., 2004. texto na integra
CORAZZA, D. A.; COSTA, J. L. R.; GOBBI, S.; STELLA, F. Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Atividade Física. Motriz, Rio Claro, v 8, n 3, p 91-98, ago/dez 2002.texto na integra
CARDOZO, D. J. R.; Um estudo sobre depressão no idoso. Disponível em: texto. Acesso em: 22 Out. 2010.
MACEDO, GUERINO, C. S.; SASSAKI, TIE, A.; CERANTO, PEGUINILLI,C. Influência da fisioterapia na dor e depressão de indivíduos com lombalgia. Reabilitar. Vol. 7(28): p 22-27, jul.-set. 2005. texto na integra
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