FISIOTERAPIA PUC MINAS - 2º PERÍODO - POSTAGEM DE NEUROANATOMIA
Todos os cânceres são passiveis de causar metástases cerebrais, ou seja, o câncer pode ser disseminado do tumor original (primário) para o cérebro. As células cancerosas conseguem se desprender do tumor primário. A maioria das metástases cerebrais ocorre por disseminação hematogênica (através do sangue), principalmente pela circulação arterial e, em alguns casos, pode ocorrer pelo sistema venoso por meio do plexo venoso vertebral.
Os tumores primários que freqüentemente evoluem com metástases para o sistema nervoso central (SNC) em adultos são os carcinomas broncogênicos, o câncer de mama, o carcinoma renal, o melanoma e as neoplasias malignas do trato gastrointestinal.
Outros tumores como os carcinomas de próstata, ovário e testículo raramente apresentam metástases cerebrais. Os tumores cerebrais metastáticos têm evolução rápida, geralmente subaguda, em dias ou poucas semanas. Geralmente essa evolução clínica mais rápida deve-se, entre outros fatores, ao intenso edema perilesional. Pacientes com metástases cerebrais podem ser assintomáticos ou ter sintomas não focais, como dor-de-cabeça, náusea, vômito, tontura, ou então sintomas focais de hemiparesias, déficit de nervos cranianos ou perda de campo visual.
O diagnóstico é dado através da análise de exames de neuroimagem como, por exemplo, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética contrastadas. As metástases aparecem como lesões arredondadas, com realce difuso ou anelar, tipicamente circundadas por intenso edema perilesional, o qual não guarda proporção com o tamanho da lesão. Em 1960 foi constituído, com corticosteróides o primeiro tratamento para os pacientes com metástases cerebrais. A melhora clínica é usualmente evidente dentro de 24 a 48 horas após o início da corticoterapia, também com as opções de quimioterapia, radioterapia, cirurgia convencional e radiocirurgia. O prognóstico desses pacientes permanece reservado, com sobrevida global em torno de 12 meses.
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