Postado por : Amandha da Silva Teixeira, Cássio Pereira Santos, Izamar dos Santos Theodoro,Marcela Magalhães Sepulveda, Mariana Picinin Velloso Buzollo, Pedro de Almeida Carneiro Novaes, Pedro Henrique Gonçalves Carvalho, Pedro Henrique Oliveira Costa, Quéren-Hapuque Rebeca Silva.
Fisioterapia - Puc Minas 2º Período - Genética
Os malefícios e as mortes ocasionados pelo tabagismo são, na atualidade, amplamente conhecidos. A maior parte dos doentes tem as três condições patológicas, todas induzidas principalmente pelo fumo, mas podem diferir na proporção de cada uma delas: doença grave , progressiva, incapacitante. Desse modo, o tabagismo é um comportamento complexo multifatorial, em que as contribuições genéticas e ambientais são determinantes significativos, tanto para a iniciação, como para a manutenção do hábito.
Gen:
Estudos epidemiológicos, examinando as questões genéticas, ambientais, fatores individuais, suas inter-relações e as respostas a determinadas drogas apontam para o fato de que a contribuição genética pode ter papel significativo no hábito tabágico, sendo possivelmente responsável por 40% a 60% da variabilidade do risco de início da adição. As variações genéticas individuais têm influência sobre o consumo de tabaco, em especial sobre o número de cigarros fumados diariamente, o que é um indicador de dependência a nicotina e o risco maior em desenvolver câncer de pulmão.
Consta-se pequenas variações genéticas nos cromossomos (longa seqüência DNA) de números 8 e 19, que aumentam nos fumantes o volume de cigarros fumados diariamente.
No caso dos fumantes, cada cópia dessas variações está associada a um pequeno aumento da quantidade de cigarros fumados (da ordem de meio cigarro diário), mas também a uma alta de cerca de 10% do risco de câncer de pulmão.
Estudos anteriores já apontaram variações genéticas no cromossomo 15 associadas ao risco de ter câncer de pulmão. Em conjunto, esses genes permitem identificar uma parte bastante importante dos fumantes cuja saúde está mais ameaçada pelo tabagismo que a média da população, afirmam os pesquisadores.
A AAT é o principal inibidor de protease do soro e circula em concentrações que variam de 120 a 200 mg/dL (medidas obtidas por nefelometria) . Reduções significativas no nível de AAT no soro e nos tecidos, em seres humanos, estão associadas à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) - em especial, ao enfisema pulmonar.
Níveis baixos de AAT no soro e nos tecidos ocorrem como resultado da herança de dois alelos (S e Z) que codificam níveis diminuídos da proteína.
O genótipo SZ (PI*SZ) resulta em uma concentração de AAT que varia de 45 a 105 mg/dL, e o genótipo SS (PI*SS) produz concentrações de 100 a 140 mg/dL. Indivíduos portadores do genótipo SZ têm risco três vezes maior de desenvolver DPOC.
DPOC(Doença pulmonar obstrutiva):
A sigla DPOC engloba diferentes fenótipos, o que faz crer numa complexa interação entre genótipo e meio-ambiente. A fisiopatologia da DPOC envolve células inflamatórias, mediadores e estresse oxidativo, bem como alterações cardiovasculares. De qualquer modo, da mesma maneira que a asma, aparentemente a DPOC é uma doença multigênica7. Também parece haver interação entre o fumo e a ativação de determinados genes.
A limitação ao fluxo aéreo que define a DPOC é o resultado da constante de tempo prolongada para esvaziar os pulmões, causada pelo aumento da resistência das pequenas vias aéreas e pelo aumento da complacência pulmonar como conseqüência da destruição enfisematosa. Os três principais fatores implicados nessa perda acelerada da função pulmonar são:
1) perda da elasticidade e destruição das ligações alveolares como resultado do enfisema, o que resulta no fechamento das pequenas vias aéreas durante a
expiração;
2) estreitamento das vias aéreas como resultado da inflamação;
3) obstrução da luz brônquica por secreções mucosas.
Como prevenir:
A primeira atitude é deixar de fumar, como se disse, no sentido de minimizar as agressões. Paralelamente, o doente poderá tomar medicamentos, de preferência por via inalatória, com vista a diminuir a bronco constrição e a inflamação.
Referências:
• Revista – O mundo da saúde ano 25, vol.25, n.4 (2001)
– Reabilitação:qualidade de vida e inclusão – Editora do Centro Universitário São Camilo.
• A influência da genética na dependência tabágica e o papel da farmacogenética no tratamento do tabagismo,Chatkin,J.M, v.32 n.6 São Paulo nov./dez. 2006. Jornal Brasileiro de Pneumologia
• 3. Yudkin P, Hey K, Roberts S, Welch S, Murphy M, Walton R. Abstinence from smoking eight years after participation in randomised controlled trial of nicotine patch. BMJ. 2003;327(7405):28-9.
• Genes+fumo=DPOC,Campos,H.S,v.14,n.1,fev/dez.2005,Médico do Centro de referência Prof.Helio Fraga,MS
• Avaliação da concentração de alfa 1-antitripsina e da presença dos alelos S e Z em uma população de indivíduos sintomáticos respiratórios crônicos
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