Postado por: Ariane Quesia, Cassia Silva, Eriane Abreu, Flaviana Honorato, Flávia Marques, Lívia Álvares, Roberta Cristina, Sarah Pedroza, Thaiana Lorena.
2º período / Disciplina: Epidemiologia
Neste contexto a abordagem da pessoa idosa, tem sido cada vez mais direcionada para a aquisição da qualidade de vida e da inclusão efetiva destes indivíduos na sociedade. Desta forma observamos nos últimos dez anos o delineamento de um novo paradigma para a atuação dos profissionais de saúde com a implementação do sistema de Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde
(CIF). Apresentando assim um enfoque positivo descrevendo a incapacidade e funcionalidade do individuo nos domínios de função corporal, atividade e participação social, analisando o contexto ambiental e pessoal como facilitadores ou barreiras (SAMPAIO et aL, 2005).
Apesar de a velhice ser uma nova etapa com objetivos conquistados, a saúde do idoso é muito afetada. Um dos eventos mais comuns nessa faixa etária é a ocorrência de quedas, que pode ser definida como "um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial”. (FABRICIO, 2004).
A alta incidência e prevalência de quedas no idoso constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde publica. Cerca de 30% de idosos brasileiros caem ao menos uma vez ao ano, dentre os fatores desencadeantes das quedas podem citar os fatores intrínsecos, onde temos as alterações sensórias motoras relacionadas com o processo de envelhecimento, como as alterações visuais, parestesias, paresias, diminuição de flexibilidade, mobilidade, alterações posturais, declínio cognitivo. Já os fatores extrínsecos estão associados aos fatores ambientais (buracos, escadas, terrenos irregulares, tapetes, má iluminação, objetos no chão) propiciando deslocamento do centro de gravidade. As alterações fisiopatológicas também estão intimamente ligadas à ocorrência de quedas. (MEIRA ET AL
, 2005).
As quedas em pessoas idosas além das fraturas e risco de morte, levam a consequências como o medo de cair, restrição das atividades de vida diária, declínio na saúde, aumento nas institucionalizações, perda da autonomia e qualidade de vida. (PERRACINI; RAMOS, 2002). Alguns estudos demonstram que a maioria das quedas ocorrem em idosos do sexo feminino (66%), as principais causas estão relacionadas ao ambiente físico (54%), sendo as fraturas as mais frequentes (64%).
A fisioterapia é de fundamental importância na abordagem do tratamento do idoso, principalmente em um contexto interdisciplinar. Programas de exercícios físicos que aumentam significativamente a força muscular, mantendo a composição e o peso corporal e melhorando o equilíbrio, podem diminuir quedas entre os idosos, tornando-se uma forma efetiva de prevenção. Além disso, o exercício físico proporciona aumento do contato social, diminuem os riscos de doenças crônicas, melhora a saúde física e mental e o desempenho funcional, assegurando independência e autonomia por mais tempo. (BENEDETII et al,2008).
Fonte: Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.11 n.2 Rio de Janeiro 2008.
Rev. Saúde Pública vol.38 no.1 São Paulo Feb. 2004.