quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Importância da Fisioterapia em Pacientes com Doença de Parkinson

Disciplina: Neuroanatomia
2º Período
Postado por: Cássia Nunes, Giovana Gia, Isabela Aguiar, Juliana Alves, Juliana Guerra, Paula Sales e Renata Rodrigues



A doença de Parkinson é uma doença que afeta o sistema nervoso central e é caracterizado por morte neuronal na substância negra, com conseqüente diminuição de dopamina, causando alterações motoras típicas. Clinicamente, a doença de Parkinson caracteriza-se por tremor, rigidez, bradicinesia e alterações da postura, do equilíbrio e da marcha. Além disso, os pacientes com essa doença podem apresentar alterações músculo-esqueléticas como fraqueza e encurtamento muscular, alterações neurocomportamentais como demência, depressão e tendência ao isolamento e comprometimento cardiorrespiratório o que interfere diretamente na performance funcional e na independência destes indivíduos. O tratamento consiste no uso de medicamentos, fisioterapia, psicoterapia e, em alguns casos selecionados, a cirurgia.

O tratamento fisioterápico atua em todas as fases do Parkinson com os objetivos de melhorar as forças musculares, a coordenação motora e o equilíbrio. Segundo Goulart et al em conformidade com Curtson et al , no estagio inicial o tratamento é apenas preventivo. Já no intermediário ou moderado o tratamento inclui exercícios corretivos. Os programas de exercícios cinesioterapêuticos ativos livres e passivos têm como objetivos desacelerar a progressão da doença, impedindo o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias e manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente. No estagio tardio ou grave, o paciente com Parkinson, geralmente está sujeito a infecções respiratórias, que ocorrem mais com os pacientes acamados. Nestes casos a fisioterapia atua na manutenção da higiene brônquica, estimula a tosse, realiza exercícios respiratórios reexpansivos e em casos mais graves onde há comprometimento da musculatura respiratória, é indicado o tratamento com aparelhos de ventilação mecânica, respiradores mecânicos não-invasivo, visando a otimização da ventilação pulmonar com conseqüente melhora do desconforto respiratório.

Pode-se ainda citar que as metas em curto prazo de um programa de fisioterapia são salientadas por vários autores, dentre eles, O´SULLIVAN e SHIMITZ (1993), sendo elas: manter ou aumentar a amplitude de movimentos em todas as articulações; impedir contraturas e corrigir as posturas defeituosas; impedir a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; melhorar o equilíbrio e a instabilidade postural; manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária; incrementar padrão de marcha e melhorar os padrões de fala, respiração, expansão e mobilidades torácicas. Já em longo prazo, as seguintes metas são relevantes para o tratamento do paciente com a doença de Parkinson: retardar ou minimizar a progressão e efeitos dos sintomas da doença; impedir o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias; manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente e melhorar a qualidade de vida do paciente, reintegrando-o à sociedade.

Os vários estudos já realizados evidenciam que a intervenção fisioterápica específica é capaz de melhorar as habilidades funcionais diárias das pessoas com doença de Parkinson conferido-as melhor qualidade de vida.


Referência:

http://www.upf.tche.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/259/194

http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=1890&dd99=view (clicar em PDF)

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