Em 1969 na Suécia, foi criada a primeira Escola de Coluna pela fisioterapeuta Mariane Zachrisson-Forsso. Através da Escola de Coluna foi realizado um estudo intervencional em 70 pacientes adultos (18 a 60 anos) obedecendo-se aos critérios de inclusão e exclusão. Os pacientes foram randomizados em dois grupos, experimental e controle. O estudo sendo randomizado possibilitou que os pacientes tivessem a mesma probabilidade de cair num grupo ou outro de tratamento, tornando os grupos mais semelhantes entre si e evitando um viés. O grupo experimental recebeu quatro aulas de 60 minutos, uma vez por semana. Houve alternância entre aulas teóricas posturais e práticas de exercícios e posicionamento de proteção de coluna nas atividades diárias em casa e no trabalho. Os pacientes foram orientados a continuar a prática de posturas adequadas e exercícios diários. No grupo controle não houve nenhuma intervenção, ficaram na lista de espera. O avaliador estava cego quanto ao grupo a que os pacientes pertenciam. O estudo foi unicego, o que trás confiabilidade à pesquisa, porém poderia ainda ser duplo ou triplo-cego, o que evitaria alguns tipos de viés que possam afetar as respostas ao tratamento.
Em três momentos (inicial, após 4 e 16 semanas) foram avaliadas as variáveis: intensidade da dor, mobilidade da coluna lombar e capacidade funcional. No grupo experimental houve melhora estatisticamente significante em todas as variáveis, sendo que apresentou diminuição de 46% na intensidade da dor.O grupo controle apresentou diminuição na intensidade da dor porém sem diferença estatisticamente significante.Outro viés que ocorreu durante o estudo foi não controlar o consumo de medicamentos utilizados pelos pacientes, o que pode ter interferido nos resultados. Houve validade interna no estudo ocasionando, melhora das variáveis para o grupo experimental e também validade externa em que os resultados poderão ser aplicados a outros grupos de pacientes. O estudo mostrou o quanto é importante o tratamento pois a lombalgia atinge a maioria da população adulta destacando a importância do fisioterapeuta no acompanhamento teórico e prático dos exercícios.
Referência: http://www.spreumatologia.pt/publicacoes/?file_main=artigo&id_edicao=694&id_pub=1&opcao=1
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