Período: 2º
Postado por: Henrique Santos, Daniella Montes, Paulo Alberto, Daniel Ribeiro, Marina Mello, Maira Aline e Carolina Gonçalves.
O joelho é a maior articulação do corpo e sua estrutura é bastante complicada, segundo Gray (1988), a articulação do joelho foi primeiramente descrita como um gínglimo ou articulação em dobradiça, mas na verdade é um tipo muito mais complicado. Para Vicente de Castro (1985), dois movimentos são fundamentais na articulação do joelho, a flexão e a extensão. Entretanto, esses movimentos não são simples como os de um gínglimo, pois quando realizado a flexão, os côndilos do fêmur deslizam para frente e ainda apresentam um pequeno movimento de rotação. Diante disso, as estruturas do joelho são bastante susceptível a lesões, o que contribui para a alta incidência de problemas no ligamento cruzado anterior (LCA), esse ligamento desempenha função muito importante na dinâmica da articulação, pois sua principal função é impedir a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur.
Os tratamentos conservadores pra LCA são aqueles em que não há intervenção cirúrgica e a Fisioterapia tem a função de avaliar e realizar esses tratamentos de acordo com a idade do paciente, prática de atividades e apresentação de lesões associadas. Conforme NUNES et al., (2003), o tratamento das lesões de ligamento cruzado anterior é dividido em duas fases distintas, o tratamento na fase aguda e crônica. A fase aguda inicia-se logo após o trauma e aponta principalmente por diminuir a dor e a inflamação, restabelecer amplitude de movimentos e restituir o controle muscular e proteção contra novas agressões, exercícios de flexo-extensão assistidos e alongamentos requerendo o aumento da ADM, uso de muletas para descarga parcial do peso, até que se restabeleça completamente a ADM e interrompa o processo inflamatório.
O mesmo autor indica que na fase crônica o início do tratamento é recomendado depois de atingidas as metas anteriores, e tem por base quatro parâmetros que são: 1) Treinamento muscular; sua intenção é aumentar a resistência e força dos grupos musculares que cruzam o joelho, deve ser dado maior destaque aos grupos musculares posteriores como isquiotibiais e gastrocnêmio. 2) Treinamento proprioceptivo, é definido como a capacidade inconsciente de sentir o movimento e posição de uma articulação no espaço. A propriocepção é trabalhada por meio de exercícios de equilíbrio, postura do joelho no espaço e tempo correto de atuação dos músculos flexores.
3) Tratamento conservador com órteses protetoras. 4) Reeducação esportiva, visto que todas atividades esportivas que envolvem saltos, giros, mudanças bruscas de direção e velocidade devam ser evitadas, optando por práticas com baixo risco para o joelho.
Portanto, cabe a cada fisioterapeuta escolher a conduta a ser seguida, e desta maneira consiga atingir os objetivos propostos para cada paciente. A fisioterapia quando aplicada de maneira correta contribui muito para o sucesso da resolução do problema.
Links de interesse:
http://www.youtube.com/watch?v=j1j1ixqZEEo
http://www.rbo.org.br/pdf/2000_jun_or02.pdf
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