Disciplina: Cultura Religiosa I
Período: 2º
Postado por: Aline Cristina Silva Diniz, Cleise Cibele de Sousa, Lívia da Costa Brêtas, Raquel Rodrigues Sátiro, Thiago dos Santos Bárbaro e Thiago Silva Rodrigues
Nos últimos tempos, temos assistido a um grande aumento do número de novas religiões e de correntes esotéricas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esse fato pode ser o reflexo das demandas crescentes geradas pelas pessoas em seu cotidiano, bem como da busca de sentidos para a vida em um mundo tão dinâmico e instável.
Enquanto a ciência avança com novas descobertas tecnológicas e teorias revolucionárias, parte da população se volta para o divino, o mágico, à procura das soluções ou de respostas para o significado de estar no mundo. Para Pereira (1997), o movimento de busca do “religioso” pode ser, também, uma tentativa de tentar entender, intervir e controlar o presente e o futuro.
A religião expressa uma busca de vinculação da pessoa ao divino. A palavra religião vem do latim religio, formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e o verbo ligare (ligar, unir, vincular). Para Alves (1979), a religião é um fenômeno social que se organiza em função de símbolos sagrados.
Nesse sentido, um grupo particular e que vem destacando-se por sua expansão e atuação é a igreja neo-pentecostal. Estas são igrejas dissidentes de outros grupos evangélicos que surgiram nas últimas duas ou três décadas como a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Renascer em Cristo, Igreja Jardim de Deus no Brasil, Igreja Casa da Bênção e outras dezenas (Guareschi, 1995).
Tais igrejas apresentam-se como um mundo que acolhe e protege, oferecendo o que as pessoas procuram na religião: atendimento das necessidades, sentido para a vida e controle do presente e do futuro. Essas igrejas vêm atuando, consideravelmente, no campo da saúde. Prometem curas e amparo emocional, assim como interferem na maneira como os fiéis encaram, elaboram e aceitam esse fato.
O fiel transforma-se, assim, em cliente da igreja, em um consumidor à procura de bens e serviços oferecidos por essas instituições, especialmente no caso da resolução de problemas de saúde, cuja situação é agravada por um sistema de saúde ineficiente e desacolhedor.
Para os fiéis, principalmente os das igrejas neopentecostais, que são basicamente pessoas de nível socioeconômico baixo e pouca escolaridade (Prandi, 1997), é fácil aceitar a característica mágica da cura nas igrejas, pois já há uma visão mitológica do serviço médico.
Diante do panorama apresentado, destaca-se a adesão dos fiéis aos serviços oferecidos pelas igrejas com objetivos terapêuticos, como as sessões de cura. Tal fenômeno nos faz refletir sobre como as noções de normal e patológico atuam na ideologia dessas igrejas e seus fiéis, colaborando para o sucesso das práticas “mágicas” oferecidas.
“Algumas doenças têm um caráter físico, estas são realmente do corpo, da carne; mas existe um tipo de doença que não é a da carne e que os médicos não têm cura, estas doenças são do espírito.”
Confiram:
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1414-98932004000300011&script=sci_arttext
Gostaria muito de ter esse artigo, se tiver como me enviar por email agradeceria de coração
ResponderExcluircristina.sbm@hotmail.com
abraço..