terça-feira, 27 de abril de 2010

Malformação do tubo neural

Postado por: Aline Aparecida, Ariane Ribeiro, Camila Rodrigues, Cristiane Soares, Karina Natache de Oliveira, Natalia Helena de Carvalho, Sarah Ferreira Pedroza,Thaiana de Araujo.


2º período / Disciplina: Embriologia




O tubo neural é uma estrutura do embrião, precursora do cérebro e da medula espinhal. A formação da calota craniana e da coluna vertebral depende do fechamento desse tubo que ocorre entre 22º e 28º dias (3ª a 4ª semana) após a concepção. A estrutura final desse fechamento é o envolvimento anatômico da coluna espinhal e o cérebro. O fechamento incompleto na região da coluna resulta na malformação chamada espinha bífida. Esta malformação recebe a denominação de Defeito do Tubo Neural (DTN) e tem como causas prováveis: predisposição genética, agente ambiental, problemas nutricionais e deficiência vitamínica. Os cuidados médicos e cirúrgicos precoces permitem atualmente uma chance e uma duração de vida muito maior para casos de espinha bífida. No entanto, é preciso dar-lhes a possibilidade de adquirir certa independência e uma adaptação valiosa a sociedade. Isto só será possível graças aos programas de reeducação pensado em equipe e iniciado desde o nascimento.
A criança com espinha bífida pode apresentar incapacidades crônicas graves, como paralisia de membros, hidrocefalia, deformação de membros e da coluna vertebral, disfunção vesical, intestinal, sexual e dificuldade de aprendizagem, com risco de desajuste psicossocial. O tratamento fisioterápico visa evitar deformidades como luxação coxo-femural, pés eqüinos e escoliose, onde são realizados exercícios passivos, ativos, resistidos, fortalecimento da musculatura e suas inervações; induzir a engatinhar, sentar, desenvolvendo seu potencial; estimular toque, tato usando criatividade e imaginação; fortalecer músculos da cintura escapular; proporcionar exercícios respiratórios; trabalhar marcha etc. É importante o início precoce do tratamento para que se possam obter bons resultados.

Curiosidade:
Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 21 semanas de gestação, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registraria talvez o mais eloqüente grito a favor da vida conhecido até hoje. Ele captou o momento em que o bebê tirou a sua mão pequenina do interior do útero da mãe, tentando segurar um dos dedos do médico. A foto espetacular foi publicada por vários jornais dos Estados Unidos e a sua repercussão cruzou o mundo até chegar à Irlanda, onde se tornou uma das mais fortes bandeiras contra a legalização do aborto. A pequena mão que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander (no dia da foto ele tinha apenas cinco meses de gestação). A imagem foi considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos e uma recordação de uma das operações mais extraordinárias registradas no mundo. É impossível não se comover com a imagem poderosa desta mão pequenina que segura o dedo de um cirurgião e nos faz pensar em como uma mão pode salvar vidas.

Eis a foto para refletir...



Confira detalhes: http://www.scielo.br/pdf/jped/v79n2/v79n2a07.pdf

Um comentário:

  1. Rafaela de Albuquerque Borges16 de março de 2011 às 07:21

    Fantático!
    Assisti um vídeo em sala de aula de uma cirurgia de espinha bífida ainda no útero da mãe, apresentado pela professora Fátima(Neurofuncional)na faculdade IBMR - Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação.
    Exatamente como esta cena/ Dicovery Home Healt - Linha Vital(série que passou na TV) e de fato foi muito emocionante!!!!
    Amei a matéria de vcs!!!
    Parabéns!


    Rafaela de Albuquerque Borges.
    Estudante de Fisioterapia / IBMR.
    Flamengo/ RJ.

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