terça-feira, 27 de abril de 2010

Dor no ombro em pacientes hemiplegicos e atuação do fisioterapeuta

Disciplina: Cinesiologia
2º Período
Postado por: Gisleine Alves, Camila Meireles, Magna Soares, Roberta Cristina, Lívia Álvares e Alexandre Cruz.

A mobilidade desfrutada pelo membro superior advém em parte das estruturas conhecidas como a cintura escapular ou, complexo articular do ombro. É através dessa unidade funcional que o braço, antebraço, pulso e mão são ligados ao esqueleto axial. O ombro é formado por quatro articulações separadas e por um complexo de
músculos; as articulações são:a articulação glenoumeral, que consiste no encaixe da “cabeça” do úmero na cavidade glenóide da escapula; a articulação acromioclavicular, que liga a clavícula à apófise acromial da escápula; a articulação esternoclavicular, entre a clavícula e o esterno e as ligações da escápula com os músculos da coluna torácica e cervical.
A hemiplegia é uma paralisia que atinge um dos lados do corpo, causada por lesões no encéfalo, como por exemplo, hemorragia, congestão ou embolia, podendo surgir também como sintoma da aterosclerose. Nesses pacientes é freqüente a dor no ombro, que pode ser causada pelo desequilíbrio dos músculos, padrões de movimentos inadequados, disfunção articular, padrões de suporte de peso inadequados e encurtamento muscular, sendo que, a dor articular é causada pelo mecanismo articular deficiente do ombro durante os movimentos. Dois problemas de alinhamento comuns são a perda do ritmo escápulo-umeral e a rotação externa insuficiente do úmero.

Fizeram parte desse estudo vinte e um pacientes com hemiplegia, internados nas enfermarias dos Hospitais de Clínicas, Santa Casa de Misericórdia e São Francisco de Marília, foram submetidos a programa diário de 30 minutos de tratamento fisioterapêutico, iniciado nas primeiras 48 horas após a ocorrência do AVE até o momento da alta hospitalar. Foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de primeiro episódio de AVE com hemiplegia e em condições clínicas de realização do tratamento. Foram excluídos os pacientes com história anterior
de dor ou trauma no ombro acometido, dificuldade de
comunicação grave e que não receberam pelo menos 5
dias consecutivos de tratamento. Instrumentos de avaliação: Avaliaram-se no ombro com hemiplegia a presença ou ausência de dor, os graus de força muscular dos movimentos de elevação, protusão, flexão e abdução do ombro, e a capacidade de realizar ativamente os movimentos funcionais básicos (mudança de decúbito dorsal para lateral, da posição deitado para sentado e a manutenção da postura sentada).
Um dos métodos mais utilizado pelos fisioterapeutas nesse caso é a cinesioterapia, que são procedimentos onde se usa o movimento com os músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas do sistema nervoso central e periférico, que têm como objetivo recuperar a função dos mesmos. Os principais exercícios cinesioterapêuticos utilizados no tratamento foram: Com o paciente deitado; mobilização da escápula; protrusão do ombro com flexão anterior e rotação do tronco superior; flexão do braço; movimento seletivo do braço; extensão de quadril, descarga e transferência de peso; passar para o decúbito lateral; depressão de ombro com flexão lateral de tronco; Com o paciente sentado; flexão e extensão com rotação de tronco associados a movimentos do membro superior; movimentação auto-assistida.O paciente foi orientado a posicionar o ombro acometido em leve protusão e em alinhamento entre o úmero e a escápula e em simetria com o ombro contralateral, evitar tracionar o braço nas transferências e atentar ao acompanhamento da escápula durante a movimentação do membro superior. Após serem realizados esses procedimentos observou-se que os pacientes apresentaram uma incidência menor de dor no ombro.

Para saber mais:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2003000500012&script=sci_abstract&tlng=pt

Um comentário: