segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Budismo associado á fisioterapia
Postado por: Antônio Augusto, Eugênio Araújo, Leandro Cézar, Lucas Stortini e Matheus Mardenn.

O Budismo é uma religião fortemente ligada à doutrina Hinduísta, com cerca de 250 MI a 550 MI de adeptos espalhados pelo mundo, estando em maior parte localizado em países como Sri Lanka, Birmânia, Tailândia, entre outros, possuindo também certa relevância em países europeus, EUA e no Brasil.
Não se sabe ao certo a data de criação do Budismo, pois a história de seu criador Gautama, também chamado de Siddartha que posteriormente foi denominado Buda, é cheia de mistérios e lendas, o que dificulta dizer a data certa de sua criação.
Siddharta viveu por sete anos isolados em uma floresta, onde passou esse longo tempo meditando e se alimentando apenas de poucos grãos de arroz, em um processo Brâmane de mortificação onde o indivíduo fica em jejum por um longo tempo para uma melhor compreensão dos fatos que o cerca, no caso de Siddharta, ele refletiu esse tempo sobre o sofrimento e a morte.
Após esses sete anos Siddharta se convenceu de que as macerações e mortificações impostas ao corpo não conduzem mais a verdade e a salvação do que o seguimento dos prazeres. A perfeição não se nos extremos, mas sim numa “via média”. Atingindo desta maneira o ponto mais alto de conhecimento, tão grandioso foi esse nível que ele passa a ser chamado enfim de Buddah, que significa “o iluminado”.
O ensinamento que Buda contemplou foi que tudo é sofrimento, tudo é ilusão, tudo é passageiro, mas o sofrimento pode ser ultrapassado. Acessível a todos, pois todos somos iguais. Buda refere-se a uma mudança profunda do coração, esvaziando-o de todo desejo e ilusão, e menos a prática de ritos e festas. Hesitando sempre em pregar a palavra de Deus, como o próprio Jesus e Maomé, que vieram anos depois.
O Budismo então pode ser associado a formas de meditações para se livrar de todo o tipo de sofrimento ou ilusão. Muito ligado ao Budismo e Hinduísmo, se encontra a prática da Ioga que pode ser definida como uma tradicional disciplina física e mental do corpo, originada da Índia.
No Brasil, atualmente existem várias linhas de Ioga, das quais podemos destacar Ashtanga Vinyasa Ioga, Bhakti Ioga, Hatha Ioga, Iyengar Ioga, Jñana Ioga, Karma Ioga, Kriya Ioga, Raja Ioga, Raja Vidya Ioga, Siddha Ioga, Tantra Ioga, Kundalini Ioga, entre outros, sendo que cada linha citada exerce um tipo específico de conceituação filosófica e prática.
Os praticantes de Ioga podem passar, dependendo da mente, até doze anos para se tornarem um mestre, essa escala varia da intensidade da pessoa que é definida como: Suave, moderada, ardente e muito ardente. Por exemplo, pessoas com mente firme, cheia de energia cheia de simpatia, que sabem perdoar, verdadeiras, corajosas, cheias de confiança, enfim, são considerados praticantes ardentes.
Na Índia a Ioga é tão importante que foi adotada em presídios, pois contribuem para diminuição da violência, as agressões entre os presos, e também permitiu que os praticantes desenvolvessem um autocontrole de si próprios. Visto dessa maneira que a Ioga pode influenciar no psicológico da pessoa para um desenvolvimento através da meditação.
Atualmente podemos identificar os praticantes de Ioga como quatro tipos:
1. Aquele que busca na Ioga bem-estar, qualidade de vida e manutenção da boa forma e a saúde,
2. Aquele que pratica disciplinada e entusiasticamente, esperando que a técnica opere seus resultados,
3. O que acrescenta à prática “algo” de espiritualidade e uma genuína curiosidade pelo autoconhecimento,
4. O praticante definitivamente comprometido com o objetivo final, moksha, e o discipulado necessário para alcançá-lo, desde dentro de um sampradaya, ou linhagem tradicional.
Na fisioterapia podemos utilizar a Ioga como um coadjuvante na recuperação de alguns pacientes não só com problemas psicológicos, como também em trabalhos físicos, sendo alinhamento, alongamento, flexibilidade, melhora na maneira de locomoção, atividades do dia-a-dia, fortalecimento ou emagrecimento, pois a grande maioria das técnicas de hoje da Ioga estão centradas quase exclusivamente no trabalho corporal do indivíduo. Podemos também associar a Ioga a alguma atividade física como musculação, exercícios aeróbicos que estimulem o sistema cardiovascular, enfim, lembrando que nem todas essas técnicas apresentam um mesmo patamar de resultado.
Estudos feitos nos EUA apontam que pacientes portadores de dores crônicas apresentam uma melhora significativa e necessitam de menos remédios analgésicos à medida que praticam com regularidade e freqüência atividades como a Ioga, alongamento, RPG e meditação. Por liberarem endorfinas, todas elas são um interessante complemento aos tratamentos fisioterápicos.
A Ioga pode ser utilizada também em fisioterapia respiratória que corresponde ao modo como você respira, pois se não for feita de forma adequada pode ser sinal de uma mente contínua vagueando distraída.
Por fim, pode ser usada também para tratamento de posturas em pacientes com lombalgias, através a linha Hatha Ioga que ajuda na forma em que vivemos no corpo, e na relação que estabelecemos com ele. Além disso, as posturas praticadas na Ioga alinham as vértebras, fortalecem músculos do tronco, braços e pernas, garantindo assim um equilíbrio homogêneo.

Referências:

SAMUEL, Albert. Budismo. In: As religiões hoje. São Paulo, 1997, PP.110-132.

SANTIDRIAN, Pedro. Budismo. In: Dicionário básico das religiões. Aparecida-SP, 1996, PP.79-87. Editora Santuário.

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