domingo, 13 de junho de 2010

Jogo Educativo: Corpo a corpo


Ana Bárbara Rizzi, Ana Luisa Silva Pereira, Claúdia de Sousa Morais, Isabella Lorrayne Ataíde, Rafaella Fonseca Mesquita, Stephany Borges Martins

5º período




Brincar é uma atividade que a criança exerce por satisfação e sem a necessidade de recompensas, experimentando e conhecendo o que é real através de ambientes seguros. São através das brincadeiras, que pode-se estimular os aspectos cognitivos, motores, afetivos, lingüísticos e sociais devido a interação entre o meio físico e social da criança.
Segundo Lev Vygotsky, o brinquedo é a primeira possibilidade de ação da criança na perspectiva cognitiva, ultrapassando a dimensão perceptiva e motora do comportamento. Já Adriana Friedmann, afirma que as brincadeiras são essenciais para a saúde física, emocional e intelectual do ser humano, pois é uma forma de equilibrar-se, renovar as emoções e conhecer e inventar. Através das brincadeiras é que são representados os atos, pelo simbolismo, permitindo a transição de uma inteligência sensorial e motora, para uma inteligência representativa pós- operatória.
As brincadeiras estimulam a aprendizagem, memória, emoções, linguagem interior e exterior. A aprendizagem ocorre quando há uma consolidação de significados e significantes pelo cérebro, transformando sensações em percepções e posteriormente em conhecimento.
Dessa forma, o brincar estabelece uma maior auto-estima, interação com o mundo que os cerca, e principalmente, com a linguagem interrogativa. A criança pode desenvolver uma maior autonomia, permitindo descobertas, experiência e criatividade.
É por isso que a psicomotricidade é aplicada as diversas atividades escolares, pois estimula o desenvolvimento da prática motora e consequentemente a socialização da criança. Considerando que esta é uma ciência que estuda o desenvolvimento do homem, tendo em vista os seus movimentos e a interação com o meio que o cerca, existe estimulação à prática do movimento ao longo da maturação das crianças, o que contribuirá para o desenvolvimento do esquema corporal, coordenação motora e noção de tempo e espaço.
A partir desses pressupostos, desenvolvemos o Jogo Corpo a Corpo, com o objetivo de incentivar a comunicação, o desenvolvimento de estratégias, coordenação corporal, superação de obstáculos e ação em conjunto. Atividades que são essenciais para o desenvolvimento de relações sociais adequadas.
O jogo foi aplicado na escola Estadual Mário Carmelita, localizada no Bairro Bandeirante na região da Pampulha em Belo Horizonte (MG), com crianças do ensino fundamental na faixa etária de 11 anos de idade.
O jogo é composto por duas equipes e um juiz, sendo que cada equipe conterá no mínimo duas pessoas. Os materiais usados são bolas de vários tamanhos e uma ficha para marcar a pontuação de cada grupo. Este jogo é realizado em um espaço amplo, como uma quadra, onde será marcada a linha de partida e a de chegada, sendo uma distância de aproximadamente dois metros entre elas.
As regras são simples: os participantes só poderão tocar na bola para pegá-la e posicioná-la entre os corpos da dupla; não se devem utilizar de maneira alguma as mãos quando estiver transportando a bola; a dupla só poderá utilizar o corpo para levar a bola até a linha de chegada; a bola não deve cair no chão; as equipes têm um minuto para transportar quantas bolas forem possíveis, o tempo será marcado pelo juiz e ganha aquela equipe que transportar mais bolas ao fim do tempo.
Para jogar as equipes devem dividir-se em duplas e uma de cada equipe deve se posicionar na linha de partida. Enquanto isso, as outras duplas aguardam a sua vez. Tomadas as posições corretas, um sinal será realizado pelo juiz e cada dupla deverá colocar a bola estrategicamente entre si, de modo que consigam transportá-la sem usar as mãos, somente o corpo de ambos os jogadores até o fim do circuito. A forma de transporte é livre, podendo ser ombro com ombro, barriga com barriga, peito com peito e etc.
A bola não deve cair, caso ocorra à dupla deve voltar ao início e começar novamente o circuito. Assim, quando uma dupla chegar à linha de chegada, a próxima dupla da equipe, que estava aguardando, começa o transporte pelo circuito, mas deve-se mudar a posição de deslocamento com a bola. Sendo que a primeira dupla volta ao início da pista e espera novamente a sua vez. Se cada equipe for composta por apenas duas pessoas, as duplas todas as vezes que conseguirem chegar ao final do circuito terão que voltar correndo o início do circuito e transportar outra bola para a linha chegada, em uma posição diferente da primeira.
Assim o objetivo do jogo foi o de desenvolver estratégias para levar bolas até a linha de chegada sem utilizar as mãos, trabalhando a cooperação e integração em grupo tendo em vista o respeito e a valorização entre os participantes, evitando situações de exclusão e interação do processo de socialização, comunicação e percepção social, promovendo um ambiente alegre e descontraído.
Foi possível perceber que o jogo Corpo a corpo favoreceu os seguintes aspectos: união entre os alunos, desenvolvimento de uma relação de confiança mútua em si mesmo e no parceiro, aprender a conviver em conjunto aceitando as diferenças e dificuldades de cada indivíduo. Nesse jogo, o ganhar ou perder, foi a última coisa a ser pensada, o importante é que todos tivessem uma meta em comum, promovendo a amizade, solidariedade e a cooperação.
Portanto, o objetivo maior é que as lições aqui empregadas sirvam de alicerce para a vida social do jovem ou da criança, preparando-as para enfrentar o futuro quando adultas.






Bibliografia:

RODRIGUES, Evandro Luís Corrêa. Psicomotricidadeo lúdico na elaboração da aprendizagem diponivel em: www.aedb.br/seacIV/NS/PSICOMOTRICIDADE.pdf Acesso em: 12 mai 2010

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Equipe interdisciplinar. Jogos cooperativos: se competir é importante coopera é essencial. Prefeitura municipal de santos. 2005. disponível em: www.aedb.br/seacIV/NS/PSICOMOTRICIDADE.pdf acessado em: 20 abr 2010

BRIZA,Wellington da Silva ;ALBUQUERQUE, Denise Ivana de Paula. Contribuições da psicomotricidade no desenvolvimento global das crianças do ensino fundamental Universidade Estadual Paulista – FCT-UNESP – Presidente Prudente, São Paulo. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/conpef/conpef3/trabalhos/ordem/06.07E/06.07-04E.pdf acesso em 13 mai 2010

ROCHAEL, Luciene. Importância da Psicomotricidade no Processo da Aprendizagem. Psicologia e Educação. 2009 disponível em: http://psicologiaeeducacao.wordpress.com/ acesso em: 19.mai.2010


MELLO, Alexandre Moraes de. Psicomotricidade, educação física e jogos infantis. 6° Ed. Livros que constroem. Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt=BR&lr=lang_pt&id=Y7y8RHiv75IC&oi=fnd&pg=PA11&dq=psicomotricidade+relacional+nos+jogos&ots=8kIMIs7tjn&sig=8chfh-NmTyGt8iexcETc1NVenFQ#v=onepage&q&f=false acesso em: 21 abr 2010

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