quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Influência da atividade física na qualidade de vida e auto-imagem de mulheres incontinentes


(Postado por Ellen Medeiros - Monitora)


Pesquisadores da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, realizaram um estudo comparativo e exploratório realizado durante 16 semanas com a participação de 37 mulheres com e sem incontinência urinária, que é a perda esporádica ou involuntária de urina (IU).

Estas mulheres foram submetidas a um programa de pesquisa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unicamp, sob o parecer nº 325/2005, que incluía questionários e atividades físicas. As aulas feitas regularmente duas vezes por semana eram constituídas por atividades de flexibilidade, aeróbicas, lúdicas (jogos e brincadeiras), exercícios de fortalecimento específico dos músculos em geral e atividades de relaxamento.

Os exercícios para os músculos do assoalho pélvico foram incluídos no programa, mas sem ênfase da sua indicação terapêutica, pois a formação de um grupo heterogêneo teve como objetivo não enfatizar a questão da IU, afim de evitar atitudes preconceituosas e constrangimento entre as mulheres participantes da pesquisa.

A incontinência urinária tem influência negativa na qualidade de vida de mulheres com este problema, pois afeta a prática de atividade física e convívio social, o que pode levar a depressão, ansiedade, diminuição do humor,síndrome do pânico, medo e vergonha.

A incidência de IU é maior no sexo feminino, e o tipo mais comum é perda de urina involuntário durante esforços, exercícios, espirro ou tosse. Isto se deve a razões anatômicas, mudanças hormonais e conseqüências de partos e gestações, que pode deslocar e enfraquecer os músculos do períneo. Estima-se que 200 milhões de pessoas no mundo apresentem algum tipo de IU, uma em cada quatro mulheres com idade entra 30 3 59 anos já vivenciou algum episódio de IU.

Os resultados encontrados mostram que, após a intervenção com o programa de atividades físicas, ocorreu melhora significativa na qualidade de vida das participantes nos domínios relacionados com a percepção geral da saúde, impacto de IU, relações pessoais, sono e disposição. Considerando apenas mulheres incontinentes, o resultado mostra diminuição da quantidade de perda de urina, bem como diminuição de dores ou sensações desagradáveis em partes do corpo às quais se referiam.

Esses resultados sugerem propostas de desenvolvimento de atividades físicas para mulheres com IU, que além dos exercícios direcionados ao fortalecimento da musculatura do períneo, levem em conta a saúde global e promova experiências corporais integradas e sentimentos de prazer e satisfação com seu próprio corpo e com a vida.

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