sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Adesão a um programa de atividade física em adultos portadores de diabetes

(Postado por Rafael Cestaro - Representande do Grupo)

O objetivo deste estudo foi verificar se um programa de atividade física aumentaria a freqüência de exercitar-se em pacientes sedentários portadores de diabetes. Os benefícios da atividade física regular para a saúde têm sido amplamente documentados. Há várias evidências de que os resultados inicialmente obtidos num programa de atividade física só serão mantidos se os indivíduos continuarem praticando exercício apropriado a longo prazo. A melhora nas medidas fisiológicas, tais como a redução de triglicérides e do colesterol LDL, o aumento do colesterol HDL, a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e em atividade, a redução da pressão arterial, entre outras que decorrem de um estilo de vida fisicamente ativo são ainda mais importantes nos portadores de diabetes mellitus (DM), uma vez que o risco de mortalidade por doenças coronarianas é quatro a cinco vezes maior nesses indivíduos em comparação com aqueles que não apresentam diabetes. A atividade física contribui para a prevenção do DM tipo 2. Para os portadores de DM, a atividade física é parte fundamental do tratamento, assim como é o uso de medicamentos e a dieta alimentar.
Os exercícios regulares ajudam a diminuir e/ou manter o peso corporal, a reduzir a necessidade de antidiabéticos orais, a diminuir a resistência à insulina e contribuem para uma melhora do controle glicêmico, o que, por sua vez, reduz o risco de complicações.


Apesar das vantagens da atividade física, uma grande parte da população é inativa ou se exercita em níveis insuficientes para alcançar resultados satisfatóriospara a saúde. Uma revisão recente apontou que apenas 19 a 30% dos pacientes portadores de DM aderem às prescrições de exercícios. Estima-se que 50% dos indivíduos que começam um programa de exercício interrompem-no nos primeiros seis meses . A literatura tem apontado que a maioria das desistências ocorre durante os três meses iniciais com resultados semelhantes em todas as faixas etárias, independentemente do sexo.

Participaram 12 portadores de diabetes tipo 2, um tipo 1 e um com diabetes secundário. Foram ministradas 40 aulas primeiramente por uma professora de Educação Física e, depois, por algum aluno. Fortaleceu-se o comparecimento às aulas através de um esquema de premiação. Os familiares de seis pacientes foram incentivados a apoiar a prática de atividade física. Fora das aulas, cada aluno registrava diariamente sua atividade física. Avaliações físicas e o exame de hemoglobina glicosilada foram realizados antes do programa, ao final do terceiro mês e no seguimento. Nove alunos concluíram o programa e aumentaram sua atividade física fora das aulas. No final do terceiro mês, os valores da hemoglobina glicosilada daqueles que persistiam no programa diminuíram significativamente. O envolvimento familiar contribuiu para a adesão ao programa.


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