Postado pelas alunas : Ana Flávia Mendonça, Riandre Flores, Samantha Oliveira e Maria Flávia.
5º P.
A educação infantil é a etapa escolar que trabalha com crianças de 2 à 6 anos de idade. Nessa fase é importante que a criança seja estimulada a desenvolver suas habilidades intelectuais, mas ligadas ao desenvolvimento emocional e motor. Essa idade pré-escolar é considerada a fase áurea da vida, em termos de psicologia evolutiva, pois é nesse período que o organismo se torna estruturalmente capacitado para o exercício de atividades psicológicas mais complexas como, por exemplo, o uso da linguagem articulada.
Do ponto de vista da teoria psicanalítica, este período da vida abrange dois estágios da evolução psicossexual: o estágio anal, cujas implicações para o processo evolutivo do ser humano são bastante acentuadas, e o estágio fálico, que representa o período em que tipicamente ocorre o chamado complexo de Édipo, um dos esteios da teoria de Freud. Para Erikson (1959), duas qualidades essenciais do eu emergem nessa fase evolutiva: autonomia e iniciativa. A cultura desempenha relevante papel na aquisição dessas qualidades fundamentais. As conquistas realizadas nesse período são de grande importância e determinarão o grau de competência que o indivíduo ordinariamente terá. Segundo a teoria de Piaget, a fase pré-escolar corresponde ao período pré-operacional do desenvolvimento cognitivo. As operações mentais da criança nessa idade se limitam aos significados imediatos do mundo infantil. A primeira fase desse estágio é caracterizada pelo pensamento egocêntrico. Na Segunda fase a criança começa a ampliar o seu mundo cognitivo, o que constitui o chamado pensamento intuitivo.
Já o desenvolvimento motor é um processo contínuo e demorado e, pelo fato das mudanças mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da criança. É necessário enfocar a criança, pois, enquanto são necessários cerca de vinte anos para que o organismo se torne maduro, autoridades em desenvolvimento da criança concordam que os primeiros anos de vida, do nascimento aos seis anos, são anos cruciais para o indivíduo (Tani et al.,1988). As experiências que a criança tem durante este período determinarão, por grande extensão, que tipo de adulto a pessoa se tornará (Hottinger apud Tani et al. , 1988). Mas não se pode deixar de lado o fato de que o desenvolvimento é um processo contínuo que ocorre ao longo de toda a vida do ser humano. Para o aspecto motor é importante que as crianças tenham acesso ao espaço aberto da escola, parques e seus brinquedos, pátios cobertos e amplos, onde possam correr, saltar, dançar, subir e descer.
A amarelinha é uma das atividades mais importantes que compõem os planejamentos dessa fase, pois desenvolve a consciência corporal, possibilita o desenvolvimento da coordenação fina e a capacidade de se equilibrar e saltar em um pé só. Além desses, é uma excelente oportunidade para se trabalhar com regras, que deverão ser combinadas antes, com o grupo de participantes.
O jogo consiste em jogar a moeda nos números (sempre respeitando o limite do quadrado) e ir pulando com um ou os dois pés (de acordo com a sequência numérica) até chegar no “céu”. Se a moeda cair no número errado ou ultrapassar o limite do quadrado, a criança passa a sua vez e quando voltar terá que iniciar o jogo novamente. Ao retornar ela deve parar na casa onde a moeda está para pegá-la sem se desequilibrar, de forma que ela fará “ida e volta” para cada número.
A criança vencedora será aquela que conseguir chegar ao “céu” as nove vezes sem que a moeda caia no número errado ou fora do limite do quadrado e sem que ocorra desequilíbrio. Espera-se que através do jogo da amarelinha, a criança melhore seu equilíbrio, seu raciocínio lógico, sua consciência corporal e seu convívio social, aprendendo a trabalhar com regras.
A aplicação deste jogo pode ser uma alternativa de tratamento usado pelo fisioterapeuta, uma vez que, possibilita a aquisição de habilidades fundamentais ao desenvolvimento infantil. E dificuldades como, por exemplo a falta de equilíbrio (dinâmico e/ou estático), falta de coordenação motora (ampla ou fina), paratonias, sincinesias hipo ou hipertonia, entre outros não inviabilizem as trocas com o meio.
Portanto, não se trata de uma fisioterapia tradicional cujos métodos e técnicas corrigem problemas ortopédicos com ajuda de aparelhos, como o ondas curtas ou o ultra-som. Busca-se a implicação do sujeito no seu sintoma. Relaciona-se portanto, com a psicomotricidade por ser uma ciência que apóia a atuação de fisioterapeutas e professores de educação física, ocupando-se do corpo real, simbólico e imaginário do sujeito, corpo este que possui elementos sensório-motores e psico-afetivos, através dos quais o sujeito interage com o meio e, conseqüentemente, se desenvolve.
Referências Bibliográficas:
EDUCADOR BRASIL ESCOLA. [Internet]. Disponível em www.educador.brasilescola.com/orientacoes. Acesso em 08 de Abril de 2010 às 13:47.
PEDAGOGAS [Internet]. Disponível em www.criaturasdaeducacao.blogspot.com. Acesso em 15 de maio de 210 às 13:30.
BRINCADEIRA E DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UM OLHAR SOCIOCULTURAL CONSTRUTIVISTA [Internet]. Disponivel em http://sites.ffclrp.usp.br/paideia/artigos/34/05.htm. Acesso em 18 de maio às 14:02.
O JOGO E AS BRINCADEIRAS COMO FERRAMENTAS DA PSICOMOTRICIDADE [Internet]. Disponível em http://www.artigonal.com. Acesso em 20 de maio às 14:47.
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