quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dores recorrentes na infância e adolescência.

Postado por: Bruna Letícia, Camila Moraes, Letícia Tasca, Rafaela Aguiar e Rosane Matos.



Durante a infância e adolescência dores de evolução aguda e crônica podem comprometer a vida das crianças, por isso, é necessária uma atenção profissional a elas, preocupando-se com o período de tempo de evolução da queixa. Existem dores de evolução aguda e dores de evolução crônica, as primeiras são descritas pela família e pela criança, o que não ocorre com as dores crônicas, que podem evoluir para persistentes e recorrentes. A dor persistente é rara em criança por isso a necessidade de investigar uma doença de base.
A dor recorrente em crianças é a causa das visitas em consultórios. Para diagnosticar a dor recorrente considera-se os seguintes critérios: pelo menos três episódios durante um período mínimo de três meses e intensidade suficiente para interferir nas atividades habituais da criança.
As dores mais freqüentes nas crianças e adolescentes são as dores abdominais, cefaléia e dores em membros.
É um grande desafio diagnosticar dores recorrentes nas crianças para a equipe de saúde, pois na maioria das vezes a família está cansada e já percorreu diversos serviços trazendo grande carga de angústia e dúvidas. Assim é necessário que o profissional faça uma avaliação ampla, incluindo aspectos emocionais envolvidos, dificuldades nas relações familiares e sociais, e ainda, a habilidade de enfrentamento de dor e dos fatores que a influenciam. Também é muito importante que a criança crie um vínculo com o profissional visando o seu cuidado integral.
Na anamnese deve-se dar espaço ao paciente e a família. A atitude dos pais durante uma crise de dor é fundamental, por isso, é preciso dar liberdade ao paciente e à família para informarem sobre a dor. Também e fundamental entrevistar a criança individualmente, investigando seus sintomas uma vez que podem comprometer seu estado geral.
No caso de dores recorrentes devem ser pesquisadas as características da dor, temperamento e tipos de respostas aprendidas. O exame físico deve ser completo, mas não se deve repeti-lo de forma exaustiva.
Pra se diagnosticar dor abdominal recorrente – DAR – deve-se ter uma atenção especial no que se refere à relação da dor com alimentação e hábitos intestinais.
As dores recorrentes em membros são mais freqüentes em crianças com 10 anos de idade, com discreto predomínio nas meninas. As dores difusas em membros mais freqüentes são: dor de crescimento, fibromialgia, articular e alterações estruturais. Na abordagem diagnostica de dores recorrentes em membros deve-se seguir a orientação já apresentada para dores recorrentes em geral.
É essencial identificar uma causa para dor para realizar uma abordagem terapêutica. Desta forma, para um tratamento efetivo é necessário a realização de fisioterapia ativa e prática de esportes aquáticos a fim de fortalecer a musculatura periarticular.
A cefaléia recorrente é a queixa mais comum em pediatria e quadros recorrentes desta, geralmente, levam a um comprometimento das atividades habituais. Na abordagem diagnóstica desta dor deve-se ressaltar a importância da medição de pressão arterial e do exame neurológico. O tratamento profilático, nestes casos, é o mais indicado.
Por isso é fundamental o acompanhamento das crianças e adolescentes com dores recorrentes por uma equipe de saúde, realizando um esforço conjunto com a família no intuito de melhorar a qualidade de vida da criança.

Veja o artigo completo: http://www.medicina.ufmg.br/ped/arquivos_disciplinas/MGCII/dores-recorrentes_jped.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário