quinta-feira, 17 de junho de 2010

No Limite Infantil




Postado por : Antônio Augusto, Eugênio Araújo, Leandro Cézar, Matheus Mardenn

5ºperiodo Fisioterapia





As crianças de 5 e 6 anos encontram-se em uma fase de desenvolvimento bem ascendente principalmente a questão motora, o equilíbrio, o correr, o arremessar uma bola são atividades que a criança mais gosta de fazer nessa idade. Alem do que essa é uma idade de transição para a pré-escola, com isso o contato com outras crianças da mesma idade só ira aumentar.

A função do jogo desenvolvido pelo grupo se da em diversos aspectos tanto no desenvolvimento individual quanto no desenvolvimento em grupo, na questão de socialização, como também no âmbito cognitivo, relação das atividades motoras e psicológicas, fazendo com que as crianças ao realizarem as tarefas propostas pelo jogo, não só desenvolvam a parte motora, mas também a capacidade de tomar decisões sozinhas e em conjunto.

O jogo irá trabalhar a parte motora fazendo com que a criança tenha que correr para pegar as peças e colocá-las na forma, com isso trabalhará a parte muscular, além treinar sua pinça e também a parte de coordenação motora como um todo.
A parte psicológica será trabalhada em varias dimensões, como associação de objetos, memorização, cognição, diferenciação de tamanhos e formatos.
Na parte social será apresentada uma forma de trabalho em equipe e cooperação entre as crianças, fazendo com que haja uma interação entre as crianças para vencer o jogo.

Como fazer e jogar: Recortar o EVA em figuras geométricas e manter o resto com os espaços recortados.
Após isso traçar um percurso no qual a criança deve percorrer durante a brincadeira.
A brincadeira consiste em buscar as figuras geométricas que completam o tabuleiro com os espaços, sempre percorrendo encima da linha demarcada pela fita.
Para isso uma criança fica no tabuleiro e a outra percorre o caminho, quando a figura for pega é entregue a criança que está no tabuleiro ela encaixa a peça e corre para pegar outra. Enquanto isso a criança que trouxe a peça espera para colocar a peça e assim por diante.
As crianças que completarem o tabuleiro primeiro serão as vencedoras.
Se a criança trouxer a peça errada terá que voltar sem colocar a peça, até trazer a peça correta/seqüencial para continuar.

GALVÃO, Isabela. Uma Reflexão Sobre o Pensamento Pedagógico de Henri Wallon. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_20_p033-039_c.pdf
Acesso em: 19 de maio. 2010.
DE OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. L. S. Vygotsky: algumas Idéias sobre Desenvolvimento e Jogo Infantil. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_02_p043-046_c.pdf
Acesso em: 19 de maio. 2010.
PAIM, Maria Cristina Chimelo. Desenvolvimento motor de crianças
pré - escolares entre 5 e 6 anos. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd58/5anos.htm
Acesso em: 19 de maio. 2010.
DE OLIVEIRA, Soniao Onofri. Brincando e aprendendo. Fumec.

domingo, 13 de junho de 2010

Jogo Educativo: Corpo a corpo


Ana Bárbara Rizzi, Ana Luisa Silva Pereira, Claúdia de Sousa Morais, Isabella Lorrayne Ataíde, Rafaella Fonseca Mesquita, Stephany Borges Martins

5º período




Brincar é uma atividade que a criança exerce por satisfação e sem a necessidade de recompensas, experimentando e conhecendo o que é real através de ambientes seguros. São através das brincadeiras, que pode-se estimular os aspectos cognitivos, motores, afetivos, lingüísticos e sociais devido a interação entre o meio físico e social da criança.
Segundo Lev Vygotsky, o brinquedo é a primeira possibilidade de ação da criança na perspectiva cognitiva, ultrapassando a dimensão perceptiva e motora do comportamento. Já Adriana Friedmann, afirma que as brincadeiras são essenciais para a saúde física, emocional e intelectual do ser humano, pois é uma forma de equilibrar-se, renovar as emoções e conhecer e inventar. Através das brincadeiras é que são representados os atos, pelo simbolismo, permitindo a transição de uma inteligência sensorial e motora, para uma inteligência representativa pós- operatória.
As brincadeiras estimulam a aprendizagem, memória, emoções, linguagem interior e exterior. A aprendizagem ocorre quando há uma consolidação de significados e significantes pelo cérebro, transformando sensações em percepções e posteriormente em conhecimento.
Dessa forma, o brincar estabelece uma maior auto-estima, interação com o mundo que os cerca, e principalmente, com a linguagem interrogativa. A criança pode desenvolver uma maior autonomia, permitindo descobertas, experiência e criatividade.
É por isso que a psicomotricidade é aplicada as diversas atividades escolares, pois estimula o desenvolvimento da prática motora e consequentemente a socialização da criança. Considerando que esta é uma ciência que estuda o desenvolvimento do homem, tendo em vista os seus movimentos e a interação com o meio que o cerca, existe estimulação à prática do movimento ao longo da maturação das crianças, o que contribuirá para o desenvolvimento do esquema corporal, coordenação motora e noção de tempo e espaço.
A partir desses pressupostos, desenvolvemos o Jogo Corpo a Corpo, com o objetivo de incentivar a comunicação, o desenvolvimento de estratégias, coordenação corporal, superação de obstáculos e ação em conjunto. Atividades que são essenciais para o desenvolvimento de relações sociais adequadas.
O jogo foi aplicado na escola Estadual Mário Carmelita, localizada no Bairro Bandeirante na região da Pampulha em Belo Horizonte (MG), com crianças do ensino fundamental na faixa etária de 11 anos de idade.
O jogo é composto por duas equipes e um juiz, sendo que cada equipe conterá no mínimo duas pessoas. Os materiais usados são bolas de vários tamanhos e uma ficha para marcar a pontuação de cada grupo. Este jogo é realizado em um espaço amplo, como uma quadra, onde será marcada a linha de partida e a de chegada, sendo uma distância de aproximadamente dois metros entre elas.
As regras são simples: os participantes só poderão tocar na bola para pegá-la e posicioná-la entre os corpos da dupla; não se devem utilizar de maneira alguma as mãos quando estiver transportando a bola; a dupla só poderá utilizar o corpo para levar a bola até a linha de chegada; a bola não deve cair no chão; as equipes têm um minuto para transportar quantas bolas forem possíveis, o tempo será marcado pelo juiz e ganha aquela equipe que transportar mais bolas ao fim do tempo.
Para jogar as equipes devem dividir-se em duplas e uma de cada equipe deve se posicionar na linha de partida. Enquanto isso, as outras duplas aguardam a sua vez. Tomadas as posições corretas, um sinal será realizado pelo juiz e cada dupla deverá colocar a bola estrategicamente entre si, de modo que consigam transportá-la sem usar as mãos, somente o corpo de ambos os jogadores até o fim do circuito. A forma de transporte é livre, podendo ser ombro com ombro, barriga com barriga, peito com peito e etc.
A bola não deve cair, caso ocorra à dupla deve voltar ao início e começar novamente o circuito. Assim, quando uma dupla chegar à linha de chegada, a próxima dupla da equipe, que estava aguardando, começa o transporte pelo circuito, mas deve-se mudar a posição de deslocamento com a bola. Sendo que a primeira dupla volta ao início da pista e espera novamente a sua vez. Se cada equipe for composta por apenas duas pessoas, as duplas todas as vezes que conseguirem chegar ao final do circuito terão que voltar correndo o início do circuito e transportar outra bola para a linha chegada, em uma posição diferente da primeira.
Assim o objetivo do jogo foi o de desenvolver estratégias para levar bolas até a linha de chegada sem utilizar as mãos, trabalhando a cooperação e integração em grupo tendo em vista o respeito e a valorização entre os participantes, evitando situações de exclusão e interação do processo de socialização, comunicação e percepção social, promovendo um ambiente alegre e descontraído.
Foi possível perceber que o jogo Corpo a corpo favoreceu os seguintes aspectos: união entre os alunos, desenvolvimento de uma relação de confiança mútua em si mesmo e no parceiro, aprender a conviver em conjunto aceitando as diferenças e dificuldades de cada indivíduo. Nesse jogo, o ganhar ou perder, foi a última coisa a ser pensada, o importante é que todos tivessem uma meta em comum, promovendo a amizade, solidariedade e a cooperação.
Portanto, o objetivo maior é que as lições aqui empregadas sirvam de alicerce para a vida social do jovem ou da criança, preparando-as para enfrentar o futuro quando adultas.






Bibliografia:

RODRIGUES, Evandro Luís Corrêa. Psicomotricidadeo lúdico na elaboração da aprendizagem diponivel em: www.aedb.br/seacIV/NS/PSICOMOTRICIDADE.pdf Acesso em: 12 mai 2010

CORREIA, Marcos Miranda Jogos Cooperativos e Educação Física escolar: possibilidades e desafios Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 107 - Abril de 2007 Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd107/jogos-cooperativos-e-educacao-fisica-escolar.htm acesaado em: 12 mai 2010

Equipe interdisciplinar. Jogos cooperativos: se competir é importante coopera é essencial. Prefeitura municipal de santos. 2005. disponível em: www.aedb.br/seacIV/NS/PSICOMOTRICIDADE.pdf acessado em: 20 abr 2010

BRIZA,Wellington da Silva ;ALBUQUERQUE, Denise Ivana de Paula. Contribuições da psicomotricidade no desenvolvimento global das crianças do ensino fundamental Universidade Estadual Paulista – FCT-UNESP – Presidente Prudente, São Paulo. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/conpef/conpef3/trabalhos/ordem/06.07E/06.07-04E.pdf acesso em 13 mai 2010

ROCHAEL, Luciene. Importância da Psicomotricidade no Processo da Aprendizagem. Psicologia e Educação. 2009 disponível em: http://psicologiaeeducacao.wordpress.com/ acesso em: 19.mai.2010


MELLO, Alexandre Moraes de. Psicomotricidade, educação física e jogos infantis. 6° Ed. Livros que constroem. Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt=BR&lr=lang_pt&id=Y7y8RHiv75IC&oi=fnd&pg=PA11&dq=psicomotricidade+relacional+nos+jogos&ots=8kIMIs7tjn&sig=8chfh-NmTyGt8iexcETc1NVenFQ#v=onepage&q&f=false acesso em: 21 abr 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Jogo Psicoletrando

Postado pelos alunos: Gustavo Xavier, Paula de Almeida, Rayane Vilela, Rayssa Gianni e Tamires Camargos.

Aliados ao processo de aprendizagem, os jogos educativos têm se mostrado cada vez mais eficazes no universo do conhecimento. Diante da capacidade de entreter e, ao mesmo tempo, transmitir informações, os jogos são considerados, por alguns estudiosos, como uma atividade social, onde características como pensamentos e emoções podem ser livremente compartilhadas.

Os jogos podem, ainda, desempenhar o papel de “coadjuvantes” no processo do desenvolvimento da criança. Através daquilo que poderia ser considerado como uma simples brincadeira, os educadores têm a possibilidade de estimular os aspectos cognitivos, motores, afetivos e sociais dessa criança. Eles auxiliam os educadores na produção de uma forma lúdica e descontraída de aprender. Nesse aspecto, a psicomotricidade muito tem a contribuir no processo educativo.

Permitir a interação interpessoal, estimular o raciocínio e a criatividade e favorecer a estimulação da linguagem são os principais objetivos desses jogos. Com eles, as crianças podem sair da rotina algumas vezes exaustiva das salas de aula para experimentar um mundo novo, cheio de surpresas e possibilidades.

A introdução desse tipo de recurso pedagógico nas salas de aula permite que se conheçam melhor os alunos, bem como suas habilidades predominantes. Um jogo pode indicar aqueles alunos que possuem inclinação à liderança, à organização, a lidar com situações de pressão psicológica, a trabalhar com questões financeiras, entre outros.

São encontrados, atualmente, inúmeros tipos de jogos educativos. Dessa forma, cabe ao educador analisar as características dos alunos com quem vai trabalhar para que se possa definir qual o melhor tipo de jogo a ser escolhido, de modo que todos os participantes interajam ativamente com o mesmo.

Segundo o professor e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Marcos Pires Leodoro, “a brincadeira envolve todas as idades e o brinquedo sofre transformações; da mesma forma que o bebê brinca com o chocalho, o adulto ‘brinca’ com o celular. O importante é a qualidade do brincar, ou seja, o quanto ele favorece a construção da autonomia do sujeito que brinca”.

Piaget se referia à atividade lúdica como “o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança”. Essas atividades transcendem a idéia de que apenas são válidas para gastar a energia das crianças, mostrando-se como meios através dos quais, elas podem enriquecer sua capacidade intelectual.

Outro grande pesquisador que também manifestou interesse pelo jogo infantil foi Henri Wallon. Evidenciou, sob inúmeros comentários, o aspecto relacionado à emoção desenvolvido pelos jogos. Wallon (1979) demonstrou também seu interesse pela questão social que é proporcionada pelo jogo ao afirmar: a criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas. (p.210)

Orso (1999 p. 7) afirmou que “a criança precisa ser alguém que joga para que, mais tarde, saiba ser alguém que age, convivendo sadiamente com as regras do jogo da vida. Saber ganhar e perder deveria acompanhar a todos sempre”.

Entretanto, para que a realização das atividades lúdicas possa ser realmente implantada nos recintos de educação, torna-se necessária uma avaliação referente aos seguintes aspectos: tempo, espaço e ambiente disponíveis, que transmitam segurança e transformação na mentalidade dos educadores em relação aos jogos e brincadeiras.

Psicoletrando” é um jogo de tabuleiro, direcionado a adolescentes na faixa etária entre 14 e 17 anos. É composto por um dicionário, um tabuleiro de 27 casas e 24 cartas contendo perguntas que abordam temas que variam desde conhecimentos gerais e algumas curiosidades, até as questões que avaliam temas da atualidade, como a sexualidade por exemplo.

Para que o jogo comece, os participantes devem ser distribuídos em cinco grupos. Cada grupo deve ser composto por uma média de cinco a seis integrantes.

A primeira rodada é iniciada quando um dos grupos (escolhido aleatoriamente) tem nas mãos o dicionário e elege uma palavra estranha, que, provavelmente, não será do conhecimento dos demais grupos. Essa palavra é revelada aos adversários, para que os mesmos elaborem significados que pareçam verdadeiros e anotem em um pedaço de papel. O primeiro grupo, que escolheu a palavra, escreve seu verdadeiro significado e recolhe os demais.

Em seguida, todos os significados, inclusive o verdadeiro, são lidos por um dos integrantes daquele primeiro grupo, para que os demais escolham uma das definições, que acham que é a resposta certa.

Aquele grupo que por ventura escrever o significado da palavra condizente com o verdadeiro, ganha o direito de avançar duas casas no tabuleiro. Para os demais, ganham a chance de avançar as casas, quando seus significados forem votados pelos demais participantes. As casas avançadas serão proporcionais à quantidade de votos recebidos.

Pode acontecer, ainda, de algum grupo alcançar uma determinada casa onde estará desenhado o símbolo correspondente a um ponto de interrogação. Nesse momento, cabe ao mesmo grupo, retirar uma carta no monte e direcionar a pergunta, ali impressa, a qualquer outro grupo. A quantidade de casas que podem ser avançadas, caso a resposta esteja correta, será informada na carta e estará relacionada com a dificuldade da mesma.

Alguns elementos surpresa podem descontrair ainda mais o jogo. Uma das cartas está relacionada a uma prenda. O grupo que retirá-la do monte tem o direito de eleger qualquer outro grupo para que realize essa prenda, ou um mico que será definido entre os integrantes. Outra carta exige que o grupo volte duas casas no tabuleiro, diminuindo suas chances de alcançar a vitória. Cumpridas as tarefas, o jogo continua.

A equipe vencedora será aquela que cruzar primeiro a linha de chegada.

O jogo foi aplicado de modo eficaz, onde os alunos do sétimo ano do ensino fundamental conseguiram desenvolver o social, já que o jogo foi aplicado em diversos grupos, a cognição dos adolescentes, através de perguntas gerais e da língua portuguesa, fazendo do aprender algo prazeroso e divertido.



A partir das informações coletadas, pode-se concluir que os jogos educativos auxiliam ricamente no desenvolvimento de crianças e adolescentes. De uma maneira didática, lúdica e interativa, contribuem para o aprendizado dos alunos, além de estimular o contato social entre os mesmos. Portanto, deve estar presente na rotina escolar, sendo aplicados de acordo com as características de cada grupo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Atuação da fisioterapia no pós operatório de fratura diafisária de fêmur com o uso da técnica da haste intramedular bloqueada em fase hospitalar.


O artigo é uma revisão bibliográfica, que avalia estudos sobre o tratamento, e a atuação da fisioterapia no processo hospitalar, pós operatório de fratura diafisária de fêmur. As fraturas são classificadas de acordo com a forma, tipo ou ainda o local das superfícies fraturadas. No caso de ossos longos como o fêmur a técnica cirúrgica do interlocking Nail é muito utilizada. Este tipo de trabalho se direcionará para o tratamento das fraturas de diáfise femoral, sendo que este tipo de fratura pode ocorrer em qualquer idade podendo situar-se em qualquer ponto da diáfise, com uma diferença insignificante de incidência entre os terços superior, médio e inferior. Este tipo de fratura pode causar edema, dor intensa, sensibilidade local acentuada, deformidade, espasmos e até perda da função(na maioria dos casos). Estes sinais podem permanecer mesmo após a intervenção cirúrgica. Em casos de fratura, com grande acometimento do tecido ósseo, como na fratura cominutiva, apenas a redução e o repouso não são suficientes para uma plena consolidação óssea, sendo necessária à intervenção cirúrgica, este trabalho abordou o "interlocking Intramedullary nail", haste intramedular bloqueada, como tratamento cirúrgico para ossos longos, as indicações para este método de tratamento não são tão amplas, sendo que as lesões cominutivas de diáfise femoral são muito comuns na clínica ortopédica e muito indicadas para este tratamento. A técnica surgiu na Europa em 1978, e foi aperfeiçoada nos Estados unidos. A mesma é a única que faz a fixação por meio de dois parafusos proximais e dois parafusos distais; é a que apresenta melhores resultados, anatômicos, funcionais e fisiológicos. O
trabalho avaliou a importância e a efetividade do tratamento fisioterápico ainda no ambiente hospitalar. A fisioterapia atua com diversos tipos de tratamentos, nesta fase: técnicas de manipulação passiva, ativo-assistido, exercícios ativos - livres, ativo - resistido, exercícios metabólicos, treino de marcha no momento adequado, posicionamento no leito, crioterapia e eletroterapia, além de manutenção da integridade pulmonar através de exercícios respiratórios, sendo de suma importância a realização de exercícios isométricos de quadríceps, glúteos e ísquios - tibiais, evitando assim a diminuição do trofismo muscular; exercícios metabólicos e exercícios de tornozelo para a melhora do retorno venoso e ainda de massagens de deslizamento para aumentar o limiar de dor. Sendo o principal objetivo, alívio da dor, redução de edema, manter ou restaurar a amplitude de movimento das articulações, preservar a velocidade de consolidação da fratura pela atividade e retornar o paciente à função o mais precocemente possível. É de fundamental importância que este tratamento se dê o mais rápido possível após o ato cirúrgico, para que os resultados sejam mais significativos e mais rápidos.




http://www.efdeportes.com/efd104/atuacao-da-fisioterapia-no-pos-operatorio-de-fratura-diafisaria-de-femur.htm

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Doenças Paratireoidianas

Manifestações musculoesqueléticas no hiperparatireoidismo primário


Postado por: Bruna Letícia, Camila Morais, Letícia Tasca, Rafaela Aguiar e Rosane Matos.




O hiperparatireoidismo primário (HPP) é uma doença metabólica caracterizada pelo excesso de funcionamento das glândulas paratireóides, causando o aumento do hormônio da paratireóide (PTH), levando ao aumento de cálcio no sangue e na urina e a sua retirada dos ossos.

O HPP pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais freqüente em mulheres no período pós-menopausa entre 50 e 60 anos. Os pacientes que apresentam um aumento discreto no nível de PTH e cálcio sérico podem ser assintomáticos, mas em alguns casos o HPP pode apresentar-se em diversas manifestações clínicas e musculoesqueléticas.

Dentre as manifestações clínicas estão: Litíase renal, nefrocalcinose, hipertensão arterial, arritmias, diabetes mellitus, úlcera péptica, constipação e alterações psiquiátricas.
Nas manifestações musculoesqueléticas encontram-se sintomas fibromiálgicos, fraqueza muscular, mialgias, condrocalcinose, gota, osteoporose, dor óssea, além de maior incidência de fraturas no esqueleto.

No presente estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), foram avaliadas as manifestações musculoesqueléticas e comorbidades que poderiam estar relacionadas ao hiperparatireoidismo em 21 pacientes do sexo feminino com esse diagnóstico.

Mais da metade das pacientes apresentaram sinais de osteoartrite, um terço dos casos apresentavam quadro de artralgias seguidos de sintomas fibromialgicos, condrocalcinose e tendinopatias. Houve também alta frequência de manifestações osteometabólicas, como a osteoporose e fraturas ósseas decorrentes da redução da densidade mineral óssea.


Com relação às comorbidades clínicas em HPP, a hipertensão arterial sistêmica ocorreu em mais da metade das pacientes. O mecanismo pode ser decorrente da síntese de fator hipertensivo paratireoidiano,desencadeando a elevação da pressão arterial nestas pacientes. O aumento do PTH também é associado ao distúrbio no sistema renina angiotensina-aldosterona. Além disso, o fluxo aumentado de cálcio para o interior das células da musculatura lisa dos vasos, provoca o aumento da resistência vascular e da pressão sanguínea.

No HPP, a formação de úlceras dispépticas é aumentada, e o mecanismo pode ser decorrente do aumento da secreção ácida gástrica. No estudo, 19% dos pacientes apresentavam quadro de úlceras pépticas.

Entre as manifestações renais que acontecem em HPP, as pacientes apresentaram baixa taxa de litíase renal e alta frequência de hipercalciúria
A depressão, ansiedade e fadiga, como aconteceram nas pacientes do presente trabalho, podem estar associadas ao quadro de fibromialgia que, por sua vez, conforme já mencionado, encontra-se presente em casos de HPP.

A paratireoidectomia é eficaz pois reduz os sintomas, mas em alguns casos é necessário o uso de medicamentos. A fisioterapia vai atuar em conjunto com essas formas de tratamento com o objetivo de não só favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover a melhora do condicionamento físico, força muscular, diminuição da dor, visando sempre a prevenção e a melhoria da qualidade de vida do paciente.

Referência:
SHINJO, Samuel Katsuyuki, PEREIRA, Rosa Maria Rodrigues, BORSSATTO, Adriane Gisele Fonseca et al. Manifestações musculoesqueléticas no hiperparatireoidismo primário. Rev. Bras. Reumatol., 2009, vol.49, no.6, p.703-711. ISSN 0482-5004.


JOGO DA VELHA TRIDIMENSIONAL

Postado pelas alunas: ,Michelle fernanda,Michelle Nayara, Paula Ferreira, Rosiane Janaína, - 5º Período
MATERIAL:
Um tabuleiro de madeira com vareta
64 Peças de madeira
OBJETIVO DO JOGO
O jogo explora conceitos de linha horizontal, vertical e diagonal, organização de raciocínio, elaboração de hipóteses, análise de probabilidades e checagem de resultados. Além disso, desenvolve a visão espacial, pois força o participante a olhar os outros planos e não só o primeiro, como no modelo tridimensional.
REGRAS DO JOGO
O jogo é disputado por duas ou três crianças. No caso de uma dupla,cada jogador recebe 13 peças e quem começa a partida coloca uma a mais.Com três jogadores, cada um fica com nove peças. A partida começa com as bandejas vazias e inicia quem ganha na sorte,como no par-ou-ímpar.◗ O objetivo é fazer o maior número de alinhamentos, seja na vertical,na horizontal ou na diagonal. Para isso, também vale contar com as peças de outros andares, ou seja, o alinhamento pode ser feito em três dimensões.◗ O primeiro jogador escolhe um lugar para colocar a sua peça.O segundo seleciona outro espaço. O terceiro faz a mesma coisa.Os movimentos prosseguem até todas as casas serem ocupadas.◗ Ganha quem fizer o maior número de seqüências de três peças em linha reta.Vale lembrar que, ao se considerar todos os andares, uma mesma peça podecompor mais de uma seqüência. Na hora da contagem, provavelmente, os participantes enxergarão algumas que não tinham notado durante a partida.

Jogo de Argolas Educativo

Postado pelas alunas:Bruna Letícia, Camila Morais, Letícia Tasca, Rafaela Aguiar
5º período de Fisioterapia-Puc Minas

A infância é uma das melhores fases de nossas vidas, e é neste período que demonstramos nossos sentimentos, nossa pequena bagagem de aprendizado e principalmente nossa criatividade, e para isso utilizamos os jogos e brincadeiras.
Brincar, segundo o dicionário (AURÉLIO, 1986. PP 286-96) é divertir-se infinitamente, entreter-se, recrear-se; distrair-se; pular; dançar (...) enquanto jogar: do latim jocare; entregar-se ao; tomar parte em; aventurar-se ou arriscar-se em jogo; dizer ou fazer brincadeiras; harmonizar-se.
Já segundo a psicomotricidade a palavra jogo vem de “lúdico” e faz referências às pesquisas em sua área, levando em consideração não somente o resultado como também a ação, permitindo assim que as crianças utilizem os movimentos para se deslocarem no espaço e para se integrarem com o meio externo.
É fácil perceber que o significado dessas palavras está ligado à maneira de pensar e ver o mundo de cada pessoa, porém em qualquer situação, o desenvolvimento físico e mental se faz presente.
Segundo a Teoria do desenvolvimento infantil de Piaget, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio e essas construções seguem um padrão denominado de estágios ( sensório-motor,pré-operatório,operatório concreto e operatório formal) determinados por idades.
As crianças de 5 à 6 anos de idade, estão enquadradas no que se chama de primeira infância e também do estágio pré-operatório de Piaget.Nessa fase, são bastante ativas: pulam,saltam,arremessam objetos, conseguem ficar sobre as pontas dos pés por alguns segundos, são observadoras e imitam o que observam, começam a distinguir o real do imaginário apesar de usarem muito a imaginação, começam a interiorizar o sentido de obediência, tem interesses por experiências imediatas, sabem trabalhar individualmente como também são capazes de participar de atividades dirigidas.
Ainda segundo Piaget, a inteligência é obtida por dois aspectos: organização, que é a forma determinada de conhecimento através da ação, e adaptação, que se dá pela junção da assimilação( transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos construído) e acomodação(sujeito se transforma para acomodar o objeto), tendo em um jogo, a predominância da assimilação sobre acomodação.
Existem várias abordagens dentro da classificação de jogos, por exemplo: jogos simbólicos, de regras, cooperativos, motores, de exercícios, mas segundo nosso brinquedo, concentraremos as explicações dentro da persperctiva do jogo de argolas para crianças de5 à 6 anos de idade.
Nesse jogo, existem regras,sendo que seu descumprimento acarreta punições, estimulando assim uma forte competição entre os jogadores.Este jogo aparece quando a criança abandona a fase egocêntrica possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais.
Contrapondo ao jogo de regras(competitivo) existe o jogo cooperativo, no qual todos cooperam e todos ganham, pois tal jogo elimina o medo e o sentimento de fracasso, além de reforçar a confiança em si mesmo como uma pessoa digna e importante para o outro.
A importância do brincar e jogar é citada também por vários outros filósofos.Segundo Winnicott (1975), o brincar facilita o crescimento e, em conseqüência,promove a saúde. O não-brincar pode significar algum problema, o que pode prejudicar no desenvolvimento da criança.
Para Wallon, o jogo é espontâneo e expressivo.Ele acredita que é no brincar que a criança expressa suas emoções buscando saciar sua curiosidade com relação ao mundo que a cerca.
Vygotsky acredita que a regra do jogo é a imaginação.Para ele ao brincar, a criança cria uma “zona de desenvolvimento proximal”, fazendo com que ela supere constantemente a realidade.
A partir de todos esses pontos de vista, fica nítida a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento sensorial, motor e psíquico da criança, e que este é um fator determinante para sua formação como indivíduo do mundo.
É nesse sentido que as instituições de ensino devem se empenhar,
proporcionando às crianças um ambiente físico e social adequado, capaz de transparecer acolhimento e proteção e capaz também de ampliar os conhecimentos acerca de si mesmo, dos outros e do meio em que vive.


Referências:
BROTTO, Fábio Otuzi, F. Jogos cooperativos: Se o importante é
Competi, o fundamental é cooperar. 2ª ed. Renovada. Santos SP, 1999
FREIRE, J.B. Educação de Corpo inteiro: teoria eprática da educação física. São Paulo: Scipione,1989..
AUCOUTURIER, B. e LAPIERRE, A. Bruno: Psicomotricidade e terapia. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1986.
LAPIERRE, A. e AUCOUTURIER, B. A simbologia do movimento psicomotricidade e
educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: PRODIL, 1994, vol.
I.
_________. O corpo na educação infantil. Caxias do Sul: EDUCS,2002.
_________. Terapias corporais a formação do adulto. Porto Alegre: EDITA, 1998.
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: IMAGO, 1975.


ANTUNHA, Elsa Lima Gonçalves. “Jogos Sazonais” – Coadjuvantes do amadurecimento das funções cerebrais. In: OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000




Anemias


Postado pelos alunos: Gustavo Xavier, Paula de Almeida, Rayane Vilela, Rayssa Gianni e Tamires Camargos.

Segundo a definição dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), anemia é a condição em que as taxas de hemoglobina no sangue ficam abaixo do esperado. A hemoglobina tem a função de transportar o oxigênio para os tecidos através da corrente sanguínea. Existem vários fatores etiológicos para as anemias, entre eles, a carência de nutrientes essenciais, como ferro, ácido fólico e vitamina B12; incapacidade de produção de eritrócitos da medula óssea; perda sanguínea excessiva e destruição anormal das células sanguíneas.


As anemias podem ser classificadas de acordo com o tamanho das hemácias. A anemia microcítica é causada pela deficiência de ferro, conseqüência de uma dieta inadequada. A normocítica pode ser devida a uma hemorragia, a uma doença crônica, deficiências hormonais ou falha na eritropoese pela medula óssea. Já a macrocítica ou megaloblástica é conseqüência de uma alimentação pobre em vitamina B12 ou ácido fólico.


Entre os distúrbios nutricionais, a carência de ferro é o mais prevalente no mundo todo e afeta, principalmente, mulheres em idade fértil e pré-escolares das áreas tropicais e subtropicais. Quando a quantidade total ou o fornecimento de ferro se torna insuficiente para suprir as necessidades teciduais, incluindo a produção de hemoglobina, tem-se um quadro denominado anemia ferropriva ou microcítica.


A deficiência na ingestão de ácido fólico (folato) e/ou vitamina B12 caracteriza a chamada anemia megaloblástica ou macrocítica. Essa deficiência provoca um atraso na maturação celular dos eritrócitos, que permanecem imaturos e maiores que as células sanguíneas normais.


Conseqüente a uma falência no processo de produção das hemácias (eritropoese), a anemia aplástica, quando não tratada, tem uma taxa de sobrevida média inferior a dez meses, devido a hemorragias e infecções. Esse tipo de anemia ocorre quando a medula óssea é danificada e tem sua capacidade de produção afetada. A maioria dos casos tem a causa considerada idiopática, mas pode ocorrer como conseqüência de altas doses de radiação e tratamentos quimioterápicos, exposição a químicos tóxicos, uso de certos fármacos, doenças auto-imunes e infecção viral.


Uma perda sanguínea súbita e volumosa caracteriza um quadro de anemia aguda. Perdas acima de 10% do volume sanguíneo total já se manifestam clinicamente, sendo que uma perda acima de 30% sem reposição imediata leva a um quadro de choque rapidamente irreversível e fatal.


Decorrentes da diminuição da sobrevida dos glóbulos vermelhos, as anemias hemolíticas são consideradas regenerativas. Nesses casos, o defeito pode estar diretamente nos eritrócitos, geralmente hereditário, ou conseqüência de agressão extrínseca aos eritrócitos, proveniente de destruição por substâncias tóxicas, parasitas, traumas mecânicos ou anticorpos.


A anemia falciforme tem caráter genético e é decorrente de uma mutação na constituição da cadeia β da globina, originando a hemoglobina S. Os eritrócitos modificados tendem, em condições de hipóxia, a assumir uma forma semelhante à de uma foice, o que prejudica a circulação e favorece a destruição precoce.


Como o demonstrado no estudo de Cardoso e Penteado, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a anemia afeta cerca de 30% da população mundial, e pelo menos metade desta prevalência global pode ser atribuída à carência de ferro (De Maeyer & Adiéls-Tegman, 1985). Essa deficiência consiste em uma diminuição da quantidade e fornecimento de ferro, que é importante para a manutenção das necessidades de tecidos do corpo, e, principalmente, para formação de hemoglobina dos eritrócitos.


As causas dessa patologia não estão relacionadas apenas à dieta. Esta é a principal, e afeta com mais freqüência crianças, adolescentes e grávidas, visto que nessas fases, a necessidade de nutrição por ferro é maior, porém existem outros fatores que causam anemia, como por exemplo, infestações parasitárias, infecções, doenças hemolíticas, entre outras.


Estudos evidenciam declínio no desenvolvimento psicomotor e alterações comportamentais devido à ausência de ferro nos dois primeiros anos de vida. Segundo algumas pesquisas, o tratamento, durante quatro meses, com sulfato ferroso é eficaz para a melhora desse quadro, enquanto outros estudiosos relacionam o déficit psicomotor às infecções, desnutrições protéico-calóricas e diarréias, que devem ser controladas, além da correção da ausência de ferro.


Programas de assistência primária sugerem a suplementação de ferro em gestantes, em mulheres que amamentam e em lactentes, com o objetivo de aumentar a reserva de ferro nesses grupos, considerados como alvo. Além disso, a anemia por deficiência de ferro (ADF) pode ser amenizada através de ações básicas de saúde e com controle de infecções. Essa suplementação pode ser por administração oral ou parenteral, quando a dieta, por si só, não atinge a finalidade desejada. Alguns efeitos colaterais podem surgir com o tratamento por via oral, como náuseas, cólicas abdominais e distúrbios gastrointestinais, assim, com essa intolerância, o indicado é a via parenteral. A suplementação preventiva também é uma forma eficaz no controle da ADF quando aplicada a grupos específicos.


Existem dois tipos de ferro encontrados na dieta: o ferro não- heme e o ferro heme. O primeiro está na forma de sais de ferro e sua absorção depende das reservas que o individuo apresenta e de outros elementos da dieta. O segundo é originário da hemoglobina e mioglobina, além de ter boa absorção. As carnes e os ácidos orgânicos estimulam a dieta, já os polifenóis, fitatos, fosfatos e oxalatos são inibidores da absorção de ferro dos alimentos. Alguns estudos apontam formas de aumentar as reservas de ferro. São elas: o consumo de ferro heme; o consumo de vitamina C e outros estimuladores da absorção de ferro e a diminuição no consumo dos inibidores da absorção de ferro (chá, café, leites e derivados).


A fortificação de alimentos é uma técnica mais complicada e não substitui a suplementação. Isso ocorre, pois as formas biodisponíveis do ferro são muito reativas e, em sua maioria, produzem efeitos indesejáveis. Para a eficácia desse método é necessário um compromisso a longo prazo e a disponibilidade de alimentos adequados, através de um sistema de distribuição efetivo.


Alguns pontos são de suma importância para a prevenção a ADF. A atenção às gestantes, lactantes e lactentes deve ser abordada, assim como às crianças prematuras e com baixo peso ao nascer. Deve-se abordar também o controle da anemia durante a gravidez, realizando intervenções apontadas a adolescentes e mulheres com idade reprodutiva. Conclui-se ainda que o efeito esperado com a suplementação de ferro é, muitas vezes, ineficiente, devido ao abastecimento impróprio desses suplementos e a precariedade dos serviços de saúde. Para que os objetivos desejados se concretizem é imprescindível o alcance do setor de distribuição.


Pitombeira e Neto estudaram os aspectos moleculares da anemia falciforme. Segundo eles, a hemoglobina é uma proteína localizada no interior dos eritrócitos, que tem como função o transporte de oxigênio para o organismo, além de ser responsável pela pigmentação vermelha do sangue. Sua característica esférica é formada por pares de cadeias globínicas, polipeptídicas, onde cada par é composto por cadeias do tipo alfa (alfa e zeta) e não- alfa(beta, delta, gama e epsílon). Sua estrutura é unida a um núcleo protéico de ferro (ferroprotoporfirina IX) que tem como propriedade receber, ligar e/ou liberar oxigênio para os tecidos. A troca de um aminoácido, na cadeia beta, altera as propriedades químicas da hemoglobina, que passa a ser conhecida como hemoglobulina S (Hb S). Quando desoxigenada, a Hb S polimeriza e forma longos bastonetes que alteram a forma das hemácias de bicôncavas para falciformes (em formato de foice). Vários estudos foram feitos a respeito da anemia, até que em 1927, Hanh e Gillepsie descobriram que “a falcização dos eritrócitos ocorria como conseqüência da exposição das células a uma baixa tensão de O2.” (NETO; PINTOMBEIRA). Em 1947, Accioly, no Brasil, havia sugerido pela primeira vez que a falciformação ocorria devido a uma herança autossômica dominante, onde mais tarde, através dos trabalhos de Neel e Beet, definiu-se a doença somente em estado de homozigose, sendo os heterozigotos portadores assintomáticos. Estudos continuavam a ser feitos até que em 1956, Ingram, após ter estudado a hemoglobina e seus peptídeos, definiu que a anemia falciforme era causada por uma troca do ácido glutâmico pela valina na cadeia β da hemoglobina, dando origem ao conceito de doença molecular.


“A troca de bases nitrogenadas no DNA, ao invés de codificar a produção (transcrição) do aminoácido ácido glutâmico, irá, a partir daí, determinar a produção do aminoácido valina, que entrará na posição 6 da seqüência de aminoácidos que compõem a cadeia β da hemoglobina, modificando sua estrutura molecular” (NETO; PINTOMBEIRA).


A troca de um único aminoácido na composição da cadeia beta globínica, dará origem a uma nova hemoglobina chamada hemoglobina S (a letra S vem da palavra sickle, que significa foice). A nova hemoglobina apresentará propriedades diferentes da hemoglobina normal devido à perda de duas cargas elétricas da molécula, ocasionadas de uma falta de ácido glutâmico. A diferente estabilidade e solubilidade demonstram uma forte tendência à formação de polímeros quando na sua forma de desoxiemoglobina. Devido a esse fato, alterações fisicoquímicas na estrutura da hemácia irão ocasionar deformidade e enrijecimento da sua membrana celular, levando ao surgimento da vasoclusão, sendo esse responsável pelas alterações estruturais e funcionais de diversos órgãos e sistema do paciente acometido.


Neto e Pintombeira afirmam que a velocidade e a extensão da formação de polímeros no interior das hemácias dependem primariamente de três variáveis independentes: grau de desoxigenação, concentração intracelular de hemoglobina S e presença ou ausência de hemoglobina F. A polimerização da HbS , leva desidratação celular devido às perdas de íons potássio e água, tendo seu principal mecanismo o canal de transporte de íons potássio e cloro estimulados pela acidificação, pelo edema celular e pelo canal de Gardos, devido ao aumento da concentração de íons cálcio.


Uma importante alteração na hemácia da anemia falciforme é a perda do seu poder deformatório, sendo incapaz de transpor o menor diâmetro dos capilares da micro circulação.


A perda da elasticidade da célula deve-se a adição da concentração de HbS intracelular, tendo como resultado o aumento da viscosidade no citosol, a polimerização da HbS e a rigidez da membrana.


Um dos primeiros indícios do quadro clinico de um paciente com anemia falciforme é a formação de vasoclusão, principalmente em pequenos vasos, além disso, encontram-se úlceras de membros inferiores; síndrome torácica aguda; seqüestro esplênico; priapismo; necrose asséptica de fêmur; retinopatia; insuficiência renal crônica; autoesplenectomia e acidente vascular cerebral.


Orsini e colaboradores estudaram a reabilitação física na paraparesia espástica por deficiência de vitamina B12. Integrando a família de compostos conhecida como cobalaminas a vitamina B12 é caracterizada como hidrossolúvel. Sintetizada apenas por microrganismos, essa vitamina está presente em quase todos os tecidos animais. É estocada primariamente no fígado sob a forma de adenosilcobalamina e pode ser encontrada em alimentos de origem animal, principalmente leite, carne e ovos.


A anemia perniciosa é considerada a causa mais freqüente de deficiência de vitamina B12. Decorrente, entre outras causas, da ausência de uma proteína secretada por células parietais que absorvem a vitamina B129, a anemia perniciosa pode desencadear determinadas patologias, dentre elas, as síndromes neurológicas.


Uma vez diagnosticada a hipovitaminose, observa-se a formação de um edema na bainha de mielina. Diante desse quadro, são constatadas disfunções nos axônios dos tratos ascendentes do funículo posterior e dos tratos piramidais descendentes, que são degenerados. A partir de então, instala-se um quadro de degeneração combinada subaguda (DCS) da bainha de mielina.


A DCS apresenta, inicialmente, sinais de parestesias nas mãos e nos pés, seguidos de fraqueza e alterações da marcha. Clinicamente, é caracterizada por disestesias simétricas, alterações da sensibilidade vibratória e da propriocepção consciente, e ataxia sensorial. As deficiências motoras são simétricas, apresentando graus variados de espasticidade. Já a paraparesia é conseqüência de um comprometimento das vias piramidais.


A reversibilidade dos sintomas é proporcional à gravidade do quadro e ao tempo transcorrido desde a descoberta da doença até o início do tratamento.


Dentre as técnicas de tratamento, as estratégias fisioterapêuticas podem ser aplicadas com os seguintes objetivos: maximizar a função de grupos musculares que apresentam espasticidade, promovendo o treinamento e ativação dos mesmos. Adequação do tônus muscular melhorando sua força em situações estáticas e aumentando a qualidade da marcha. A fisioterapia visa, ainda, à inibição da atividade reflexa patológica, no intuito de evitar os padrões de movimento e posturas anormais.


Com relação aos exercícios, podem ser realizados os de sustentação de peso, em posições variadas, ativos e passivos que favorecem a manutenção da amplitude articular. A aplicação de calor e frio também é válida para reduzir a espasticidade, e pode ser associada a massagens rítmicas e profundas realizadas sobre as inserções musculares. Em determinados casos, a prescrição de órteses pode ser direcionada aos pacientes com paraparesia, com o objetivo de diminuir a espasticidade, uma vez que auxiliam no comprimento muscular através de um alongamento.


Programas terapêuticos que visem a adequação do tônus, manutenção da amplitude de movimento e flexibilidade são utilizados tanto para favorecer a independência funcional quanto na prevenção de complicações secundárias.


Dessa forma, pode-se perceber que os diversos tipos de anemias merecem atenção e cuidados especiais, com fins de se realizar os devidos tratamentos e evitar possíveis complicações.


Referências:





  1. CARDOSO, Marly A.; PENTEADO, Marilene de V. C.. Intervenções nutricionais na anemia ferropriva. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, Jun. 1994 . Disponível em: . Acessado em: 12 Mai. 2010.

  2. GALIZA NETO, Gentil Claudino de; PITOMBEIRA, Maria da Silva. Aspectos moleculares da anemia falciforme. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 39, n. 1, 2003 . Disponével em: . Acessado em: 12 Mai. 2010.

  3. ORSINI Marco, MELLO Marina Pimentel de, REIS Jhon Peter Botelho, REIS Henrique Melo, FREITAS Marcos RG de, NASCIMENTO Osvaldo JM. Reabilitação física na Paraparesia Espástica por deficiência de vitamina B12: relato de caso. Rev. Neurocienc., 2008. Disponível em: . Acessado em: 15 Mai. 2010.

  4. BRASIL. Blibioteca virtual em saúde. Anemia. Disponível em: . Acessado em: 15 Mai. 2010.

  5. ALGUNS. Anemia. Toda Biologia. Disponível em: . Acessado em: 12 Mai. 2010.

  6. PERCÍLIA, Elaine. Anemia. Brasil escola, 19 out. 2006. Disponível em: . Acessado em: 15 Mai. 2010.

  7. FEDERIGUE, Marco Aurélio Ferreira. Anemia Hemolítica. Portal Educação, 3 abr. 2008. Disponível em: . Acessado em: 20 Mai. 2010.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Insuficiência Cardíaca Congestiva


Postado por: Antônio Augusto, Eugênio Araújo, Karine, Leandro Cézar, Matheus Mardenn
Fisioterapia 5º periodo



Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica decorrente da disfunção cardíaca (incapacidade dos ventrículos em bombear a quantidade adequada de sangue), causando dificuldade para atender as necessidades metabólicas do organismo. É uma doença de progressão lenta, permanecendo compensada por muitos anos. Tem como principal causa a miocardiopatia isquêmica , seguidas pelas miocardiopatias idiopática e hipertensiva, tendo uma alta prevalência de miocardiopatia chagástica no Brasil.(W. Smith e cols ,1998),(César2000).
A IC possui sinais e sintomas de sobrecarga de volume intraventricular e intersticial , podendo ter falta de ar , estertores , edema , manifestação de sobrecarga de perfusão tecidual inadequada , como fadiga ou má tolerância física.(W. Smith e cols,1988).
A IC é frequentemente caracterizada pela congestão devida ao excessivo acúmulo de sangue nos órgãos situados atrás dos ventrículos .Ela é classificada por termos clínicos em : congestiva retrógrada ou anterógrada , termos anatômicos , (insuficiência cardíaca direita ou esquerda ), termos temporais ( aguda ou crônica ), IC de alto ou baixo débito , conforme a etapa do ciclo cardíaco predominantemente atingida (sístole ou diástole).(Ferreira e cols ,1999). Iremos da ênfase a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) ,sendo este o tema do trabalho.
ICC é denominada o acúmulo de sangue nos pulmões,com a elevação da pressão venosa pulmonar e das pressões diastólicas atrial esquerda e ventricular esquerda , devido à falência do ventrículo esquerdo ,e o acúmulo de sangue venoso sistêmico , acompanhado de elevação da pressão venosa e das pressões diastólicas atrial e ventricular direitas , devido à falência do ventrículo direito. Apresenta sinais e sintomas de dispneia aos esforços,aumento do líquido intersticial nos pulmões ou orgões sistêmicos,estertores finos nas bases pulmonares, ingurgitamento jugular,hepatomegalia e edema de membros inferiores.(Porto,1998 e Horwitz e coles,1988).

Epidemiologia

A organização mundial de saúde define que a insuficiência cardíaca é uma doença que precisa de atenção nos setores de saúde do mundo todo. A prevalência da doença aumentou nas últimas 5 décadas e ainda hoje, a mortalidade pode ultrapassar 50% em 5 anos, a partir do momento do seu diagnóstico (Tavares e cols 2004).
Na faixa etária dos 45 aos 54 anos , a incidência foi de 1 a 2 casos por 1000 habitantes/ano, para mulheres e homens , respectivamente , aumentado para13 e 17 casos por 1000 habitantes /ano na faixa dos 75 aos 84 anos .Tendo maior prevalência no sexo masculino(Ho,1993).
No Brasil ,conforme dados publicados pelo Ministério da saúde , a insuficiência cardíaca foi a principal causa de internação hospitalar dentre todas as doenças cardiovasculares , e a quarta causa, considerando -se todas as internações do Sistema Único de Saúde(Porto,1998).
A cardiopatia relacionada á doença de Chagas assume um papel muito importante em várias regiões do país , seja porque permanece endêmica ,cerca de 4 a 6 milhões de pessoas infectadas pelo Trypanosoma Cruzi, as quais poderão desenvolver a forma cardíaca da doença .Há evidências de que a insuficiência cardíaca da doença de Chagas apresenta pior prognóstico do as demais falências do miocárdica(Porto,1998).

Clínica Fisioterápica

Terá como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente , prolongar a sobrevida , prevenir progressão da doença , identificar e eliminar os fatores desencadeantes e agravantes , estimular a aderência fisioterapêutica prescrita e considerar o paciente em seus aspectos físicos e psicossociais(Porto ,1998).
Considerando que a ICC à adaptações fisiológicas, como : variação no desempenho cardíaco, redistribuição do fluxo sanguíneo , flutuações do tônus vascular basal e na velocidade circulatória local(Ferreira e Póvoa,2000)
A intervenção Fisioterápica aplicando exercícios moderados terá grandes benefícios por aumentar a capacidade funcional , diminuir os sintomas , as taxas de reinternação e mortalidade (ACSM,2003).

Intervenção Fisioterápica

Intervenção pós operatório a Fisioterapia convencional , na maioria das vezes , evita atelectasia, com manobras de higiene brônquica e reexpansão pulmonar , cinesioterapia respiratória ativa e assistida , drenagem postural brônquica seletiva , inspirômetros de incentivo , resistores expiratórios compressão positiva expiratória ,tosse ou aspiração endotraqueal e mudanças de decúbito(SILVA, et al 2006).
A reabilitação de cardiopatas exitem dua estratégias básicas : a que prioriza o exercício , e a abrangente , na qual o exercício é parte de um conjunto que, juntamente com o condicionamento físico , objetiva a redução do tabagismo , a reformulação de hábitos alimentares e o controle do estresse (Carvalho,2006).
Fases da Reabilitação:
Fase 1 – Aplica-se no paciente internado , após o paciente ter sido considerado compensado clinicamente ,como decorrência da otimização do tratamento clínico e/ou utilização de procedimento intervencionista. Devem predominar a combinação de exercício de baixa intensidade ,técnicas para o controle do estresse e programas de educação em relação aos fatores de risco (Carvalho,2006)
Fase 2 – é a primeira etapa extra – hospitalar .Inicia-se imediatamente após a alta e/ou alguns dias após um evento cardiovascular ou descompensado clínica de natureza cardiovascular, pulmonar ,metabólica. Duração prevista de dois a três meses ,podendo estender por mais tempo. O programa de exercícios físicos deve ser individualizado, em termos de intensidade ,duração ,frequência ,modalidade de treinamento e progressão (Carvalho,2006).
Fase 3 – Duração prevista:seis a 24 meses. Não á obrigatoriedade da sequência das fase anteriores. O principal objetivo é o aprimoramento da condição física ,mas deve também ser considerada a necessidade de promoção de bem estar e demais procedimentos que contribuam para redução do risco de complicações clínicas (Carvalho,2006).
Fase 4 – É um programa de longo prazo , sendo de duração indefinida, muito variável. As atividades não são necessariamente supervisionadas ,devendo ser adequadas á disponibilidade de tempo para a manutenção do programa de exercícios e ás preferências dos pacientes em relação às atividades desportivas recreativas (Carvalho,2006).

Conclusão
Sendo a ICC um problema de saúde pública , em que abrange um número grande na população e pode afetar a qualidade d vida de várias maneiras , variando desde a limitação física até a depressão. O Fisioterapeuta juntamente a uma equipe multidisciplinar tem papel fundamental na reabilitação na melhora da qualidade de vida desses indivíduos.

Bibliografia:

SILVA, Naila Luisa Saiki da et al. Inalação de solução salina hipertônica como coadjuvante da fisioterapia respiratória para reversão de atelectasia no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Rev Bras Cir Cardiovasc [online]. 2006, vol.21, n.4, pp. 468-471. ISSN 0102-7638.
T.Carvalho,Jl Guimarâes .Diretriz de Reabilitação cardiopulmonar e metabólica: Aspectos e Responsabilidades.Arquivo Brasileiro de Cardiologia ,2006,vol.86,n.1pp 74-81
W.Smith,Thomas ,M.D. Terapêutica cardiovascular,1998 pp167-204.
Ferreira,Celso da et al. Cardiologia para o clínico geral, 1999 pp215-228.
Porto, Celmo Celeno. Doenças do Coração, 1998 pp222-225

HEMORRAGIA EM ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR COM A FISIOTERAPIA


Postado pelas alunas: Michelle Nayara, Paula Ferreira, Rosiane Janaína, Terezinha Cristina - 5º Período



01. INTRODUÇÃO

Este estudo, elaborado para a disciplina Clínica Médica do Curso de Fisioterapia, irá tratar da hemorragia de maneira a explanar sobre o tema, e ainda, discutir os cuidados e abordagens que deve ter o Fisioterapeuta ao tratar paciente com diagnóstico ou suspeita desta patologia.

A hemorragia conceitua-se pela perda de sangue devido a ruptura de vasos sanguíneos, podendo ser interna ou externa. Este diferencial implica na necessidade de atitudes diferentes por parte do socorrista (BRASIL, 2003).



02. TIPOS DE HEMORRAGIA

As hemorragias são conceituadas por interna ou externa, elas têm sinais e sintomas característicos que são de suma importância ao Fisioterapeuta para que o mesmo possa reconhecer durante o atendimento para tomar os devidos cuidados com o paciente (CANÇADO, 1984)

Na hemorragia interna os principais sinais e sintomas são: sede intensa; sensação de frio podendo apresentar arrepios; pulso progressivamente mais rápido e mais fraco. Em casos mais graves o paciente pode apresentar palidez, arrefecimento principalmente nas extremidades, ouvir zumbidos e também alterações do estado de consciência.

Na hemorragia externa o Fisioterapeuta poderá perceber se o paciente apresenta lesões cutâneas graves podendo apresentar os mesmos sintomas da hemorragia interna. Pode ainda ter fraqueza e lipotimia (sensação de desmaio).

Segundo o Manual de Primeiros socorros do Núcleo de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz, publicado pelo Ministério da Saúde em 2003, quanto maior a quantidade perdida, mais graves serão as hemorragias. Geralmente a perda de sangue não pode ser medida, mas pode ser estimada através da avaliação do acidentado (sinais de choque compensado ou descompensado) BRASIL (2003). As complicações podem variar de acordo com as informações a seguir:

Perdas de até 15% (aproximadamente 750 ml em adultos).

Geralmente não causam alterações. São totalmente compensadas pelo corpo. Ex. doação de sangue.

Perdas maiores que 15% e menores que 30% (aproximadamente 750 a 1.500 ml)
.

Geralmente causam estado de choque, ansiedade, sede, taquicardia (com freqüência cardíaca entre 100-120/min.), pulso radial fraco, pele fria, palidez, suor, frio, freqüência respiratória maior que 20/min. e enchimento capilar lentificado (maior que 2 seg.).

Perdas acima de 30%(maiores que 1.500 ml).

Levam ao choque descompensado com hipotensão, alterações das funções mentais, agitação, confusão ou inconsciência, sede intensa, pele fria, palidez, suor frio, taquicardia superior a 120/min., pulso radial ausente (queda da pressão arterial), taquipnéia importante e enchimento capilar lento.

Perdas de mais de 50% do volume sanguíneo.

Choque irreversível, parada cárdio-respiratória e morte.

FONTE: Ministério da Saúde - Fundação Oswaldo Cruz (2003).


03. CUIDADOS COM O PACIENTE

A hemorragia é uma patologia grave, ainda que se possa prestar primeiros socorros (na clínica de fisioterapia, por exemplo) o paciente deve ser encaminhado para um hospital em caráter de emergência.

No caso de hemorragia interna deve se acalmar o paciente e mantê-lo acordado, desapertar a roupa, mantê-lo confortavelmente aquecido e colocá-lo em Posição Lateral de Segurança (para que não tenha obstrução das vias aéreas ou refluxo). Nunca deve ser dada comida ou bebida para o paciente para não agravar o seu quadro, dado que pode ser ter aumento da pressão por volemia ou até mesmo evoluir para choque. E, o mais breve possível, encaminhá-lo a um hospital.

Na hemorragia externa os cuidado iniciais são: deitar horizontalmente a vítima, aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizada exercendo pressão firme conforme o local e a extensão do ferimento. No caso da compressa ficar saturada de sangue, colocar outro por cima sem retirar o primeiro e continuar a compressão até a hemorragia cessar.

Ainda no caso da hemorragia parar pode se aplicar uma compressa em forma de curativo no entorno da ferida. Em caso de feridas graves dos membros ou amputações deve se fazer o uso de torniquete, preferencialmente sob orientação de um bombeiro ou especialista.

Estes são cuidados iniciais e ainda que tenha interrupção do fluxo não se dispensa os cuidados clínicos-hospitalares. Recomenda-se ainda o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), para se evitar contato com o sangue do paciente por via conjuntiva, aérea ou cutânea (DURAFFOURD, 1979).


04. CONCLUSÃO

Em qualquer um dos casos de hemorragia é extremamente importante que o socorrista utilize luvas descartáveis para se evitar contaminação com o material biológico.

A gravidade do quadro do paciente depende de fatores como: a rapidez com que o sangue flui, o tamanho do vaso atingido, se é artéria ou veia, se o sangue flui pra cavidade ou livremente, da origem do sangramento, da idade e peso da vítima, das condições físicas gerais da vítima e se o sangramento ameaça a respiração. Todos estes fatores devem ser observados e repassados a unidade de saúde que irá atendê-lo no caso de encaminhamento hospitalar (BRASIL, 2003).

O mais prudente é que se chame o serviço de resgate, mantenha vias aéreas desobstruídas e monitore a coluna vertebral, a respiração, a circulação e as incapacidades verificando se há fraturas e imobiliza-las. Ainda deve se manter a vítima imóvel colocando os pés na altura de 20 cm se não houver fraturas e monitorando sinais vitais a cada 5 minutos até a chegada do resgate.



REFERENCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
CANÇADO, Juracy Campos L. Do-in : livro dos primeiros socorros. 18.ed. Rio de Janeiro: Ground, 1984. nv.
DURAFFOURD, Paul; DURAFFOURD, Christian. Hemorragias, tromboses, embolias na clínica diária. São Paulo: Andrei, 1979. 80p.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Doenças da Supra-renal



Ana Bárbara Rizzi, Ana Luisa Silva Pereira, Claúdia de Sousa Morais, Isabella Lorrayne Ataíde, Rafaella Fonseca Mesquita, Stephany Borges Martins

5º período



As glândulas adrenais, ou supra-renais situadas acima do pólo superior dos rins, consistem de duas partes embriológicas com funções distintas, sendo uma externa e outra interna. A parte externa conhecida como córtex adrenal, de origem mesodérmica, produz hormônios esteróides e constitui cerca de 80% da glândula adrenal. A parte interna ou medula adrenal é de origem endodérmica e produz as catecolaminas, noradrenalina e adrenalina.
O córtex supra-renal secreta aldosterona e cortisol sendo dois hormônios muito importantes, indispensáveis a vida. A aldosterona que pertence ao grupo dos mineralocorticóides é responsável por alterar as concentrações de íons (minerais) no corpo, tendo como efeito mais importante aumentar a intensidade da absorção dos íons sódio pelos túbulos renais, ao mesmo tempo que aumenta a secreção dos íons potássio, resultando na retenção de sódio no corpo, com perda de potássio.
O cortisol, hormônio mais importante do grupo dos glicocorticóides, participa dos mecanismos de controle do metabolismo de proteínas, gorduras, e carboidratos. Ele é um hormônio metabólico geral cujo efeito é mobilizar a gordura e proteínas dos tecidos para suprir a maior parte da energia necessária para o metabolismo. Porém, diminui a utilização dos carboidratos no processo metabólico, aumentando a concentração sanguínea de glicose.
Outro efeito do cortisol é estabilizar a membrana dos lisossomos, diminuindo a facilidade do rompimento destes no interior das células (há liberação de enzimas digestivas intracelulares). Tal efeito reduz consideravelmente o grau de inflamação dos tecidos que ocorre em muitas patologias, por exemplo, nas doenças auto-imunes como febre reumática, artrite reumatóide e outras doenças agudas.
Devido a estes efeitos no corpo, os glicocorticóides vêm sendo utilizados na terapia farmacológica, uma vez que interferem na glicose sanguínea, nas proteínas, no metabolismo ósseo e pressupõem ação antiinflamatória e imunossupressora, o que influencia no sistema imune do indivíduo, afetando o movimento dos leucócitos, o mecanismo antígeno e anticorpo, os eosófilos e o tecido linfótico.
Terapeuticamente, a principal ação dos glicocorticóides é a inibição do acúmulo de neutrófilos e monócitos no local da inflamação e a supressão da atividade fagocitária, bactericida e de processamento antígenos na célula. Isto contribui para a alteração do sistema imune, expondo o paciente a infecções. O seu uso excessivo pode levar a complicações, caracterizando a Síndrome de Cushing.
A Síndrome de Cushing é caracterizada por uma manifestação clínica decorrente ao excesso de glicocorticóides circulantes por um período prolongado. Ela pode ser causada por aumento de cortisol em função de uma produção “endógena”, através de tumores na glândula adrenal ou o mais comum acontecer é por tumores que se originam na glândula hipófise e que produzem o hormônio ACTH. O ACTH estimula a glândula adrenal a secretar o cortisol, e por isso, tumores que o produzem vão ter como conseqüência o excesso de cortisol. Entretanto, há também a Síndrome de Cushing denominada “exógena”, por ser causada pela ingestão excessiva de produtos a base de corticóides, tendo como exemplo pomadas, produtos inalatórios para asma, injeções, colírios e ingestão de comprimidos para tratamento de uma grande variedade de doenças, como reumatismos, processos alérgicos e inflamatórios. Essa forma de síndrome de Cushing é muito mais comum que a endógena e normalmente é facilmente diagnosticada através da história do uso dessas medicações.
As conseqüências clínicas mais comuns são: fraqueza muscular, estrias abdominais, redistribuição do tecido adiposo causando a giba de búfalo, hipertensão, diabetes, acne, aparência edemaciada da face (rosto em lua cheia) e osteoporose.
Essa sintomatologia ocorre devido ao efeito dos glicocorticóides sobre o metabolismo dos carboidratos e das proteínas. O excesso de glicocorticóide na corrente sanguínea leva à hiperglicemia, ocasionando um quadro denominado diabetes da supra-renal. Sendo esta, causada principalmente pelo aumento da gliconeogênese. Os glicocorticóides interferem na Síndrome de Cushing produzindo efeitos no catabolismo das proteínas, causando uma redução delas no organismo, principalmente nos músculos o que poderá desenvolver uma fraqueza grave. A perda da síntese protéica nos tecidos linfóides produzirá uma depressão do sistema imune, de modo que muito desses pacientes acabam morrendo de infecções, devido à baixa efetividade imunológica. As fibras de colágeno no tecido subcutâneo diminuem, se rompendo com uma maior facilidade ocasionando o aparecimento de estrias purpúreas. E nos ossos essa perda protéica, provavelmente, levará á osteoporose.
O tratamento dessa patologia depende da etiologia. Nos casos decorrentes da administração exógena de cortisona a medicação deve ser suspensa ao poucos em que inicialmente troca-se a medicação por uma forma semelhante a natural, até ser suspenso. Já em casos de tumores este deve ser removido cirurgicamente ou utilizando inibidores biossintéticos.
A fisioterapia não atua na origem da doença, pois a Síndrome de Cushing se trata de um distúrbio hormonal relacionado ao excesso de corticóides.
O tratamento fisioterápico atua nas manifestações clínicas da doença, que são: aumento de peso, fraqueza muscular (com diminuição da massa muscular), ossos enfraquecidos podendo causar a osteoporose, afinamento da pele com o aparecimento de estrias, hipertensão arterial, diabetes e depressão.
Indivíduos com fraqueza e diminuição da massa muscular são submetidos a exercícios isométricos, isotônicos concêntricos e excêntricos para ganho de força da musculatura comprometida e ganho de massa, além de exercícios resistidos, de controle e coordenação muscular e de fortalecimento. Os exercícios físicos são importantes para manter o tônus muscular e a capacidade funcional.
A osteoporose, doença degenerativa, tem seus efeitos minimizados através de práticas de atividades físicas, com o objetivo de promover uma melhora do equilíbrio, força muscular, coordenação, aumento da amplitude de movimento, diminuição da dor e tendo em vista a prevenção contra quedas e fraturas. Neste caso, a fisioterapia também é importante pois promove benefícios cardíaco, respiratório, muscular e ósseo.
Através da fisioterapia dermato funcional, pode-se controlar o aparecimento das estrias utilizando a estimulação com a microcorrente galvânica invasiva para um processo de reparação tecidual, melhorando a auto-estima do paciente.
Em pacientes hipertensos, através da fisioterapia, recomenda-se a reabilitação cardiovascular, promovendo uma redução nos valores da freqüência cardíaca de repouso e da pressão arterial antes, durante e depois dos exercícios.
O tratamento fisioterápico preventivo da diabetes, consiste em impedir o surgimento de lesões e ulcerações nos pés, orientando o paciente ao auto-cuidado.
Portanto, conclui-se que o tratamento fisioterápico é de extrema importância em relação Síndrome de Cushing, uma vez que o terapeuta acompanha a evolução desses pacientes em relação às manifestações clínicas da doença, objetivando a redução dos transtornos provenientes da síndrome.



Bibliografia:

GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1988

GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. et al. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1998

BRODY, Theodore M. et al. Brody: farmacologia humana. Rio de Janeiro: Elsevier, c2006

BEVILACQUA, Fernando et al. Fisiopatologia clínica. 5. ed. Belo Horizonte: Atheneu, 1998

Doenças Tireoidianas

Postado por: Isabela Caroline, Kássia Silva,Luana Fernandes, Melissa Cássia e Miriã Pereira.


Doenças tireoidianas

As doenças da tireóide são comuns na população geral, a maior parte é passível de tratamento clínico ou cirúrgico. Incluem condições associadas a uma liberação excessiva de hormônio tireóide (hipertireoidismo), condições associadas a uma deficiência de tireóide (hipotireoidismo) e lesões expansivas focais ou difusas da tireóide.

O hipertireoidismo ou tireotoxicose é uma condição caracterizada pelo aumento da secreção dos hormônios da tireóide e pode originar-se de várias causas. A causa mais comum do hipertireoidismo é uma doença auto-imune (em que o próprio corpo produz anticorpos que "atacam" o órgão) chamada Doença de Graves. Outras causas do hipertireoidismo incluem o bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), os tumores da glândula tireóide, da glândula pituitária, dos testículos ou dos ovários, a inflamação da tireóide resultante de uma infecção viral ou outra inflamação, a ingestão de quantidades excessivas de hormônio tireóideo e a ingestão excessiva de iodo. Os principais sintomas do hipertireoidismo são: taquicardia, perda de apetite, perda de peso importante, nervosismo, ansiedade e inquietação, intolerância ao calor, sudorese aumentada, fadiga e cãibras musculares, evacuações freqüentes, irregularidades menstruais.
O tratamento vai depender da causa e também da gravidade dos sintomas. O hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos, iodo radioativo ou cirurgia.
Taquicardia, insuficiência cardíaca e arritmia, são percebidas como complicações.


O hipotireoidismo ocorre pela redução de atividade da glândula tireóide, que pode potencialmente afetar o funcionamento de todo o corpo. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença de Hashimoto (uma doença auto-imune); tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; retirada cirúrgica da tireóide para tratar hipertireoidismo ou tumor; uso prévio de medicamentos antitireóideos; pós-parto (transitório em 60-70% dos casos); uso de certos medicamentos como lítio, amiodarona, iodeto e interferon alfa; deficiência na regulação da glândula; inflamação da tireóide; deficiência de iodo (substância importante para a produção dos hormônios tireoidianos) e resistência generalizada ao hormônio tireóideo. Os principais sintomas do hipotireoidismo são: fraqueza e cansaço, intolerância ao frio, intestino preso, ganho de peso, depressão, dor muscular e nas articulações, unhas finas e quebradiças, enfraquecimento do cabelo, palidez.
O tratamento consiste em repor a deficiência de hormônio da tireóide. Através de medicamentos, alguns tratamentos deverão ser seguidos por toda a vida, mesmo se os sintomas desaparecerem, pois são freqüentes as recaídas com a interrupção do medicamento. A complicação mais grave do hipotireoidismo é o mixedema que pode levar ao coma, podendo ser causado por infecções, exposição ao frio, certos tipos de medicamento e outras doenças.

A fisioterapia ira atuar nas doenças tireoidianas procurando aliviar os quadros clínicos, como a câimbra que é presente em quase todas as doenças tireoidianas. O fisioterapeuta ira tratar e prevenir a câimbra com treinamento adequado, fazendo exercícios de aquecimento, alongamento muscular e uso correto de equipamentos. Também atuará na fadiga e fraqueza,sintomas muito comum em pacientes com doenças tireoidianas, a prevalência de fadiga pode chegar a 96% durante a quimioterapia, radioterapia ou após a cirurgia, para alguns pacientes o déficit de capacidade física é tão severo que limita atividades diárias simples como banho, alimentação e vestuário, o que contribui para a diminuição da independência e da qualidade de vida. A orientação de repouso é necessária em alguns momentos, mas não deve ser mantida durante toda a evolução da patologia, ou a fadiga será perpetuada e agravada em seus sintomas. É importante estabelecer um balanço entre atividade física e conservação de energia. Uma opção de treinamento físico é o exercício aeróbico, como caminhada, corrida, ciclismo e natação. Com sessões regulares de fisioterapia, podemos ajudar na melhoria do quadro clinico dos pacientes com doenças tireoidianas, prevenindo o agravamento do quadro.

Referencias:
http://www.portaldafisioterapia.com/?pg=noticia&id=646
http://www.goldanalisa.com.br/publicacoes/Funcao_Tireoidiana.pdf
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001159.htm