(Postado por Ellen Medeiros - Monitora)
Pesquisadores da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, realizaram um estudo comparativo e exploratório realizado durante 16 semanas com a participação de 37 mulheres com e sem incontinência urinária, que é a perda esporádica ou involuntária de urina (IU).
Estas mulheres foram submetidas a um programa de pesquisa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unicamp, sob o parecer nº 325/2005, que incluía questionários e atividades físicas. As aulas feitas regularmente duas vezes por semana eram constituídas por atividades de flexibilidade, aeróbicas, lúdicas (jogos e brincadeiras), exercícios de fortalecimento específico dos músculos em geral e atividades de relaxamento.
Os exercícios para os músculos do assoalho pélvico foram incluídos no programa, mas sem ênfase da sua indicação terapêutica, pois a formação de um grupo heterogêneo teve como objetivo não enfatizar a questão da IU, afim de evitar atitudes preconceituosas e constrangimento entre as mulheres participantes da pesquisa.
A incontinência urinária tem influência negativa na qualidade de vida de mulheres com este problema, pois afeta a prática de atividade física e convívio social, o que pode levar a depressão, ansiedade, diminuição do humor,síndrome do pânico, medo e vergonha.
A incidência de IU é maior no sexo feminino, e o tipo mais comum é perda de urina involuntário durante esforços, exercícios, espirro ou tosse. Isto se deve a razões anatômicas, mudanças hormonais e conseqüências de partos e gestações, que pode deslocar e enfraquecer os músculos do períneo. Estima-se que 200 milhões de pessoas no mundo apresentem algum tipo de IU, uma em cada quatro mulheres com idade entra 30 3 59 anos já vivenciou algum episódio de IU.
Os resultados encontrados mostram que, após a intervenção com o programa de atividades físicas, ocorreu melhora significativa na qualidade de vida das participantes nos domínios relacionados com a percepção geral da saúde, impacto de IU, relações pessoais, sono e disposição. Considerando apenas mulheres incontinentes, o resultado mostra diminuição da quantidade de perda de urina, bem como diminuição de dores ou sensações desagradáveis em partes do corpo às quais se referiam.
Tema muito interessante e informativo
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